Francisco Leitão já se encontrava a cumprir sentença pela morte de três pessoas.
Francisco Leitão, o homem que ficou conhecido por Rei Ghob, foi esta
segunda-feira condenado a 17 anos de prisão por violação de vários
jovens, parte deles menores. Mas como já se encontra a cumprir 25 anos
de prisão pela morte de três pessoas, que é o máximo permitido por lei
em Portugal, a sentença poderá não vir a agravar o tempo que permanecerá
encarcerado. Quando muito, evitará que lhe seja concedida liberdade
condicional a meio da pena – mas não impedirá a sua saída da cadeia
quando completar cinco sextos da pena, isto é, 21 anos atrás das grades.
Ao longo de vários anos, o sucateiro privou com com adolescentes que levava a passear, a quem pagava jantares ou bebidas e oferecia telemóveis. Quando os convencia dos seus poderes sobrenaturais, levava-os para a sua casa na Carqueja, Lourinhã, onde os amedrontava fingindo incorporar "entidades" sobrenaturais ou dizendo que vinha a mando delas informá-los de que eles ou seus familiares corriam perigo de morte. Para evitar as consequências, teriam de se sujeitar a "injecções de energia" que seriam transmitidas sob a forma de relações sexuais.
Os crimes agora em julgamento dizem respeito a 12
menores e remontam ao período entre 2009 e 19 de Julho de 2010, data em
que foi detido pela Polícia Judiciária por homicídio. As queixas tinham
chegado ao Ministério Público ainda em 2009, mas o inquérito veio a ser
arquivado. Foi reaberto na sequência de buscas domiciliárias das
autoridades e de novas denúncias no período em que o arguido esteve a
ser investigado pelo triplo assassinato. O tribunal considerou provada a
violação da maioria dos 12 jovens, mas subsistiram dúvidas em relação a
alguns deles.
"O senhor destruiu a vida destas pessoas, que vão ter muita dificuldade em voltar a confiar em quem quer que seja", disse ao arguido, no final da leitura da sentença, a juíza do Tribunal Judicial de Loures.
Ao longo de vários anos, o sucateiro privou com com adolescentes que levava a passear, a quem pagava jantares ou bebidas e oferecia telemóveis. Quando os convencia dos seus poderes sobrenaturais, levava-os para a sua casa na Carqueja, Lourinhã, onde os amedrontava fingindo incorporar "entidades" sobrenaturais ou dizendo que vinha a mando delas informá-los de que eles ou seus familiares corriam perigo de morte. Para evitar as consequências, teriam de se sujeitar a "injecções de energia" que seriam transmitidas sob a forma de relações sexuais.
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"O senhor destruiu a vida destas pessoas, que vão ter muita dificuldade em voltar a confiar em quem quer que seja", disse ao arguido, no final da leitura da sentença, a juíza do Tribunal Judicial de Loures.
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