Daviz Simango
Savana 29 -03-2013
Centrais
Guebuza é que tem patrões estrangeiros
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NO CENTRO DO FURACÃO
Por Emídio Beúla e Raul Senda
Fotos de Urgel Matula
Ao cabo de mais um
mandato como Presidente
da autarquia
da Beira, a
segunda maior cidade do país,
Daviz Simango coloca a sua
corrida ao terceiro mandato nas
mãos dos militantes do MDM
que em Maio vão escolher os 43
candidatos às autárquicas de
20 de Novembro. Reconhece os
problemas de transitabilidade
das estradas da Beira e avança
com soluções para um problema
que diz ser mais complexo do
que pode parecer. Aos recados
de alguns militantes seniores da
Frelimo, ele responde na mesma
medida, dizendo, por exemplo,
que “Guebuza é que tem patrões
estrangeiros”. Acompanhe
a entrevista feita na tarde desta
quarta-feira em Maputo, onde
Daviz vinha participar da
reunião dos municípios organizada
pelo ministério da Administração
Estatal.
Faltam menos de 10 meses para o
término do seu (segundo) mandato
como Presidente do Município da
Beira. Das várias promessas que fez
ao eleitorado, o que é que conseguiu
concretizar?
Nós concorremos para as eleições de
2008 com um programa vasto que
assentava em alguns pilares básicos.
Estamos a falar do projecto de protecção
costeira, do projecto de saneamento
e abastecimento de água e do
projecto de integração social das nossas
comunidades.
Conseguiu materializar esse programa?
Em relação à protecção costeira conseguimos,
através da conferência de
doadores, mobilizar fundos. Vários
parceiros responderam positivamente
às nossas solicitações e hoje
estão a decorrer obras de protecção
costeira. A cooperação suíça financiou
com três milhões e duzentos
e cinquenta mil dólares (USD
3.250.000) e o Banco Mundial vai
financiar com 70 milhões de dólares
(USD 70.000.000). O financiamento
do Banco Mundial está virado
para as mudanças climáticas e vai
consistir numa rede de águas para
a cidade da Beira. É uma malha de
rede de águas para resolver o problema
das inundações. Como sabem,
Beira é uma cidade plana, erguida
sobre um pântano e as águas por si
só não conseguem correr. É preciso
que haja outro tipo de exercício. Do
Banco Mundial estamos também
a mobilizar 15 milhões de dólares
(USD 15.000.000) para materializar
a nossa intenção que consiste em de
criar condições para que as valas abertas
não sejam transformadas pelos
munícipes em depósitos de lixo e
outros detritos sólidos. O Conselho
Municipal pretende privilegiar as
margens das valas com arruamento e
zonas de diversão para desencorajar
a prática de hábitos que contribuam
para a degradação das mesmas.
Conseguimos mobilizar fundos do
Banco Árabe para reabilitar as valas e
alargamento da rede de saneamento
na zona de Macurungo.
A abertura do canal de Chiveve faz
parte do programa das mudanças
climáticas?
Sim, ainda na componente mudan-
ças climáticas mobilizámos cerca
de 13.5 milhões de Euros através
do Banco Alemão KFW para a abertura
do canal de Chiveve. Neste
momento, estão a decorrer estudos
e já nos apresentaram, na semana
passada, três propostas alternativas
de abertura do canal. Nós entendemos
que com abertura do canal do
Chiveve estaremos a criar condições
para a respiração da nossa cidade. Vai
também permitir o escoamento de
águas nos bairros próximos do canal
de Chiveve, reduzindo assim as possibilidades
de inundações.
Avançámos na componente de abastecimento
de água. Na cidade da
Beira existiam zonas que não tinham
água potável. Estamos a falar
dos bairros de Muavi e Inhamizua
que pela primeira vez tiveram rede
canalizada. Nem sempre é possível
recorrer ao FIPAG (Fundo do Investimento
e Património de Abastecimento
de Água), temos que recorrer
a parceiros ou a fundos próprios para
comprar material de abastecimento
da água potável.
Recentemente, a União Europeia
financiou a reabilitação do sistema
de saneamento da Beira. Que benefícios
isso trouxe para a cidade?
O programa de saneamento da cidade
consistia na reabilitação do sistema
existente e não abrangeu novas
zonas. Estamos satisfeitos porque
nas zonas onde houve reabilitação
melhorámos o aspecto ambiental,
construímos uma ETAR (Estação
de Tratamento de Águas Residuais)
que estava projectada desde os anos
60. Trata-se de uma ETAR que no
futuro o Conselho Municipal pode
aproveitar para a produção de biogás.
É preciso dizer que durante o mandato
que este ano termina tivemos
alguns constrangimentos.
A que tipo de constrangimentos se
refere?
A perda das sedes dos bairros. Era
preciso repor a administração a funcionar,
daí que iniciámos com a construção
das sedes dos bairros e temos
a impressão de que valeu a pena,
pois temos infra-estruturas novas e
com adaptação para os jovens: tem
sistema de internet disponível para
estudantes e alunos.
No fundo, neste mandato, notamos
que na cidade da Beira há um grande
crescimento económico. As pequenas
e médias empresas começam a
ter lugar e existem infra-estruturas.
Só neste mandato tivemos quatro
hotéis novos, o que não acontecia há
muitos anos.
Beira está hoje com estradas esburacadas,
situação que contrasta com
a imagem de uma das melhores cidades
em termos de gestão municipal.
Ainda vai a tempo de repor a
transitabilidade das estradas da cidade?
A nível das estradas, a cidade da
Beira tem uma característica própria:
O nosso pavimento torna-se sempre
alagado, sempre molhado e impróprio
para o asfalto. Portanto, tivemos
a iniciativa de avançar com estradas
de pavês.
No mandato anterior, já tínhamos
feito uma experiência idêntica em
relação a Kruss Gomes, agora fizemos
a rua 33, estamos a fazer a rua
da Chota, estamos a fazer a rua do
Vaz e este ano vamos avançar com
mais quatro. Estamos a fazer um estudo
em relação à FPLM, que sai da
Praça da Independência em direcção
ao Estoril, estamos a falar também
da estrada que parte do aeroporto
em direcção à ponte, estamos a
falar das ruas 2 e 6 e da rua da Base
N’Tchinga. Algumas vão ser pavimentadas
e outras vamos reclassificar
o pavimento existente, tornar a pôr a
base para depois asfaltar.
Trabalhámos também nas ruas terciárias
nos bairros. No ano passado,
houve um investimento extremamente
grande do município nas ruas
que desde o tempo colonial nunca
tinham sido trabalhadas. Conseguimos
fazer o trabalho, é verdade que
em algumas ruas fomos infelizes
com as chuvas que caíram.
A avenida 24 de Julho, por exemplo,
foi reabilitada há menos de dois
anos, mas hoje apresenta-se em
péssimas condições de transitabilidade.
É o problema das chuvas que
caíram?
É preciso compreender a composição
geológica dos solos da Beira.
O problema da estrada 24 de Julho
é que foi construída ao logo da vala.
