quinta-feira, 24 de agosto de 2017

“A jihad não tem fronteiras.” Estado Islâmico ameaça Espanha com novos ataques


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É a primeira vez que o Estado Islâmico faz vídeo em castelhano. Nele, Espanha é ameaçada com novos ataques terroristas e Younes Abouyaaqoub, o autor do ataque terrorista em Barcelona, é glorificado.
Ao longo do vídeo, vão sendo mostradas com imagens de notícias internacionais sobre o ataque em Barcelona
Youtube
O Estado Islâmico divulgou um vídeo, partilhado pelo jornal El País, onde ameaça Espanha com novos ataques terroristas. No vídeo, dois jihadistas falam castelhano com sotaque árabe — o que faz com que este seja o primeiro vídeo conhecido do grupo terrorista nesta língua.
Um dos dois jihadistas identifica-se como Abu Lais Al Qurdubi e apela a quem não possa viajar até ao Estado Islâmico que façam jihad — que significa “luta” — onde estiverem, porque “a jihad não tem fronteiras”. “Alá ficará satisfeito convosco”, acrescenta ainda dizendo com a permissão de Alá, “Al Andalus voltará a ser o que era, terra do califado”. Al Andalus foi nome dado à Península Ibérica no século VIII quando estava sob o domínio do Califado Omíada — o segundo califado islâmico estabelecido após a morte de Maomé.
Aos cristãos espanhóis: não se esqueçam do sangue derramado dos muçulmanos da Inquisição espanhola. Vamos vingar o vosso massacre e o que estão a fazer agora com o Estado Islâmico “, diz ainda Abu Lais Al Qurdubi.
Ao longo do vídeo, as declarações dos dois jihadistas vão sendo intercaladas com imagens de notícias internacionais sobre o ataque em Barcelona e também imagens do rei Felipe VI de Espanha e do presidente Mariano Rajoy.
Que Deus aceite o sacrifício dos nossos irmãos em Barcelona. A nossa guerra convosco irá durar até o fim do mundo “, diz o segundo homem, identificado como Abu Salman al Andalusi.
No final do vídeo, aparece um cartaz em árabe que diz: “A primeira gazw”, isto é, a primeira incursão militar na Espanha. O vídeo desenrola-se ao som de uma canção cantada em francês e é uma nasheeds — uma canção permitida pelo Estado Islâmico –, explica o El País.

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