Lourenço Matola, o homem que atirou contra Filipe Samuel Magaia
Lourenço Matola nasceu em Chamanculo, então Lourenço Marques (Maputo), por sinal o mesmo bairro em que vivia Filipe Samuel Magaia quando cumpria o Serviço Militar, (ainda não tenho a data exacta do nascimento). Era carpinteiro e pintor e em 3 de Junho de 1957 saiu para Chibuto onde se empregou na casa de António Maria de Oliveira, na empresa de Camionagem Autoömovel Oliveira & Cia., Ltda, acompanhado de Daniel Malhaieie. Na mesma localidade vivia um irmão seu, Arrone Matola. Em Novembro de 1961 seguiu para Salisbury (Harare) e daqui para Tanganhika, onde chegou em 22 de Fevereiro de 1962. Pelas suas cartas que escreve ao tio, Alfredo Matola, percebe-se que fez parte do grupo que seguiu ao Ghana, com propósito de fundar a Frente Unida em Maio, para libertar Moçambique.
Quando Aurélio Bucuana e David Shambala, elementos que com Adelino Gwambe fundaram a UDENAMO, abandonaram aquela organização depois de terem roubado alguns documentos pertencentes aquele movimento, e, que entregaram a uma autoridade oficial Portuguesa, descobriu-se que Lourenço Matola usava o irmão, na RAS, para dar recados da Frelimo ao Governo Colonial Português em nome da Wenela, situação que criou desentendimento entre Portugal e Africa do Sul. Relatórios da PIDE apontam-no como a pessoa que atirou contra Filipe Magaia obedecendo a uma “ordem não especificada numa altura em que a liderança de Mondlane era posta em causa” o que é corroborada com o relatório da polícia Tanzaniana (não vou entrar em detalhes) que o encarcerou na prisão durante 5 anos sem julgamento findos os quais recebeu ordem de expulsão e refugiou-se ao Quénia onde veio a morrer em 1989.
Quando Aurélio Bucuana e David Shambala, elementos que com Adelino Gwambe fundaram a UDENAMO, abandonaram aquela organização depois de terem roubado alguns documentos pertencentes aquele movimento, e, que entregaram a uma autoridade oficial Portuguesa, descobriu-se que Lourenço Matola usava o irmão, na RAS, para dar recados da Frelimo ao Governo Colonial Português em nome da Wenela, situação que criou desentendimento entre Portugal e Africa do Sul. Relatórios da PIDE apontam-no como a pessoa que atirou contra Filipe Magaia obedecendo a uma “ordem não especificada numa altura em que a liderança de Mondlane era posta em causa” o que é corroborada com o relatório da polícia Tanzaniana (não vou entrar em detalhes) que o encarcerou na prisão durante 5 anos sem julgamento findos os quais recebeu ordem de expulsão e refugiou-se ao Quénia onde veio a morrer em 1989.
Deixo aqui algum espólio (algumas cartas de Lourenço Matola)
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