segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

VAHANLE APRESENTADO A POPULAÇAO INERCALAR DE NAMPULA

Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuíta * Maputo, 28.12.2017 * Edição nº 226 Ano 4 O partido RENAMO procedeu a apresentação oficial do seu candidato à eleição intercalar para o presidente da autarquia de Nampula. O acto dirigido pelo secretário-geral da RENAMO, Manuel Zeca Bissopa, teve lugar no dia 23 do corrente mês no pavilhão do clube Ferroviário de Nampula. O acto foi testemunhado por uma moldura humana que se concentrou para festejar. Bissopo que deslocou-se aquela parcela do país acompanhado pelo chefe nacional de Mobilização João Inácio Reis, e quadros do partido da província e da cidade de Nampula, reiterou que o objectivo do comício era de apresentar em definitivo aquele que irá erguer a bandeira da RENAMO na eleição intercalar de 24 de Janeiro de 2018. Sublinhou que do sorteiro realizado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), este candidato ocupa o primeiro lugar no boletim de voto. Foi num ambiente festivo que Vahanle foi apresentado, diante de uma multidão eufórica que cantava, dançava e gritava palavras de ordem que o Secretário-geral da RENAMO discursou, tendo na ocasião destacado as qualidades do seu candidato continua na pág. 3 VAHANLE APRESENTADO A POPULAÇAO INERCALAR DE NAMPULA 2 Editorial Dois mil e dezassete E stá prestes a terminar 2017, ano em que os esquadrões da morte levaram a cabo suas revoltantes afrontas na tentativa de deter a vontade do Povo Moçambicano, de ver a Democracia implantada no seu país. Tais acções consistiram em intimidações, raptos e assassinatos a todos os níveis, o que vitimou centenas de compatriotas nossos, um pouco por todo o país e atingiu o seu extremo com o assassinato a queima roupa e a sangue frio do Edil da autarquia de Nampula, um homem eleito pelas populações para dirigir os destinos da sua cidade. Mahamud Amurane morreu precocemente, mas o sonho de ver implantado em Moçambique, a todos os níveis, o poder local continua firme em nós, e até ficou mais forte porque compreendemos agora com mais clareza quanto é importante estabelecer a democracia. Até ficamos a saber que não é a qualquer grupo de aventureiros políticos que se deve confiar o Poder. Quando a RENAMO boicotou as eleições autárquicas para obrigar a FRELIMO a remover da lei os obstáculos à Democracia, surgiram os aproveitadores que boicotaram o boicote da RENAMO e assim legalizaram a ilegalidade da FRELIMO. Hoje, com aqueles obstáculos quase removidos faltanos Amurane, faltam-nos outras centenas de companheiros que foram fuzilados, mas na nossa marcha continuaremos, e com o voto afirmaremos o nosso querer, a nossa liberdade, a determinação de vermos os nossos filhos com saúde, boa educação e instrução, a prepararem-se bem para assumir as responsabilidades da vida adulta como nós não conseguimos fazer. Temos que dar aos nossos filhos uma sorte diferente da nossa. Hoje, são muitos moçambicanos que chegam à idade adulta, querem casar-se, casam-se mesmo, mas não podem ter uma casa porque para o Governo dos comunistas, ter casa é direito reservado a alguns privilegiados, cujo privilégio muitas vezes é de ter a possibilidade de roubar como o caso da nossa infeliz concidadã Setina Titosse. Sem fazer “jogadas” que nem as dela temos que viver em casas precárias, mesmo que sejam de bloco, mas nunca chegam a ser de alvenaria. São casas a moda comunista. Têm que ruir antes de o dono morrer, porque os filhos devem comprar outro terreno muito caro, a preço mesmo especulativo, devem construir outra casa que não vai durar, porque construções de raiz, não são para o Povo. Têm que ficar para as elites. A sorte dos nossos filhos e netos, depende do nosso trabalho hoje. Precisamos ser visionários, trabalhar olhando para o futuro e acreditarmos que os nossos filhos colherão o fruto do nosso suor e que o sangue que irrigou e continua a irrigar esta terra, trará ganhos para as gerações vindouras. O lugar dos comunistas é na oposição para aprenderem a trabalhar com honestidade e a respeitar o povo, pois sem isso, nunca irão valorizar o que este país tem nem saberão crescer honestamente como partidos e como cidadãos. Pelo que vimos desde a independência até hoje, fica claro que um governo comunista é sempre uma fonte de desgraças: ódio, divisões, guerras, esquadrões da morte, corrupção, etc, são males que acompanham o comunismo. Por isso, devemos estar atentos com as suas manobras. Eles podem tentar enganar o povo com manobras que estão a fazer, do tipo colocar um candidato ou dirigente mais jovem, dando a idéia de que algo está para mudar, mudança de linguagem e argumentação nos discursos, roubar as ideias dos outros como se fossem suas...Se por causa de todas estas manobras no povo se deixar enganar e não os colocar no lugar que merecem, a oposição, nunca viveremos com dignidade. Ficha técnica Director:Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção:Natercia Lopez; Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetização: Sede Nacional da Renamo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@gmail.com Cells: 829659598, 844034113; www.renamo.org. Nº de Registo 07/GABINFO-DEC/2015 “ANÁLISE DEMOCRATICA” Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal. Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas Participe! 821075995 ou 840135011 3 continuação da pág. 1 que pesaram para o partido considerá-lo o candidato ideal para a eleição intercalar. Em entrevista exclusiva concedida a Televisão STV, o presidente da RENAMO Afonso Dhlakama afirmou que gostaria de estar presente e parrticipar da campanha eleitoral, mas devido a falta de segurança irá fazê-lo através da teleconferência. Lamentou bastante a morte do edil de Nampula, tendo afirmado que os macuas estão chocados pela forma como Mahamud Amurane perdeu a vida. Acrescentando que ele próprio, o Presidente Dhlakama e o partido RENAMO sentiram-se chocados por entenderem que a Democracia defendida pela RENAMO não compactua com o comportamento de tirar vida a qualquer que seja. ELEIÇÃO DE GOVERNADORES SERÁ SUBMETIDO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA continua na pág. 4 4 continuação da pág. 3 E m entrevista a STV, o presidente da RENAMO confirmou e assegurou que o projecto de descentralização ainda vai ser depósitado na Assembleia da República (AR) no princí- pio do próximo ano para sua aprovação naquele Órgão de Soberania. Respondendo a pergunta feita pelo jornalista Francisco Raiva sobre a morosidade do processo negocial, o presidente Afonso Dhlakama disse e citamos: “o processo de paz ainda está nos carris embora haja demora na deposição do documento na Assembleia da República que deveria ter acontecido antes do fim do corrente ano 2017, contudo está tudo acordado, aguardando a qualquer momento sua deposição”. O presidente da RENAMO disse ainda que a demora deve-se a recusa da Frelimo quanto a eleiçao directa dos governadores proposta pela RENAMO, sustentando que estes devem ser eleitos de forma indirecta através das Assembleias Provinciais. É aqui onde residem as diferenças, pois a RENAMO recusa a eleiçao indirecta defendida pela Frelimo com o pretexto de que este modelo permite fraudes, pois é fácil comprar membros das assembleias provinciais para votar uma determinada pessoa sem carisma popular”. A RENAMO contrapôs por conseguinte três modalidades: a) O governador pode sair das cabeças de listas do partido ou do grupos de cidadãos mais votados numa determinada província. b) O partido mais votado ou o grupo de cidadãos mais votado pode escolher de entre eles o membro para ser o governador de uma determinada província. c) O partido ou o grupo de cidadãos vencedor pode seleccionar qualquer cidadão eleitor da provincia para ser governador. Refira-se que o documento a entrar na Assembleia da República será consensualizado atempadamente pelos dois líderes (da RENAMO e da Frelimo) para permitir que a Assembleia da República aprove. Integração dos Homens da Renamo nas FDS Sobre este aspecto, o presidente da RENAMO reconheceu sua complexidade pois o debate alastra-se desde a vigência do Presidente Chissano, passando pelo mandato de Guebuza e agora nas mãos do Filipe Nyusi. Este tem a missão espinhosa de convencer o núcleo duro do partido Felimo, algo que se imagina difícil. Contudo, precisamos de enquadrar os homens da RENAMO nas FDS para o bem de todos nós. Actualmente, existe nas FADM-Forças da Defesa e Segurança alguns soldados provenientes da RENAMO, estando simbolicamente no exército, não participam na tomada de decisão, razão pela qual foram usados para emboscar o presidente Dhlakama. Assegura ainda que o documento sobre a integração está sendo produzido com assessoria de dois generais estrangeiros, sendo um Filipino e um Suiço. Neste documento deverá constar de entre outros aspectos, a necessidade de se definir o número de generais vindos dos dois lados. O presidente Dhlakama afirmou a dado passo que o processo de paz está intrinsecamente ligado a sua própria segurança. Disse ainda ser do seu interesse que a paz verdadeira seja alcançada no país, sendo por esse motivo que apesar de correr sérios riscos declarou unilateralmente o cessar fogo sem consultar a Frelimo. Comentando acerca do encontro fracassado do dia 13 de Dezembro de 2017 entre o Presidente Dhlakama e o Presidente Filipe Nyusi, disse que deveu-se a motivos organizacionais, isto é, a equipa organizadora de um e do outro tiveram desencontros, mas mesmo assim os dois lí- deres falaram telefonicamente e acertaram o que tinham para acertar, e há garantias de que o documento entrará na Assembleia da República. Festas felizes! Votos de Ano Novo Prospero! Acegueira voluntária dos comunistas que ignoram a realidade para aprovar um Orçamento do Estado que