Fomos infelizes porque na altura que
abriram a vala foram retirando solos
para construir a base e a sub-base
da estrada. Durante muitos anos,
essa estrada nunca foi pavimentada.
Nessa altura, circulava-se normalmente
e não encontravam nenhum
assentamento diferencial. Mas os
camiões de grande tonelagem não
circulavam por lá. Quando iniciámos
com a reparação da base e a colocação
do pavimento, os camiões de
grande porte começaram a circular.
E o lodo começou a reagir e a estrada
ficou degradada.
O município não previa a circulação
de camiões de grande tonelagem por
aquela via? A reabilitação não foi
antecedida por estudos económicos
e de engenharia?
Se não tivéssemos estudos, teríamos
o mesmo problema no prolongamento
da Kruss Gomes, a partir da
Munhava Matope em direcção à
lixeira. Tivemos fundo para reabilitar
aquela estrada, mas no âmbito da
construção do terminal de carvão
(do Porto da Beira) notámos que os
camiões da empresa holandesa que
entravam para a dragagem do porto
e para os aterros tinham 50 toneladas
de eixo. E os fundos que nós tínhamos
iam até o máximo de 15 toneladas
de eixo. Achámos por bem não fazer
a estrada, senão teríamos o mesmo
problema da 24 de Julho. Estamos
a negociar com algumas empresas
como a futura fábrica de cimento,
a mineradora Jindal, para ver se em
conjunto podemos fazer uma estrada
que possa atingir 50 toneladas eixo.
Senhor Presidente, até ao fim do seu
mandato quais são as estradas que
estarão totalmente transitáveis?
É preciso compreender que Beira
é uma cidade com tanta estrada de
terra batida e com tanto movimento
de camiões e quando chove tudo
fica complicado. E é preciso compreender
o que era a cidade da Beira
ontem e o que é a cidade da Beira
hoje. A cidade da Beira não tinha
o volume de camiões que tem hoje.
Hoje temos em média 600/dia de
alta tonelagem que entram na cidade.
Muitas das nossas estradas foram
concebidas na década de 70, e nessa
altura os camiões que existam eram
de três a quatro toneladas.
O que o município tentou fazer foi
assegurar que as grandes estradas que
esvaziam a circulação de viaturas da
zona urbana para a zona peri-urbana
funcionem. Hoje temos o orgulho
de dizer que a primeira estrada, que
é a rua da Chota, hoje está sendo
pavimentada e vai ser inaugurada.
Só para ver o esforço que o executivo
está a fazer, estamos a importar
da Swazilândia as caixas para fazer a
ponte.
Grande parte das estradas vão estar
boas até ao fim do mandato, sobretudo
as de terra batida que foram
intervencionadas no ano passado e
neste ano vai se passar a máquina
niveladora. Não é possível num mandato
aterrar todas as estradas de terra
batida. Neste momento, estamos
concentrados na substituição do asfalto
por pavê, trocar a terra batida
por pavê. Já não queremos arriscar
em asfalto, porque na cidade da Beira
basta chover o asfalto não funciona.
Gostaríamos de perceber uma coisa
no projecto de protecção costeira em
curso na Beira: Quem mobilizou
fundos foi o município ou foi o Governo
Central?
Na altura em que arrancou o processo,
eu pessoalmente tive a oportunidade
de estar na Alemanha para
mobilizar fundos do KFW, através
do Banco Mundial. É preciso compreender
que no sistema financeiro
internacional os fundos mobilizados
passam pelo Governo Central. Pelo
que, por mais que consiga mobilizar,
há acordos internacionais que como
moçambicanos temos que respeitar.
Contudo, existem outros fundos
que podem passar directamente do
financiador para o município. É o
caso do fundo que mobilizámos para
o saneamento da Beira, onde a União
Europeia pagava directamente aos
empreiteiros.
As duas modalidades funcionam…
Sim. O importante é que estejamos
seguros, pois há situações pouco
agradáveis. Por exemplo, nós beneficiámos
de um fundo da cooperação
italiana para as autarquias, mas
o que acontece é que temos vários
constrangimentos para aceder. Isso
porque o fundo era directo, depois
passou para o Ministério de Administração
Estatal e agora passou
para os governos provinciais. O que
acontece agora é que aquilo que é a
proposta do Conselho Municipal,
o principal beneficiário do fundo,
acaba sendo censurado pelo governo
provincial.
Por exemplo, nós agora queríamos
adquirir dois camiões de lixo porque
há interesse do Conselho Municipal
nesse sentido, mas o governo provincial
disse que não, porque o municí-
pio tem muitos camiões de lixo. O
governo provincial não sabe qual é a
nossa necessidade nessa matéria.
É que é preciso compreender que a
vida útil dos camiões de lixo é diferente
de um carro normal.
Voltando à construção de novas
sedes dos bairros, o município vai
terminar com o trabalho ainda neste
mandato?
Pelas contas que tenho, agora vamos
entregar mais nove. Estão todas
quase prontas, existe apenas uma por
iniciar que é a sede do bairro Vaz.
Não iniciou com as outras porque
tivemos problemas de terrenos.
Como pode imaginar, o próprio município
também tem problemas de
espaço. Estamos a negociar com alguns
privados que têm espaços para
arrancarmos com as obras. Imagine
que se não tivéssemos problemas das
sedes, que tipo de investimentos em
outras áreas poderíamos ter aplicado
o dinheiro. É preciso compreender
que ao nível do Conselho Municipal
da Beira conseguimos fazer algo
inédito: Todos os Centros de Saúde
urbanos têm ambulâncias compradas
pelo Conselho Municipal.
E esses Centros de Saúde já passaram
para a gestão do município?
Infelizmente, ainda há muitas jornadas
por acontecer. Mesmo agora
na reunião dos municípios tivemos
oportunidade de perguntar (ao
Ministério da Administração Estatal)
sobre isso, mas apenas responderam
que ainda se está em processo
de harmonização. O Conselho Municipal
da Beira solicitou a transfer-
ência de competências em 2007, hoje
estamos em 2013, passam seis anos,
e ainda continuamos na harmonização.
Achamos nós que não faz
nenhum sentido, porque o Conselho
Municipal da beira já solicitou. Hoje
fala-se de cinco cidades, Maputo,
Matola, Chibuto, Xai-Xai e Pemba.
Agora a minha questão é: Porquê essas
cidades? Que níveis de gestão de
centros têm essas cidades e que Beira
não tem?
E ao nível da educação, o Conselho
Municipal já recebeu algumas escolas?
A situação é a mesma.
Aqui também a justificação do
Ministério da Administração Estatal
é que o município ainda não
está preparado?
O problema não é o facto do municí-
pio estar ou não preparado. Há interesses
políticos. Nós todos sabemos
qual é o papel do partido no poder
junto a essas duas entidades (Educação
e Saúde) em processos eleitorais.
