Presidente da República mandou-a calar e ela não aceitou
Durante a visita ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), o Presidente da República deparou-se com um problema que mais se assemelha a luta de comadres naquela instituição. Tudo tem a ver com a gestão do Parque de Ciência e Tecnologias de Maluana, província de Maputo e as infra-estruturas nele implantadas. Segundo se sabe, Flávia Zimba, que foi directora do Gabinete da antiga Primeira-Dama da República, Maria da Luz Guebuza, é a actual Presidente do Conselho de Administração do Parque de Maluana.
Entretanto, no Parque está instalado um edifício construído pelo Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), que tem Dulce Chilundo como Presidente do Conselho de Administração. Numa sala cheia de funcionários e dirigentes daquele ministério, as duas dirigentes mostraram que tem estado a degladiar-se pela posse e utilização do edifício principal, implantado no espaço do parque.
Dulce Chilundo denunciou ao Presidente da República o facto de Flávia Zimba ter usurpado as instalações construídas pelo INTIC, o que faz com que esta instituição esteja com problemas sérios de infra-estruturas para o seu funcionamento.
Nyusi chamou uma a uma para se explicarem em relação às instalações, mas, o entendimento e aproximação das partes se manteve muito distante, apesar das tentativas nesse sentido.
Numa das tentativas de explicação da utilização das instalações, incluindo questões de desempenho institucional, Flávia Zimba tanto buscou argumentos, mas, ao que se percebeu, os esclarecimentos não foram capazes de convencer o PR.
Nisto, Nyusi sentiu-se mesmo obrigado a mandar calar a antiga esposa de Aiuba Cuereneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento no governo de Armando Guebuza.
“Tudo bem, pode calar…”, disse Nyusi, que não foi nada compreendido por Flávia Zimba, pelo que respondeu nos seguintes termos: “Por favor, deixa-me terminar Sr Presidente”. E assim prosseguiu sem, contudo, esperar a resposta ou permissão de continuar a falar.
No fim e em jeito de aconselhamento, Nyusi pediu humildade e ambiente pacifico entre as partes. “Os problemas que vimos são muitos. Não queremos que o ministro ande de direcção em direcção para gerir contradições. Ficam mais tempo a discutir problemas pessoais que desenvolver trabalhos da instituição. Façam a vossa parte. O país tem muitos que querem trabalhar. Não estamos amarrados a uma pessoa” – anotou Nyusi, como quem está a querer dizer que a continuarem com as intrigas, assumiam-se como candidatas a serem corridas dos cargos que ocupam.
Aliás, Filipe Nyusi prometeu mandar soluções a curto prazo para os problemas enfrentados pela instituição.(Ed. Conzo)
MEDIA FAX – 03.08.2017
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