não vai ao encontro dos caminhos para a resolução dos problemas, foi veementemente criticada pelo Deputado do círculo eleitoral de Tete Juliano Picardo, que é membro da Comissão de Agricultura, Economia e Ambiente. Picardo, criticou a aprovaçao do Orçamento com recurso ao voto da maioria, por considerá-lo contra o Povo Moçambicano. Eis a intervençao na íntegra: O PES é apresentado num formato diferente do OE, sendo assim difícil prever os montantes a serem alocados para cada uma das actividades sob diversas áreas de desenvolvimento do país, nomeadamente, estradas e pontes, fornecimento de agua potável, transportes, saúde, educação, estudos de impacto ambiental, conflito de terras e consultas públicas, programas de reassentamento e responsabilidade social dos grandes projectos de investimento. “OH MEU MOATIZE” OH MEU MONTEPUEZ”, “OH MUEDA”, OH NACALA” – continuarão a viver a crítica situação da falta de água, pois as despesas apresentadas no OE são demasiadamente agregadas, onde não é possível saber como os fundos alocados em cada sector serão usados, por exemplo: Educação: tem sido o mais salvaguardado, mas não se verificam mudanças no sector. Senhor Primeiro Ministro, para onde vai esse dinheiro? Continuamos com greves dos professores para o pagamento das suas horas extras, alunos a estudarem em baixo das árvores e sentados no chão por falta de carteiras. Mesmo assim, teremos uma redução de 63% na contratação de novos professores, isso em relação ao ano 2017, num país onde mais de metade do seu povo não sabe ler nem escrever; Saúde: o PES para 2018 aponta para conclusão da construção de dois hospitais distritais e não prevê novas construções. Senhor Primeiro Ministro, em 2018 não teremos início de construção de novos hospitais distritais? Fornecimento de água potá- vel: sobre uma rede obsoleta de fornecimento de água se prevê mais 15 mil ligações domiciliárias, uma atitude de burla aos cidadãos que pagam as facturas apenas por força do contrato mas a água, esta nunca chega às torneiras. Senhor Primeiro Ministro, para quando a penalização do FIPAG por incumprimento do contrato? A juventude: por sinal a maioria na pirâmide etária do país. Para 2018 o financiamento dos projectos para os jovens reduz em 73,6% comparativamente a 2017 (250 para 66). Senhor Primeiro Ministro, qual é a estratégia para esta faixa etária? Será somente para as FDS como carne para canhão? Afinal quem são de facto os beneficiários das concessões mineiras e petrolíferas? É chegado o momento de os contratos de concessões mineiras e petrolíferas serem ractificados pela Assembleia da República. A presente resolução pretende aprovar PES/OE que fixa 2.75% na lei orçamental, sem tomar em consideração como são alocadas estas transferências em questões que preocupam as comunidades nos locais onde ocorrem a exploração dos recursos. Uma resolução que pretende aprovar um orçamento do Estado de exclusão, pois apesar de 80% da população activa do país estar na agricultura, este aloca para 2018 uma verba inferior a 10%, o que revela o incumprimento do governo em relação a declaração de Maputo em 2003 e de Malaba em 2014; assinados pelo Estado moçambicano, onde reafirma o compromisso de assegurar um crescimento agrário anual de 6% e alocação de 10% das despesas do orçamento anual para agricultura. Esta resolução pretende aprovar um PES e Orçamento que se concentra mais no governo central que fica com 220.875,9 milhões de meticais (73%) e as 11 províncias, 153 distritos e 53 autarquias continuarão vulgarizadas com apenas 82.052,3 milhões de meticais (27%). Um orçamento de Estado sem transparência, pois deliberadamente omite a informação sobre as despesas por função do governo, prevalecendo o pendor belicista e repressivo do governo. Estas políticas de exclusão continuam dos 200 autocarros a serem adquiridos em 2018, 160 ficam em Maputo e 40 autocarros que sobram vão as províncias. A Bancada da RENAMO constata com angústia de que com a presente resolução em debate, a Assembleia da República pretende aprovar um orçamento “Top-Dawn” para 2018, onde não se definem as prioridades para as sectores sociais, fundamentalmente na prestação de serviços básicos com impacto directo e real na vida das populações. A presente resolução não toma em consideração as contribuições para melhoramento do PES e OE para 2018 proveniente das comissões especializadas da Assembleia da República, do plenário através de debates nos dias 11 e 12 de Dezembro e muito menos ouve o clamar das organizações da sociedade civil que escreveram para esta casa. Pelas razões acima mencionadas a Bancada Parlamentar da RENAMO por consciência e em defesa do povo sofredor recomenda a reprovação da resolução que pretende aprovar o Orçamento do Estado para 2018.” 5 RENAMOCHUMBA ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO Votos de Ano Novo Prospero!

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