quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Pernil não seguiu para a Venezuela por atraso de 40 milhões de euros

VENEZUELA


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O presidente venezuelano acusou Portugal de sabotar a importação de pernil. Um comunicado de uma das empresas que fornece o produto explica que o pernil não seguiu por falta de pagamento.
AFP/Getty Images
“É a Venezuela que não tem cumprido pontualmente as suas obrigações de pagamento dos fornecimentos realizados em 2016″, pode ler-se num comunicado enviado pela Raporal, uma das empresas que fornecem pernil de porco à Venezuela. É que o pernil de porco — que a Venezuela importou a Portugal — não foi enviado devido a um atraso de pagamento no valor de 40 milhões de euros às empresas portuguesas.
Em nome do regime de Nicolas Maduro, o embaixador venezuelano confirmou na manhã desta quinta-feira que esse pagamento está em falta mas que será regularizado “até Março de 2018”, pode ler-se no comunicado.
No comunicado, informa-se que a empresa Agrovarius, do Grupo Iguarivarius, vendeu em 2016 14 mil toneladas de carne para o governo venezuelano num valor de 63,5 milhões de euros, “ao abrigo de um contrato”. “A Agrovarius contratualizou com várias empresas, entre elas a Raporal, esse fornecimento”, explicou ainda a empresa no comunicado.
Ainda permanece pendente de pagamento cerca de 40 milhões de euros, dos quais 6,9 milhões de euros dizem respeito ao cumprimento do pagamento à Raporal”, pode ler-se ainda no comunicado.
A empresa adianta ainda que o governo venezuelano tem pago “de forma parcelar valores a abater na conta corrente referente a este contrato”. O último pagamento aconteceu em Agosto de 2017, segundo informação prestada pela empresa.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou esta quarta-feira Portugal de sabotar a importação de pernil de porco por parte do governo venezuelano, que não cumpriu a promessa de distribuir entre o povo este tradicional alimento de Natal.


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