Portanto, enquanto persistir
esta situação de processos eleitorais
e interesses políticos é natural que
eles não vão entregar. Não faz sentido
hoje entregar Xai-Xai e Pemba,
autarquias que nem têm capacidade
de recolha de receitas. E nesta reunião
de Maputo ficou claro que os
municípios têm problemas na recolha
de receitas. Mas ninguém disse
que a cidade da Beira não faz parte
dos municípios que têm problemas
de recolha de receitas. O próprio
relatório apresentado estava vazio de
conteúdo e espelha que não envolveu
as autarquias. Se envolveu, foram 41
autarquias e duas foram excluídas
(Beira e Quelimane).
Mas a transferência de competências
do Estado para os municípios
representa encargos para as autarquias?
O poder é para ser exercido e a lei
é para ser cumprida. Está claro na
lei 02/97, de 18 de Fevereiro, que a
gestão da Saúde primária e da Educação
primária são da responsabilidade
do município. O município da
Beira conseguiu construir três Centros
de Saúde, comprou ambulâncias
para todos esses centros e para outros
que já existiam. Os salários dos motoristas,
o combustível e a manuten-
ção dessas viaturas estão a cargo da
autarquia. Continuamos a fornecer
regularmente carteiras a escolas e
agora vamos construir, com fundos
próprios do município, uma escola
que caiu em Macuti.
O que é que mais resta para provarmos
a nossa capacidade de gestão?
E como está o processo de transfer-
ência do sistema de gestão dos transportes
públicos do Governo para o
município da Beira?
Também fomos infelizes. Submetemos
a proposta à Assembleia Municipal,
mas rejeitaram a proposta.
Tivemos oportunidade de falar com
o vice-ministro dos Transportes e
Comunicações para compreendermos
como funciona o processo de
transferência da gestão de transportes
públicos e a recomendação
foi que era preciso criar uma empresa
municipal de transportes e a
partir dela solicitar a transferência.
A criação da empresa foi recusada
pela Assembleia Municipal e automaticamente
todo o processo ficou
bloqueado.
Qual foi o argumento que a Assembleia
Municipal apresentou para
chumbar a proposta?
Não apresentou nenhum argumento.
Apenas disse que não dava. E nós
tínhamos planeado dois modelos.
No primeiro, o município recebia os
resíduos da empresa TPB e no segundo
dizíamos que o que existe da
empresa TPB sai muito caro para o
município, pelo que vamos comprar
novos autocarros para o transporte
público na Beira.
O Governo Central transferiu recentemente
a gestão do transporte
público urbano para os municípios
de Maputo e Matola. Mas o município
da capital do país já está a
abater alguns autocarros que herdou
da empresa pública TPM. Não teme
receber prejuízos dos Transportes
Daviz Simango em entrevista ao SAVANA
Públicos da Beira?
O problema é que por mais que os
colegas autarcas de Maputo e da
Matola tivessem vontade de manifestar
a sua indignação perante o
que receberam do Governo Central,
não tinham muito espaço. Veja que
o Governo trouxe os autocarros de
onde trouxe e entregou-os aos municípios
para gerir. Nós nãos íamos
aceitar isso. Porque não é concebível
hoje que se adquira um equipamento
que ao nível do mercado interno
não se encontre sobressalentes ou
acessórios para a sua manutenção.
A Assembleia Municipal da Beira
queixa-se que o Conselho Municipal
às vezes não cumpre com as
suas deliberações. Por exemplo, a
proposta da alteração dos sentidos
nas vias da cidade que foi reprovada
pela Assembleia Municipal através
da deliberação N°42/AMB/2012.
Mesmo assim, consta que o Conselho
Municipal avançou com a nova
sinalização…
O Conselho Municipal trabalhou
com a Associação dos Transportadores
da Beira, trabalhou com a
Polícia Trânsito e trabalhou com
o INATTER e outras instituições
vocacionadas na gestão rodoviária.
Fizemos uma proposta concreta que
foi assinada por todas estas instituições
especializadas e propusemos à
aprovação da Assembleia Municipal.
Nós como Conselho Municipal tive-
“Nós ganhámos Quelimane com muito suor, precisamos de manter o município, precisamos de revalidar o mandato”, diz o mos a iniciativa de ir trabalhar com
Presidente da autarquia da Beira.
“Tenho investimentos na área imobiliária“
16 Savana 29-03-2013 NO CENTRO DO FURAÇAO
as instituições de Direito que nos
aconselharam e o Conselho Municipal
simplesmente chumbou.
Imagine o nível da compreensão
da Assembleia Municipal, até ao
ponto de chumbar instituições de
Direito que regulam o funcionamento
rodoviário. É extremamente
grave. O que fizemos é que já havia
um sinal num dos troços onde havia
acidentes e era preciso agirmos.
São vias que registavam muitos
acidentes. Portanto, não podíamos
parar sabendo que há vítimas humanas.
Temos outro exemplo em que o
Conselho Municipal ignorou a deliberação
N°45/AMB/2012 da Assembleia
Municipal que ordenava
a devolução do espaço e material
de construção confiscado pelo município
ao cidadão Samuel Rodrigues.
Até hoje o Conselho Municipal
ainda não devolveu nada a este
cidadão…
Não posso mentir, não estou a ver
quem é esse cidadão. Para responder
precisaria de me inteirar junto
dos colegas do município.
O senhor Presidente não se lembra
de nenhum conflito de terra que
envolve o município?
Conflitos de terra são tantos e vão
existir sempre. Eu poderei dar mais
dados assim que souber quem é esse
cidadão e o que terá acontecido. Sei
que tivemos várias petições na Assembleia
Municipal, mas algumas
eram petições de burla, outras em
que certos cidadãos faziam-se passar
por pessoas de boa-fé e queriam
burlar empresários e nós somos
rígidos quanto ao combate à corrupção.
Temos também casos de
membros da Assembleia Municipal
que vendiam terrenos e nós agimos
contra eles.
O município é também acusado de
expropriação das machambas dos
munícipes e em compensação paga,
de forma indiscriminada, dois mil
meticais. Não acha que estão a
cometer uma injustiça contra os
munícipes?
Em Moçambique existem leis ligadas
ao Ministério da Agricultura
que definem quanto custa uma árvore,
uma árvore de fruta, machambas,
etc. O Conselho Municipal está
a cumprir a lei que define o custo de
cada benfeitoria.
Mas temos de perceber que a cidade
da Beira é um pântano. Onde
hoje existe o edifício do Conselho
Municipal eram machambas, onde
existem todos os prédios eram pântanos.
E por natureza própria, os
pântanos são favoráveis à produção
de arroz em tempo de chuva e à
produção de batata-doce em tempo
seco. E é assim como vivemos. Mas
é preciso compreender que a expansão
urbana está a crescer e a gestão
do solo urbano está a cargo da autarquia.
Nós temos um plano de estrutura
urbana e fizemos uma coisa
inédita: Estamos a preparar o plano
2035 que vai integrar o porto, a expansão
da energia, de água… Hoje
o plano do próprio Porto da Beira
está ultrapassado, pois verifica-se
um congestionamento de camiões.
