quinta-feira, 3 de agosto de 2017

FUTUROS MÉDICOS PARALISAM ESTÁGIO PROFISSIONAL



A suposta recusa da Direcção Provin­cial de Saúde, em Nampula, em assi­nar os contratos individuais, no âmbito do pré-estágio, induziu à suspensão de Vinte e Sete mé­dicos estagiários dos trabalhos que vinham a desenvolver há mais de Cinco meses nalgumas unidades sanitária da urbe.
Os grevistas alegam que a lei concede-lhes o direito de rece­ber do Estado um subsídio equi­valente a 80 % do salário-base de um médico em exercício no Sistema Nacional de Saúde.
São estudantes do sexto ano do curso de ciências de saú­de da Universidade Lúrio, em Nampula, que desenvolviam as actividades de pré-estagio pro­fissional desde o pretérito mês de Março, no Hospital Central de Nampula, Hospital Geral de Marere e Centros de Saúde da periferia da cidade capital da província.
Segundo argumentam, a suspensão das suas actividades foi precipitada pelo facto da di­recção provincial de saúde em Nampula não reconhecer a sua existência e recusar-se a assi­nar os contratos individuais, no âmbito do pré-estágio, que lhes permitiria ter acesso aos subsí­dios em questão.
Lamentaram o modo como têm sido tratados ao nível das unidades sanitárias onde de­senvolvem o seu estágio de finalistas do curso de ciências de saúde, que tem a duração previsível de sete meses.
No HCN, por exemplo, trabalham todos dias de se­mana sem direito a repouso e em áreas de grande pres­são, nomeadamente serviços de urgência e enfermarias de medicina, cirurgia, pediatria, ginecologia e obstetrícia.
Deploram, também, a pos­tura assumida pela direcção da faculdade de ciências de saúde da Universidade Lúrio de não respeitar o que está previsto na lei referente aos estágios pré-profissionais, tendo acrescentado que, ao invés de interceder junto da DPS no sentido desta rubricar contractos com os seus fina­listas, enveredou por ameaças de represálias caso não retor­nassem aos estágios.
Sobre o assunto, o director da faculdade de medicina da Unilúrio, Celso Belo, limitou­-se a confirmar que a decisão daquele grupo foi-lhe, de fac­to, comunicada previamente.
Enquanto o médico-che­fe provincial na DPS, Isidoro Suleimane, considera legítima a exigência dos finalistas da Universidade Lúrio. Contudo, deu a conhecer que, devido às dificuldades orçamentais que o Estado enfrenta neste momento, não será possível estebelecer contractos com aquele grupo de estagiários. Assegurou, no entanto, que a DPS está em contacto per­manente com o Ministério da Saúde com vista a sanar as actuais dificuldades e em­preenderem-se os passos sub­sequentes assim que surgir o aval.
Victor Borges, governa­dor de Nampula que ontem recebeu no seu gabinete de trabalho aquele grupo de es­tagiários, prometeu encontrar soluções justas a curto prazo para assegurar o retorno dos futuros profissionais de medi­cina ao trabalho.Wf

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