“É preciso acabar com o paradoxo africano”
Cerca de quarenta chefes de Estados marcaram presença na abertura dos trabalhos da 30ª Cimeira da União Africana, em Addis Abeba, na Etiópia.
O Presidente angolano referiu-se ao momento histórico que atravessa a organização com o projecto de reforma e lembrou que o continente enfrenta hoje novos desafios para os quais tem de se encontrar uma resposta.
“Hoje o nosso continente enfrenta outro tipo de desafios que vão desde os conflitos à pobreza e impedem os nossos povos a disfrutar as riquezas que abundam no nosso subsolo. Precisamos de alterar este quadro, bem como o olhar que o mundo tem hoje sobre continente africano”, salientou
O chefe de Estado angolano defendeu ainda a necessidade de se imprimir uma nova dinâmica no continente. «É preciso acabar com o paradoxo africano que permanece inexplicável e intolerável. Ser um continente rico em recursos minerais, mas assolado pela pobreza e pela miséria”, evidenciou.
João Lourenço deixou ainda a promessa de que Angola vai contribuir “consoante as suas possibilidades” para fazer da União Africana “uma instituição em que todos os povos se revejam”.
Para além de João Lourenço, discursaram ainda pela primeira vez diante da assembleia os Presidentes do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa e Geroge Weah da Libéria que tomou posse no passado dia 22 de Janeiro.
Apelo ao fim dos conflitos
Numa espécie de balanço da União Africana, o presidente da Comissão lançou um apelo para se redobrarem os esforços de forma a acabar com as crises que assolam a Somália, o Sudão do Sul, a República Centro-Africana e o Burundi. Sobre a RDC, estimou que os últimos episódios de violência mostram a necessidade da aplicação do acordo de São Silvestre, com vista às eleições que deverão ter lugar em Dezembro deste ano. Mussa Faki falou igualmente do caso da República Saharaui e mostrou-se esperançoso em ver resolvida esta situação.
Autofinanciamento
O Presidente do Ruanda que substitui Alpha Condé, Presidente da Guiné Conacri, na presidência rotativa da União Africana, tem este ano a tarefa de implementar a ambiciosa reforma da organização. Contudo, alguns países da SADEC estão a levantar algumas questões relativamente ao autofinanciamento da organização que visa, entre outras, a aplicação de uma taxa de 0,2% sobre as importações elegíveis e a criação de uma zona de comércio livre.
Cristina Duarte, uma das economistas escolhidas para trabalhar no processo de reforma da UA, diz que a reforma já esta tomada, contudo admite que as preocupações da SADEC serão ouvidas.
“ A SADEC insiste que todas estas decisões passem pelo Comité Permanente de Representantes, o que de facto é uma posição bastante questionável, porque não nos podemos esquecer que a reforma já foi aprovada pelos chefes de Estado. Como é evidente as preocupações da SADEC serão ouvidas, este processo tem de ser liderado com flexibilidade e muito diálogo. Toda a gente já concordou com a sustentabilidade financeira da União Africana. Agora há esta ideia (taxa de 0,2%), a União Africana vai ajudar os países a implementa-la da melhor forma e sempre com flexibilidade”, assegurou.
A 30ª cimeira da União Africana termina amanhã, segunda-feira, a próxima reunião dos lideres africanos está marcada para Julho em Nouakchot, na Mauritânia.
Veja também: Salvamento arriscado na montanha assassina
O Presidente angolano referiu-se ao momento histórico que atravessa a organização com o projecto de reforma e lembrou que o continente enfrenta hoje novos desafios para os quais tem de se encontrar uma resposta.
“Hoje o nosso continente enfrenta outro tipo de desafios que vão desde os conflitos à pobreza e impedem os nossos povos a disfrutar as riquezas que abundam no nosso subsolo. Precisamos de alterar este quadro, bem como o olhar que o mundo tem hoje sobre continente africano”, salientou
O chefe de Estado angolano defendeu ainda a necessidade de se imprimir uma nova dinâmica no continente. «É preciso acabar com o paradoxo africano que permanece inexplicável e intolerável. Ser um continente rico em recursos minerais, mas assolado pela pobreza e pela miséria”, evidenciou.
João Lourenço deixou ainda a promessa de que Angola vai contribuir “consoante as suas possibilidades” para fazer da União Africana “uma instituição em que todos os povos se revejam”.
Para além de João Lourenço, discursaram ainda pela primeira vez diante da assembleia os Presidentes do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa e Geroge Weah da Libéria que tomou posse no passado dia 22 de Janeiro.
Apelo ao fim dos conflitos
Numa espécie de balanço da União Africana, o presidente da Comissão lançou um apelo para se redobrarem os esforços de forma a acabar com as crises que assolam a Somália, o Sudão do Sul, a República Centro-Africana e o Burundi. Sobre a RDC, estimou que os últimos episódios de violência mostram a necessidade da aplicação do acordo de São Silvestre, com vista às eleições que deverão ter lugar em Dezembro deste ano. Mussa Faki falou igualmente do caso da República Saharaui e mostrou-se esperançoso em ver resolvida esta situação.
Autofinanciamento
O Presidente do Ruanda que substitui Alpha Condé, Presidente da Guiné Conacri, na presidência rotativa da União Africana, tem este ano a tarefa de implementar a ambiciosa reforma da organização. Contudo, alguns países da SADEC estão a levantar algumas questões relativamente ao autofinanciamento da organização que visa, entre outras, a aplicação de uma taxa de 0,2% sobre as importações elegíveis e a criação de uma zona de comércio livre.
Cristina Duarte, uma das economistas escolhidas para trabalhar no processo de reforma da UA, diz que a reforma já esta tomada, contudo admite que as preocupações da SADEC serão ouvidas.
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