E isso não pode acontecer, o porto
tem de expandir, tem de ter uma
área de reserva tendo em conta a
sua importância para o desenvolvimento
da cidade. Os camiões não
podem continuar a entrar na cidade
para chegar ao porto, tem de se encontrar
estradas direccionadas para
a zona portuária e industrial.
Como avalia a convivência política
entre o Conselho Municipal e o
representante do Estado na Beira?
Nós temos um feitio próprio de estar.
Temos uma missão, temos um
legado que nos foi incumbido pelos
munícipes para dirigir o município
e tomar conta dos seus destinos.
Naturalmente o Governo entendeu
nomear um representante do Estado
que tem as funções próprias.
Portanto, nós não nos cruzamos
com eles.
E com o Governador?
Cada um faz o seu papel. É verdade
que nas cerimónias púbicas trocamos
abraços, o Conselho Municipal
tem parcerias com o governo provincial,
assim como eles devem ter
parcerias com o Conselho Municipal.
E assim vamos continuar nesse
ambiente de trabalho.
Em Moçambique, os municípios
ainda dependem do Governo Central
em termos financeiros. Em que
nível estão os níveis de colecta de
receitas no município da Beira?
A cidade da Beira recebe fundos do
Governo Central através do Fundo
de Compensação Autárquica, mas
não está atado a esses fundos. O
Conselho Municipal esforça-se no
aumento de receitas internas. Exigimos
metas aos nossos colectores
de receitas e estão a lograr sucessos.
Nós começámos o primeiro mandato
com receitas nos mercados na
ordem de oito mil meticais/dia e
hoje estamos a cobrar 64 mil meticais/dia.
Os mercados são uma das
principais fontes de receitas.
Os nossos orçamentos andam por
volta dos 700 a 800 milhões de
meticais/ano e as colectas internas
cobrem cerca de 60% do nosso or-
çamento. Por outro lado, a cidade
da Beira é uma escola na gestão do
fundo da redução da pobreza urbana.
Nós não fazemos o que acontece
em outras cidades onde os edis ou
administradores entregam dinheiros.
Nós recebemos a transferência
do Governo Central que são um
pouco mais de 14 milhões de meticais
e metemos no Banco Terra. Os
conselhos consultivos recebem e seleccionam
os projectos e submetem
à revisão e estudo da viabilidade da
comissão técnica constituída por
funcionários do Conselho Municipal
e membros da sociedade
civil. Este por sua vez propõe a homologação
dos projectos aprovados
do Conselho Municipal. O nível
de desembolsos ultrapassou no
primeiro ano sete milhões de meticais.
Este é um caso de estudo e de
divulgação, mas ninguém divulga.
Recandidatura nas mãos dos
partidários do MDM
Senhor Presidente, está no fim do
seu segundo mandato, vai avançar
para a corrida do terceiro mandato?
Eu sou cidadão filiado a um partido
político que é o Movimento
Democrático de Moçambique. Os
órgãos do partido é que vão determinar
quem são os candidatos aos
municípios.
A minha posição está entregue ao
partido. Pensamos nós que em Abril
ou Maio o MDM fará apresentação
pública dos seus candidatos.
Se o MDM indicar o seu nome
para candidato do partido na Beira,
vai aceitar disputar o terceiro mandato?
Eu continuo e continuarei a ser escravo
do partido e a servir o partido.
Há quem diga que se o MDM
apostar num outro candidato para
a Beira pode vir a perder, porque há
mais pessoas que apoiam a figura
do presidente do município tido
como vítima da Renamo do que
propriamente do partido.
O Daviz Simango nunca foi vítima
nem será vítima da Renamo. A minha
expulsão foi normal, é uma coisa
que acontece. O Daviz Simango
não venceu as eleições de 2008 por
ter sido vítima, venceu porque tinha
uma equipa de trabalho que vinha
exercendo algo palpável. E hoje, à
frente do município, Daviz mantém
uma outra equipa profissionalizada.
Eu penso que qualquer elemento
deste grupo de trabalho é elegível a
presidente do Conselho Municipal.
O MDM vai concorrer em todos os
municípios?
Sim, vamos aos 43 municípios.
O partido considera a possibilidade
de apoiar candidatos independentes?
Ao nível do MDM se aparecerem
figuras que se identificam com os
manifestos do partido é claro que
terão o nosso apoio. Nós não somos
egoístas. Somos por um Moçambique
para todos, temos uma visão
patriótica, o que interessa o MDM
é que de facto as figuras comunguem
connosco, tenham simpatias
connosco e peguem nos nossos
manifestos como cavalo de batalha
para o desafio eleitoral.
Guebuza é quem tem patrões
estrangeiros nos seus negócios
Num passado recente, Sérgio Vieira
disse ao SAVANA que o MDM
era um partido ao serviço de interesses
estrangeiros e com agendas
estranhas à nação moçambicana.
No último fim-de-semana, o Presidente
Armando Guebuza, disse, na
qualidade de presidente da Frelimo,
que chega de patrões estrangeiros.
Qual é opinião do presidente do
MDM em relação a esses pronunciamentos?
É com certa tristeza que alguns
ainda continuam a comentar que
o MDM está ao serviço de patrões
estrangeiros. Os grandes sócios de
Guebuza nos seus negócios são estrangeiros,
os grandes assessores de
Guebuza não são moçambicanos,
os grandes financiadores e colaboradores
do Orçamento do Estado
não são moçambicanos. Afinal de
contas quem tem patrões estrangeiros?
É o próprio Armando Guebuza
que tem patrões estrangeiros.
A primeira cidade moçambicana a
assinar acordos de gemelagem com
o município da Beira foi Quelimane
da era Araújo. Há quem diga
que aquilo foi uma estratégia para
drenar dinheiro do município da
Beira para Quelimane, numa altura
em que Araújo não tinha acesso
às contas do município para implementar
o seu manifesto.
É preciso compreender que nós
vamos continuar a assistir tecnicamente
o município de Quelimane.
Nós ganhámos Quelimane com
muito suor, precisamos de manter o
município, precisamos de revalidar
o mandato. Também é preciso ver
que o MDM é um partido que tem
um departamento de governação
local. E este departamento harmoniza
a forma de estar do MDM
na sua governação local. Por isso
é natural que tivéssemos uma gemelagem
com o município de Quelimane,
permitindo dessa forma que
a ideologia política e de governação
do MDM se mantenha.
É bom compreender que não se
pode drenar dinheiro de um município
para outro município. É importante
saber que o município da
Beira tem gemelagens com outros
municípios e o mesmo sucede com
Quelimane.
Manual de Araújo quando chegou
à presidência do município de
Quelimane apostou naquilo que
chamou de competência técnica,
integrando no seu executivo membros
de outros partidos, como a
Frelimo. Como é que o MDM encarou
essa situação?
Os edis são eleitos. Nós como
partido político não interferimos
naquilo que é selecção a dedo das
pessoas. Nós temos um perfil próprio.
