sábado, 30 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017 - Abril

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Destaques - Nacional
Escrito por Redação  em 28 Dezembro 2017
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Ao contrário de Abril de 2016 no qual os moçambicanos foram brindados com situações bastantes revoltantes, em 2017 as situações foram, digamos, suaves. Os factos que marcaram o mês foram a legalização das dívidas da Proindicus e MAM, a suspensão da liberdade condicional concedida a Nini Satar e, por fim, no desporto, o sorteio do Clube Ferroviário da Beira, que culminou no grupo A da Liga dos Campeões Africanos.
Deputados da Frelimo legalizam as dívidas da Proindicus e MAM
Os deputados do partido Frelimo mostraram mais uma vez que não estão na Assembleia da República em representação do povo moçambicano. “Nós da bancada parlamentar da Frelimo, cientes das nossas responsabilidades acrescidas para garantir o melhor funcionamento do Estado moçambicano votamos em consciência à favor do projecto de Resolução que aprova a Conta Geral do Estado de 2015, acreditando no empenho deste Governo em corrigir as falhas deixadas”, declarou o deputado Rui Conzane após a legalização dos empréstimos inconstitucionais e ilegais das empresas Proindicus e MAM que adicionaram mais 1,1 bilião de dólares a já insustentável Dívida Pública do nosso país. Para Venâncio Mondlane, deputado do MDM, com esta aprovação o partido no Poder quer, “mais uma vez, reforçar o pacto do assassinato, do extermínio e do genocídio do povo para proteger os vampiros financeiros que chuparam, e chupam, sem dó e sem piedade o sangue do povo há mais de quatro décadas”.
Na parca história Universal que era dada a conhecer no ensino geral em Moçambique a II Guerra Mundial não mereceu muitos detalhes por isso talvez poucos saibam o que representa o chamado Dia D. Foi o dia em que os aliados ocidentais desembarcaram nas costas da França e marcou o início da fase final da Guerra.
Em Moçambique o Dia D foi no dia 26 de Abril. Não só porque neste Dia os deputados do partido Frelimo “em consciência” legalizaram as dívidas inconstitucionais e ilegais das empresas Proindicus e MAM, mas principalmente porque foi o dia em que os cidadãos moçambicanos e a auto-proclamada Sociedade Civil não estiveram na denominada “Casa do Povo” para mostrar o seu repúdio e indignação a essas dívidas. Além disso o partido Renamo mostrou, mais uma vez, que não sabe fazer política. Não votou à favor, não se absteve nem votou contra, simplesmente abandonou a plenária.
“Hoje dia 26 de Abril de 2017 é o Dia D, é o dia em que o Governo de Moçambique espera sair desta sala magna com um troféu. O troféu de legalização do ilegal, de carimbar as dívidas odiosas da Proindicus e da MAM e colocar esse fardo sobre as costas dos mais de 25 milhões de habitantes deste país”, afirmou o deputado Venâncio Mondlane após a bancada do seu partido votar contra a aprovação da CGE de 2015 e da consequente legalização das dívidas das empresas estatais Proindicus e da Mozambique Asset Management (MAM).
“Querem hoje abrir a época da sementeira, a sementeira da miséria, a sementeira da fome, da nudez e de desprezo pelo povo. Querem, mais uma vez, reforçar o pacto do assassinato, do extermínio e do genocídio do povo para proteger os vampiros financeiros que chuparam, e chupam, sem dó e sem piedade o sangue do povo há mais de quatro décadas”, acrescentou o parlamentar.
Justiça moçambicana suspende liberdade condicional de Nini Satar e emite mandado de captura internacional
As autoridades judiciais moçambicanas emitiram um mandado de captura internacional contra Momade Assif Abdul Satar, nos meandros do crime conhecido por Nini Satar, e foi requerido, junto do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), a revogação da sua liberdade condicional, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão teve como fundamento o facto de violação Nini Satar violar obrigações impostas aquando da concessão da liberdade condicional, “principalmente no que se refere a não se fazer acompanhar de pessoas de má conduta e ao não cometimento de outros crimes”.
Um comunicado enviado ao @Verdade indica que no âmbito da instrução de processos contra o réu em questão, dentre os quais o processo nº131/ PCM/17 e o processo n.º 35/PCM/2017, constatou- -se que Nini Satar “formou uma organização criminosa cujo propósito consistia em raptar cidadãos moçambicanos para posteriormente exigir avultadas quantias em dinheiro”. Para efeito, ele formou aliança criminosa com os reclusos José Ali Coutinho e Edith Antónia D`Compta da Camara Cylindo, arguidos no processo 35/PCM/2017) e já acusado.
Este processo diz respeito à autoria material do crime de rapto de dois cidadãos e sobre o mesmo, encontra-se em instrução preparatória um outro processo pelo seu envolvimento na prática do crime de rapto, registado sob o nº 1061-N-2017 que corre termos no Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), da província de Maputo e sob a direcção do Ministério Público (MP), de acordo com a PGR.
“Quanto à reclusa Edith Antónia d`Compta da Câmara Cylindo, foi acusada num outro processo autónomo n° 2/2017, 5ª secção criminal, do Tribunal Judicial da Província de Maputo pelo seu envolvimento no homicídio qualificado do Procurador Marcelino Vilanculo”.
Recebido o requerimento em tribunal, este mereceu provimento tendo-se revogado a liberdade condicional, por despacho de 21 de Abril de 2017, diz a entidade do Estado.
Ferroviário da Beira conhece os seus adversários na Liga dos Campeões Africanos
O campeão nacional de futebol de Moçambique, o Ferroviário da Beira, ficou a conhecer os três adversários que enfrentou na sua estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos: Etoile du Sahel da Tunísia, Al Hilal do Sudão e Al Merreikh também do Sudão.
O sorteio realizado na sede da Confederação Africana de Futebol (CAF), no Cairo, colocou a equipa moçambicana no grupo A onde enfrentou uma experiente equipa tunisina, logo na 1ª jornada fora de casa, e duas equipas sudanesas com muito mais rodagem nas provas africanas de clubes.
A primeira partida da milionária competição africana que foi disputada no caldeirão do Chiveve estava prevista para o segundo fim-de-semana de Maio e o adversário era o Al Hilal.

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