Destaques - África |
Escrito por Agências em 29 Setembro 2017 |
Desde o início desta semana, decorrem combates contínuos entre rebeldes congoleses que se identificam com o grupo "Mai Mai Yakutumba" e soldados das Forças Armadas Congolesas (FARDC). Uvira, segunda grande cidade de Kivu-Sul, a cerca de 30 quilómetros de Bujumbura, e a mil 200 quilómetros de Kinshasa, a capital congolesa, pode ser o ponto de partida duma rebelião determinada a chegar, dentro de dois meses, a Kinshasa, a capital congolesa, para destituir o regime do actual Presidente congolês, Joseph Kabila, cujo mandato legal terminou desde Dezembro último, segundo observadores da cena política deste país. No quarto dia dos combates ainda limitados a Uvira, o porta-voz do Exército burundês, o coronel Gaspard Baratuza, veio tranquilizar a opinião pública, indicando que as fronteiras nacionais estavam suficientemente guardadas para conter qualquer perturbação. As populações ribeirinhas podem continuar a fazer normalmente seus trabalhos diários porque este conflito, é por enquanto "interno no Congo". O Congo, vítima das suas abundantes riquezas naturais, para alguns geopolitólogos, já conheceu uma guerra regional, que envolvia sete exércitos de diferentes países dos Grandes Lagos, e outras no seio do próprio regime Kabila, e outras entre rebeliões congolesas entre 1996 e 1997. Segundo ainda o porta-voz do Exército burundês, "capacetes azuis" da Missão das Nações Unidas para o Congo (MONUSCO) estão de alerta na eventualidade da eclosão de um novo conflito com consequências imprevisíveis nos países vizinhos. O conflito faz sobretudo recear consequências sociais nefastas no Burundi, já saturado de 40 mil refugiados congoleses. Alguns destes refugiados chegaram a Burundi desde a precedente guerra civil de 1996 a 1997, período em que o país se chamava ainda Zaire, sob o regime de Mobutu Sese Seko, destituído pela antiga rebelião da Coligação Congolesa para a Democracia (RDC). |
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