Porém, é importante também
que qualquer edil seja rodeado de
pessoas competentes, é natural que
qualquer um de nós esteja rodeado
de pessoas que ajudam a resolver
problemas e não pessoas que venham
apenas para complicar.
A manutenção de vereadores que
eram de Pio Matos não chegou a
criar alguma crispação no partido?
É preciso perceber que o mandato
de Quelimane foi extremamente
curto, era preciso estudar o ambiente
de Quelimane. Era preciso
aprender com essas pessoas como
é que as coisas eram feitas e nós
aprendemos. Daviz Simango quando
chegou no município da Beira
também fez o mesmo.
Tem mantido alguma relação com
o presidente da Renamo, Afonso
Dhlakama?
Não falo com ele deste 2008.
Alguns analistas criticam aquilo a
que chamam de concentração de
poderes na figura do presidente do
MDM. Porque mudaram as regras
de jogo?
Não é bem assim. O presidente
do MDM não concentra poderes.
Porém, há situações próprias dum
partido recém-criado que devem
ser percebidos.
Considera-se um homem rico?
Considero-me rico porque vou
deixar um legado. Na minha
presidência no município da Beira
aprendi e aprendo muito com os
munícipes, parceiros e colaboradores.
Estamos a falar do património.
Temos informações de que o presidente
está a construir um condomínio
em Inhamizua…
Sou moçambicano e como moçambicano
invisto no meu país. Tenho
investimentos na área imobiliária. É
muito importante saber que muito
antes de ser autarca já tinha esses
investimentos. Sou um engenheiro
civil que chegou ao município da
Beira com mais de 20 anos de experiência.
Guebuza disse na última sessão do Comité Central da Frelimo que há moçambicanos
com sede de patrão estrangeiro.
Segundo explicou Luís Mumguambe, de trânsito da Comunidade para o (SADC), o governo moçambicano do pelouro dos Transportes nesta Desenvolvimento da África Austral decidiu proibir a importação de organização, os concursos nestas empresas são ganhos sempre por pessoas sem capacidade que depois sub contratam os que tem. “Há esquemas muito complicados no seio dos grandes projectos e que são difíceis de furar por os concursos serem feitos dentro de quatro paredes”, disse lamentando o facto. Salientou que a abertura de concursos e a transparência nestes processos ajudariam o empresariado nacional a estar presente na exploração dos recursos naturais, tais como o carvão mineral que está a ser explorado neste momento na região carbonífera de Moatize. Por outro lado, os transportadores de carga e mercadorias querem que o governo levante a medida que interdita a importação de camiões com volante à esquerda para o país, por estar a prejudicar a economia nacional e muitos moçambicanos contratados como condutores. Em 2011, cumprindo uma das regras Carlos Castel Branco, economista e também que elas não vão resultar investigador do Instituto de Estudos automaticamente desse mesmo Sociais e Económicos (IESE), em crescimento. Maputo, afirmou recentemente ao Para o académico, aproveitar o serviço de informação humanitária “boom” no carvão e no gás para da ONU (IRIN) que é difícil alcançar diminuir a pobreza ou os níveis de m elhorias s ignifi cati vas e desnutrição crónica vai exigir sustentáveis ?em níveis de nutrição e mudanças nas políticas monetária e pobreza, a longo prazo, sem cambial e uma maior mobilização de crescimento económico, mas Editor: Félix Arnaldo - Av, Cardeal Alexandre Dos Santos, KaMavota, Bairro das MahotasRegisto: N°033/GABINFO-DEC/2007 Cel: 825455565, 84 4407342 pontocerto@teledata.mz / pontocertoj@gmail.com - Maputo Assinaturas mensais - Ordinária 650,00MT - Institucional 1.200,00MT - Embaixadas e ONG’s estrangeiras 1.400,00MT PONTO ERTO Diá rio l e e ct n r ó ic o d e 2 aª 6ª Terça - Feira, 12 de Março de 2013 - Edição 1291 - Ano VI 1 Publicidade Previna se evite o SIDA Com um crescimento económico entre sete e oito por cento nas duas últimas décadas e anúncio de investimentos bilionários na indústria extractiva, Moçambique colocou-se no centro das atenções. Quanto à pobreza e desnutrição crónica, por enquanto, continua apenas a provar que uma economia vibrante não significa melhores condições de vida da população. A Confederação das Associações Económicas (CTA) considera ser extremamente difícil ganhar um concurso para o transporte de carga nos grandes projectos em execução no país, tais como a Mozal, Vale Moçambique, Rio Tinto, e outros devido as grandes influência no seio delas. Concursos de transportes são ganhos por pessoas sem capacidade Pobreza e desnutrição à margem do “boom” da economia moçambicana (Cont. pág.2) Nos grandes projectos -mais de metade da população moçambicana continua a viver abaixo da linha da pobreza (Cont. pág.3) 2 12/03/13 PONTO ERTO Voos charter, voos vip, viagens turísticas, fotografia e filmagens, contagem de animais e captura, partilha de segurança, fiscalização aérea, entre outros. Aeroporto Internacional de Maputo Tel +258 21 466 100 - Fax +258 21466099 - Cel: 823976100 helicapital@tvcabo.co.mz, www.capitalairsa.com UNITAID anuncia projectos de diagnóstico de HIV e tuberculose camiões de carga com volante à muito carro. governo para rever a medida. esquerda, medida que entrou em Salientou que um camião novo com Referiu que a Tanzânia que tomou vigor no ano passado. volante a direita está avaliada em 100 uma medida igual reconsiderou a sua Falando a jornalista na semana mil dólares norte americanos, decisão por ter visto parte dos seus passada, à margem da 13ª enquanto que o da segunda-mão e e m p r e s á r i o a f i c a r e m Conferencia Anual do Sector com volante a esquerda está descapitalizados e a perderem o seu Privado, Luís Mumguambe explicou calculado em 30 mil dólares. espaço no mercado da região. que os empresários moçambicanos “Veja só, com 100 mil dólares compro O governo alega que a medida visa estão a se ressentir da medida e apenas um camião novo, mas antes reduzir o número de acidentes no correm o risco de perder o espaço já podia comprar três camiões”, disse país, uma vez que estes carros são conquistado no mercado regional e acrescentando que os camiões de propícios a sinistros. ou falir. segunda mão e com volante a Entretanto, a CTA considera que os Afonte referiu que neste momento as esquerda traziam muitas vantagens acidentes são provocados pelo mau empresas moçambicanas estão a para o país, uma vez que eram três estado das vias e da falta de ganhar muitos concursos para o carros que chegavam, abriam-se condições de acomodação ao longo transporte de carga ao nível da mais três postos de trabalho e a das estradas nacionais para o SADC usando carros com volante a carga manuseada era maior que nas descanso dos motoristas. esquerda, mas com esta medida em actuais. Além disso, Mumguambe referiu que vigor dentro em breve poderão “Nós não percebemos o que se esta iniciativa foi forçada pela vizinha “perder os concursos e falir”. pretende, porque os dois tipos de África