quinta-feira, 27 de julho de 2017

Quando a turma da “bolada” irá abrir o jogo?


Listen to this post. Powered by iSpeech.org Quando a peneira com que se tanta tapar o sol é dema­siado pequena, é fácil se ver o que se está por debaixo. É como quando o pato tenta se esconder e, o rabo fica de fora, na amostra.
Este introito vem a propó­sito dos empréstimos que uns cidadãos facilmente identificáveis, incluindo os seus domicílios, foram con­trair em alegada defesa da soberania, em nosso nome colectivo e continuam feitos donzelas em bailes de más­caras. E não é que nos bailes de máscaras se encontram donzelas impolutas….
A cada dia que passa o grau de pressão dos doadores continuam a se fazer sentir e, a poucos dias os nipônicos da JICA alinharam no coro dos “soberanos” que se re­cusam a desembolsar o que seja, até que as penumbras envoltas a esse dossiêr fi­quem, definidamente escla­recidas.
Nos bastidores, o que consta é que devido ao congresso que se avizinha ali no par­tido Frelimo de modo a se evitar um “divórcio” com o indeciso eleitorado urbano, esse assunto da responsa­bilização deve ter um trata­mento adequado e simpá­tico com a turma que fez a “bolada”.
Porém, não há como não ficar imune e revoltado pela maneira com que tão intrincado dossiêr e as alega­ções que o sustentem foram feitas do jeito que foram.
Imaginem os filhos de Vla­dimir Putin e Donald Trump, em negócios soberanos de Estado chefiados pelos pais a irem testar armas que se alegam que era para a defe­sa do Estado?
Ou os filhos dos nossos diri­gentes e o nosso Estado são melhor preparados que os líderes das potências mun­diais nestas coisas de defen­der a pátria?
O tempo se escasseia e o mais pacato dos cidadãos vai mor­rendo por falta de comprimi­dos para a malária, enquanto os melhores filhos soberanos vão roncando, em plena cida­de alta, motores de alta cilin­drada para que o eleitorado urbano aprecie o valor de “não ter ido a luta armada de libertação nacional”.
Na guerra de sobrevivência a essa grande “bolada” um documento com a assinatura do então ministro da Defesa e actual timoneiro do Parti­do Frelimo, foi usada e ex­posta nas redes sociais e na imprensa tradicional.
Mais do que ninguém, qual­quer eventualidade que o posso reconduzir, deverá passar pela purificação de fileiras.
A Frelimo já quis que Moçambique fosse o “túmu­lo do capitalismo e explora­ção” e estamos em crer que o Presidente Filipe Nyusi também queira que o parti­do que dirige seja o “túmulo de oportunistas e bandolei­ros”.
Esta turma precisa, ainda que seja a nível interno do partido, de abrir o jogo, sob pena de penalizar o colecti­vo que não tem nada a ver com a “bolada
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofen­de: Quando a turma da “bo­lada” irá abrir o jogo?
LUÍS NHACHOTE
CM – 27.07.2017

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