Barcelona
Turista britânico de 44 anos está a ser apelidado de "herói" por
ter ficado junto do corpo do menino australiano de 7 anos que morreu
atropelado nas Ramblas, mesmo quando a polícia dizia para fugir.
Depois da tragédia, os heróis. Muitas foram as imagens chocantes
que resultaram do terror vivido na rua mais movimentada de Barcelona na
última quinta-feira. Uma delas mostrava um homem ajoelhado ao lado de um
corpo de uma criança, na rua deserta, apenas com agentes da polícias à
volta. Agora foi conhecida a sua história: trata-se de Harry Athwal, um
cidadão britânico de 44 anos, que não foi capaz de deixar uma criança
morrer sozinha mesmo quando as autoridades pediam a toda a gente para
saírem da rua e procurarem abrigo.
Harry Athwal, segundo conta o jornal catalão La Vanguardia, estava em Barcelona com a família para celebrar o oitavo aniversário do filho. Natural de Birmingham, estava num restaurante nas Ramblas quando a carrinha invadiu a zona dos peões e atropelou centenas de pessoas: 13 morreram, mais de 100 ficaram feridas. Apesar do caos, e dos repetidos avisos da polícia para fugirem e procurarem refúgio, uma vez que o condutor da carrinha estava em fuga, Harry Athwal avistou a criança inanimada e procurou socorrê-la.
“Estava inconsciente, tinha a perna dobrada e saía muito
sangue da cabeça”, contou ao jornal britânico Metro, explicando que lhe
mediu o pulso e viu que não tinha pulsação. “Passei-lhe a mão pelo
cabelo e lavado em lágrimas decidi que tinha de ficar com ele, sentei-me
ali, não podia deixar aquele menino sozinho no meio da rua”, disse,
recordando que a criança tinha a mesma idade do seu filho.
“Parecia-se com o meu filho, era mais ou menos da mesma idade, uns sete ou oito anos”, disse.
A Proteção Civil catalã acabaria por confirmar este domingo que entre as 13 vítimas mortais estava uma criança australiano de sete anos, com dupla nacionalidade britânica. Trata-se de Julian Cadman, o menino que a família procurou durante três dias, dando-o como desaparecido na sequência do ataque em Barcelona.
Julian estava com a mãe naquela cidade catalã, onde iam a um casamento, sabendo-se que a mãe estava entre os feridos graves que deram entrada no hospital. Da criança não havia sinal, sendo que este sábado a polícia catalã admitiu estar a receber muitos pedidos de informação sobre ele, limitando-se a dizer que não havia desaparecidos, estando todos os feridos e falecidos a ser identificados.
Harry Athwal admite, contudo, que sentiu “muito medo” durante aqueles momentos em que esteve ao lado da criança. “Pensava a todo o momento que os terroristas podiam voltar, por isso é que não o podia deixar ali”, disse ainda ao jornal inglês.
Harry Athwal, segundo conta o jornal catalão La Vanguardia, estava em Barcelona com a família para celebrar o oitavo aniversário do filho. Natural de Birmingham, estava num restaurante nas Ramblas quando a carrinha invadiu a zona dos peões e atropelou centenas de pessoas: 13 morreram, mais de 100 ficaram feridas. Apesar do caos, e dos repetidos avisos da polícia para fugirem e procurarem refúgio, uma vez que o condutor da carrinha estava em fuga, Harry Athwal avistou a criança inanimada e procurou socorrê-la.
“Parecia-se com o meu filho, era mais ou menos da mesma idade, uns sete ou oito anos”, disse.
A Proteção Civil catalã acabaria por confirmar este domingo que entre as 13 vítimas mortais estava uma criança australiano de sete anos, com dupla nacionalidade britânica. Trata-se de Julian Cadman, o menino que a família procurou durante três dias, dando-o como desaparecido na sequência do ataque em Barcelona.
Julian estava com a mãe naquela cidade catalã, onde iam a um casamento, sabendo-se que a mãe estava entre os feridos graves que deram entrada no hospital. Da criança não havia sinal, sendo que este sábado a polícia catalã admitiu estar a receber muitos pedidos de informação sobre ele, limitando-se a dizer que não havia desaparecidos, estando todos os feridos e falecidos a ser identificados.
Harry Athwal admite, contudo, que sentiu “muito medo” durante aqueles momentos em que esteve ao lado da criança. “Pensava a todo o momento que os terroristas podiam voltar, por isso é que não o podia deixar ali”, disse ainda ao jornal inglês.
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