do Sul, por ser fabricante de Explicou que neste momento as camiões fazem o mesmo trabalho. camiões. empresas não tem capacidade para Esta medida só está a nos criar A maior pare de camiões de segunda adquirir um camião em primeira mão prejuí zos grandes ”, di s se, mão e com volante a esquerda é e com volante do lado direito por ser salientando que estão a pressionar o proveniente dos Estados Unidos da América, a preços considerados acessíveis. (PC) Falando em conferência de imprensa Ministério da Saúde (MISAU) pela conjunta realizada com o Ministro da Organização Mundial da Saúde Saúde, Alexandre Manguele, por (OMS), Fundo das Nações Unidas ocasião da sua visita iniciada ontem a para a Infância (UNICEF), Médicos Moçambique, Douste-Blazy explicou Sem Fronteiras (MSF) e a Fundação que estes novos projectos com novas Clinton. tecnologias de diagnóstico vão a S e g u n d o D o u s t e - B l a z y, e m trazer testes e monitoria para Moçambique, a UNITAID já investiu 40 pacientes em zonas rurais e milhões de dólares em diversos melhorará a qualidade dos cuidados. projectos de saúde, permitindo que “Agora temos aparelhos pequenos mais de 25 mil pessoas recebessem que podemos transportar por todo o tratamento de HIV de alta qualidade. país. As pessoas, particularmente as Igualmente, foram distribuídos outros mulheres, eram obrigadas a percorrer 10 milhões de tratamentos de malária e longas distâncias para fazerem o providenciados vários tratamentos de diagnóstico, mas agora poderão ter tuberculose resistente. acesso ao diagnóstico perto de casa”, Referir que um total de doze máquinas disse acrescentando que “com este chegarão a Moçambique para novo equipamento, o tempo de providenciar 80 mil testes para viagem para os pacientes fica pacientes, com o tempo de espera de reduzido e a qualidade de cuidados resultados só de duas horas, está melhorada, resultando em comparando com até dois meses para pacientes mais saudáveis. Até outros métodos de diagnóstico de TB meados de 2013, mais de 100 locais resistente à medicamentos múltiplos. serão equipados”. A fonte disse que neste momento, seis A UNITAID, uma iniciativa global de países africanos, designadamente saúde financiada primordialmente por Camarões, Congo, Madagáscar, Mali, uma taxa de um dólar no valor das Maurícias e Níger estão a contribuir passagens aéreas adquiridas nos para a UNITAID, através da aplicação países fundadores, nomeadamente, duma taxa em passagens áreas e Brasil, Chile, França, Noruega e apelou para que mais países africanos Reino Unido, providenciou estes adoptassem a taxa de bilhete aéreo da novos investimentos que serão UNITAID com vista a melhorar a implementados em parceria com o provisão dos serviços de saúde. O presidente do Conselho Executivo da Iniciativa Global da Saúde (UNITAID), Philipe Douste-Blazy, na presença do Ministro da Saúde, Alexandre Manguele e outros parceiros principais anunciou ontem em Maputo, a implementação de novos projectos que visam melhorar o diagnóstico de HIV e tuberculose em Moçambique. 12/03/13 PONTO ERTO 3 PUB HIV/Sida mata 2 mil funcionários públicos 82 54 55 56 5 82 30 54 43 4 JÉSSICA Av. Marien Nguambi 813 R/C Tel/Fax 21 310358 Cel 82 1283830 82 4836610 JÉSSICA JESCOLA EC DE CONDUÇÃO KA JECKA Rua do jardim próximo da fábrica 2M Cell 821283830, 82 4836610 PESCOLA ALÓ DE CONDUÇÃO PALÓ Av. de Moçambique n° 14 Tel 21471137Cel 82 128 38 30 823008095 Benfica Estamos mais perto de si visite-nos ESCOLA DE CONDUÇÃO Publicidade recursos internos para diversificar os que o capital estrangeiro está seus primeiros 1.000 dias é crucial. Se serviços e bens de consumo – interessado. É neles que o capital estiver desnutrida durante este especialmente alimentos – e torná-los nacional vê o seu futuro e é isso que é período, a possibilidade de resultar em acessíveis a todos. suportado pelo Estado, com as suas nanismo é permanente. A desnutrição Segundo dados das Nações Unidas, ligações estreitas com capital nacional pode afectar não só o tamanho da mais de metade da população e estrangeiro “, disse Castel Branco. c r i a n ç a , m a s t a m b é m o moçambicana continua a viver abaixo A reacção do Estado aos tumultos dos desenvolvimento de seu cérebro, e da linha da pobreza. Já as taxas de últimos três anos devido à subida de pode levar a doenças cardíacas e desnutrição e a baixa estatura crónica preços dos alimentos, tem sido a diabetes mais tarde na vida. e n tr e a s c ri a n ç a s b a i x a r a m apreciar a moeda nacional para tornar Adesnutrição crónica em Moçambique ligeiramente nos últimos 10 anos, de as importações mais baratas, explicou f o i e s t i m a d a e m p e r d a s d e 48 por cento em 2003 para 43 por Castel Branco. Mas tais medidas produtividade de entre 2 a 3 por cento cento hoje. monetárias pioram a capacidade para do PIB, traduzidos para 300 e 500 Castel Branco referiu ainda que a investir fora dos sectores dominantes, milhões de dólares anualmente, produção de alimentos per capita e minimizam a capacidade do governo segundo dados da estratégia nacional diminuiu no país na última década e os para mobilizar recursos internos a fim do governo para a redução da preços dos alimentos têm aumentado. de diversificar a produção de alimentos desnutrição. Essa inflação dos alimentos, adiantou, para o mercado interno. Pela primeira vez, o governo tem um vai afectar os mais pobres, e não “A questão não está apenas na plano que visa a reduzir a desnutrição outros estratos sociais, porque a comida”, di s se Maai ke Art s , crónica em crianças com menos de maioria do seu rendimento é para a especialista em nutrição do Fundo das cinco anos de idade para 30 por cento alimentação. Nações Unidas para a Infância até 2015 e 20 por cento até 2020, mas Em Moçambique, menos de 1 por (UNICEF) em Moçambique. “Trata-se um compromisso do governo de nível cento de todo o investimento privado de saúde, higiene e saneamento. A superior ainda está a faltar. na última década foi atribuído à diarreia e os vermes afectam a Edna Possolo, chefe do departamento produção de alimentos básicos para o absorção de nutrientes por parte das de nutrição do Ministério da Saúde, mercado interno. Cerca de 85 por crianças. A malária reduz os níveis de refere que a desnutrição é comumente cento do investimento seguiu para os ferro no sangue. Em Moçambique, tida como um problema de saúde que sectores minerais, florestais e muitas mulheres casam e engravidam deve ser tratado pelo governo e muitos produtos primários para o mercado de enquanto adolescentes. Existe uma doadores preferem financiar projectos exportação. O restante foi distribuído correlação significativa entre a idade que lidam com os sintomas de entre a construção, a banca e o da mãe e do estado nutricional das desnutrição em vez de abordagens turismo. crianças”, acrescentou. estruturais que levam mais tempo para “Isto é assim porque é nestes sectores O desenvolvimento da criança nos alcançar resultados tangíveis. Pobreza e desnutrição à margem do “boom” da economia moçambicana O grupo petroquímico sul-africano Sasol poderá comprar as participações à venda nos blocos de prospecção petrolífera na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, desde que o preço seja interessante, afirmou esta segundafeira o presidente do grupo. Os grupos norte-americano Anadarko forma podemos colaborar com os partir do carvão mas tem estado a Petroleum e indiano Videocon actuais proprietários dos blocos da investir na construção de fábricas para Industries anunciaram pretender levar bacia do Rovuma, quais são as suas tr a n s f o r m a r g á s n a t u r a l e m a leilão participações de 10% cada no necessidades e como podemos ajudá- combustíveis e químicos diversos. bloco Área 1 daquele bacia e o grupo los a transformar em dinheiro o gás David Constable revelou ainda ter sido italiano ENI informou estar em natural ali existente com as recebido pelo Presidente de conversações com o grupo China tecnologias de que dispomos”, disse Moçambique com quem discutiu a National Petroleum Corp pra vender David Constable à agência financeira possibilidade de o grupo que dirige e parte da sua participação de 70% num Reuters. que opera no país desde 2004 ajudar a outro bloco. O grupo Sasol é o primeiro em termos desenvol ver indús tria locai s “Estamos interessados em ver de que mundiais a produzir combustíveis a abastecidas de energia a partir do gás. Sasol interessada no gás natural de Moçambique 4 12/03/13 PONTO ERTO Ainda na prova futebolística Trata-se de uma iniciativa do Por seu turno, Eduardo Tembe, promovida pelo Standard Bank, cuja Standard Bank, que visou apoiar as representante da Direcção Nacional final ocorreu sábado último, no crianças envolvidas no torneio e a do Desporto do Ministério da município da Matola, a Escola população daquela autarquia a obter Juventude e Desportos, disse que P r i m á r i a C o m p l e t a d e este documento essencial que lhes apelou ao Banco para que continue Mussumbuluco conquistou o vai permitir o gozo efectivo da sua com este tipo de iniciativas, pois “elas primeiro lugar nas categorias de cidadania. vêm reforçar o trabalho do Governo, Traquinas e Petizes, enquanto a EPC Abdul Razac, representante do visando o desenvolvimento do Unidade-H venceu na categoria de Standard Bank disse a-propósito que desporto nacional”. Benjamins. o Banco entende que “o futebol deve “Muitos destes meninos que Iniciada a 16 de Fevereiro último, a 1ª ser, para além da formação evoluíram neste torneio poderão vir a edição do Torneio Pequenada desportiva, um excelente parceiro na ser as estrelas do Moçambola, no Standard Bank envolveu perto de formação cívica, incutindo nos jovens futuro”, frisou Eduardo Tembe. 600 crianças de 10 escolas primárias atletas a paixão pela prática do A contribuição do Standard Bank completas desta autarquia, que desporto e a procura pelo auto- para o desenvolvimento do desporto repartiram entre si prémios em respeito, obtido através do Fair Play, no País, particularmente o futebol, material desportivo no valor de 123 pelo que queremos que as crianças através do patrocínio à Liga m i l m e t i c a i s . vivam a verdadeira festa do futebol”. Moçambicana de Futebol (LMF), foi Paralelamente a esta iniciativa, que “Sabemos que no nosso País i g u a l m e n t e o b j e c t o d e teve por objectivo estimular o existem dificuldades, por parte de reconhecimento, no decurso da gala interesse das crianças pela prática alguns c idadãos e m obter do lançamento do Moçambola 2013, do desporto, e em especial o futebol, documentos civis; é, por isso, que ocorrida sexta-feira última, em o Banco desenvolveu, no local, o seu temos aliado os projectos que Maputo. projecto social designado Campanha desenvolvemos junto ao Moçambola No total, a LMF distinguiu 15 da Cidadania, que resultou na com a Campanha de Cidadania”, ins titui ções e e m presas , emissão emissão gratuita de cerca referiu, realçando que muitas das nomeadamente Standard Bank, de 1.200 bilhetes de identidade crianças que participaram na 1ª mcel-Moçambique Celular, EDMbiométricos, pela brigada móvel da edição do Torneio Pequenada Electricidade de Moçambique, entre Direcção de Identificação Civil, do Standard Bank "obtiveram, aqui, outras, por terem garantido, através Ministério do Interior, destacada no entre nós, o seu primeiro bilhete de do seu apoio, que o Moçambola 2012 local. identidade, o que é fantástico”. ocorresse com sucesso. (FDS) Termina primeira edição do Torneio Pequenada Standard Bank As Escolas Primárias Completas de Sikwama, Matola “J” e Mussumbuluco, no município da Matola, foram as grandes vencedoras da 1ª edição do Torneio Pequenada Standard Bank, em masculino, nas categorias de Traquinas (dos 8 aos 10 anos), Benjamins (dos 11 aos 14 anos) e Petizes (dos 6 aos 7 anos), respectivamente. A TVCABO, o único operador de televisão e internet em Moçambique – recebeu, semana passada, em Maputo uma visita de um grupo de empresas norte-americanas e portuguesas, inserida na Missão Comercial organizada pela Câmara de Comércio Americana em Portugal e pela Câmara de Comércio Portugal – Moçambique. Segundo o Director Geral da c o m s u c e s s o ?, e x p l i c o u . integração de empresas norteTVCABO Moçambique, Fernando O Director Geral da TVCABO disse americanas no país. Azevedo, esta visita contou com a ainda que é do interesse de todos Único operador dual play de TV+NET participação de dez empresas norte- que surjam novas oportunidades de do país, a TVCABO aposta em americanas e cinco portuguesas dos negócios, por isso, a TVCABO, tecnologias e infra-estruturas mais variados sectores - energia, enquanto empresa de referência no inovadoras para fornecer serviços tecnologia, cuidados de saúde, mercado das telecomunicações e multimédia, internet de banda larga e serviços financeiros e áreas das tecnologias, fará tudo o que for televisão por cabo em fibra óptica. educativas. preciso para contribuir para o ?Esta reunião pretende ser um sucesso destas empresas em primeiro passo para o fortalecimento ter r itór io m oça m bi cano, e de relações com estas empresas consequente m ente para o norte-americanas. Temos todo o crescimento do país. gosto, através da nossa experiência Refira-se que as fortes ligações entre em território africano e do norte-americanos e portugueses, por conhecimento desta cultura, em serem já de longa data e de grande auxiliar no que for preciso para que confiança, pretende-se que venham se possam estabelecer e crescer a facilitar qualquer processo de TVCABO recebe missão comercial da embaixada dos Estados Unidos em Portugal ANUNCIE NO PONTO CERTO 84 4407342 Barros Licença disse à agência conceder ou recusar os registos para estratégias de internacionalização das noticiosa angolana Angop que a os seus territórios, de acordo com a empresas e o acesso a um mercado iniciativa visa criar um sistema que respectiva legislação. alargado constituído por 8 países e por g a r a n t a m a i o r c e l e ri d a d e e Constituem vantagens da criação do mais de 220 milhões de potenciais simplicidade à protecção de marcas sistema de língua portuguesa a consumidores dispersos por quatro nos países da CPLP. centralização da apresentação do continentes. O sistema de registo de marcas vai pedido de registo numa única A fim de dar corpo a este sistema, permitir a concessão de marcas numa entidade, com celeridade do processo Barros Licença adiantou ter-se base de colaboração entre os serviços de registo de marca e com a redução realizado recentemente em Lisboa, da Organização da Marca Lusófona dos custos para os agentes Portugal, um encontro sobre a criação (OML) e as instituições nacionais de económicos (através de um só pedido da Marca Lusófona, onde directores e propriedade industrial recaindo obtêm a protecção da marca em vários representantes nacionais com inteiramente sobre estas a decisão de países), facilitando-se deste modo as competência para o registo de marcas decidiram avançar o mais breve possível com a iniciativa para a concretização do projecto. 5 12/03/13 PONTO ERTO 29,94 Mt 30,14 Mt 3,30 Mt 3,32 Mt Estados Unidos África do Sul Swazilândia União Europeia Inglaterra Canadá Noruega Suiça Suécia Dinamarca PAÍS MOEDA COMPRA VENDA 3,30 Mt 38,19 Mt 44,99 Mt 29,09 Mt 5,27 Mt 5,26 Mt 4,71 Mt 31,72 Mt 3,32 Mt 39,46 Mt 45,29 Mt 29,29 Mt 5,30 Mt 5,29 Mt 4,74 Mt 31,93 Mt Boletim N° 047/13 - 11.03.13 Malawi Tanzania Zâmbia Zimbabwe Japão 82,03 Mt 18,48 Mt 5,77 Mt 79,21 Mt 312,49 Mt 82,58 Mt 18,60 Mt 5,81 Mt 79,74 Mt 314,58 Mt Dólar Rand Lilanguenui Euro Líbra Coroa Kwacha Shilling Iene Câm bio Taxa de câmbio média Mercado Cambial Dólar Coroa Coroa Franco Kwacha Dólar Fonte: BM Meticais por 1000 Unidades de Moeda Nessa carta, a Embaixada de Moçambique em Portugal “sobre as posteriormente identificados como Moçambique diz que “à exibição do dificuldades na atribuição de vistos fraudulentos, alguns alegadamente bilhete de avião no posto fronteiriço turísticos para aquele destino, apresentados por agências de África do Sul - Moçambique (Ressano designadamente os que permitam a viagens” e que isso “tem motivado um Garcia), onde está aposto o regresso a saída do território moçambicano para maior rigor na sua análise e Portugal, através do Aeroporto de visitas ao Kruger Park, na África do concessão”. Mavalene, os turistas beneficiarão de Sul”. “Importa, assim, assegurar que todos um visto de fronteira que lhes permitirá Na mesma Circular, a APAVT diz aos o s v i s t o s a s o l i c i t a r s e j a m a reentrada em Moçambique e associados que a Embaixada de efectivamente destinados ao fim posteriormente o embarque para Moçambique “deixou de emitir vistos declarado, acompanhados de título de Portugal”. múltiplos” e que o Embaixador a transporte válido de ida/regresso, bem A Circular da APAVT refere ainda que informou “da existência de um como de correcta indicação do esse é o desfecho de uma reunião da crescente número de pedidos de alojamento no destino”, acrescenta a Associação com a Embaixada de v i s t o s t u r í s t i c o s q u e s ã o informação. Turistas portugueses com reentrada em território moçambicano assegurada Vistos nas extensões ao Kruger Park Os turistas portugueses que façam extensões de Moçambique ao Kruger Park, África do Sul, terão a reentrada em território moçambicano assegurada “desde que munidos de bilhete de avião com data de embarque para Portugal” à partida do Aeroporto de Maputo, diz uma Circular da Direcção da APAVT aos associados, na qual transcreve a informação que recebeu da Embaixada de Moçambique em Portugal. Países de língua portuguesa pretendem criar registo colectivo de marcas A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pretende criar um sistema de registo de marcas que vá de encontro ao crescente interesse das empresas pelos mercados dos países-membros, afirmou segunda-feira, em Luanda, o director do Instituto Angolano de Propriedade Industrial. Mandela está com problemas de memória Hospitalizado na África do Sul O antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, 94 anos, foi hospitalizado de urgência durante o fim de semana, para um exame de controlo e, apesar de estar bem, começa a ter problemas de memória, segundo o seu velho amigo e célebre advogado George Bizos, noticiou à AFP. "Infelizmente, às vezes ele se esquece de alguns que já morreram, o seu rosto revela incompreensão quando lhe falam que Walter Sisulu e outros já não estão nesse mundo", disse Bizos, em entrevista agência de informação rádio Eyewitness News agência, depois de ter visitado Nelson Mandela. Herói da luta anti-apartheid, o sul-africano mais célebre no estrangeiro e no seu país, onde é querido por todas as comunidades, Mandela continua, no entanto, segundo a sua família, a acompanhar a vida política, mas não tem dado nenhuma opinião nos últimos anos. George Bizos, está ligado a Mandela desde os anos 1940, e visitou-o apenas há uma semana na residência de Joanesburgo, onde vive o expresidente desde ao seu último longo internamento de três semanas em Dezembro, por uma infecção pulmonar.
Segundo explicou Luís Mumguambe, de trânsito da Comunidade para o (SADC), o governo moçambicano do pelouro dos Transportes nesta Desenvolvimento da África Austral decidiu proibir a importação de organização, os concursos nestas empresas são ganhos sempre por pessoas sem capacidade que depois sub contratam os que tem. “Há esquemas muito complicados no seio dos grandes projectos e que são difíceis de furar por os concursos serem feitos dentro de quatro paredes”, disse lamentando o facto. Salientou que a abertura de concursos e a transparência nestes processos ajudariam o empresariado nacional a estar presente na exploração dos recursos naturais, tais como o carvão mineral que está a ser explorado neste momento na região carbonífera de Moatize. Por outro lado, os transportadores de carga e mercadorias querem que o governo levante a medida que interdita a importação de camiões com volante à esquerda para o país, por estar a prejudicar a economia nacional e muitos moçambicanos contratados como condutores. Em 2011, cumprindo uma das regras Carlos Castel Branco, economista e também que elas não vão resultar investigador do Instituto de Estudos automaticamente desse mesmo Sociais e Económicos (IESE), em crescimento. Maputo, afirmou recentemente ao Para o académico, aproveitar o serviço de informação humanitária “boom” no carvão e no gás para da ONU (IRIN) que é difícil alcançar diminuir a pobreza ou os níveis de m elhorias s ignifi cati vas e desnutrição crónica vai exigir sustentáveis ?em níveis de nutrição e mudanças nas políticas monetária e pobreza, a longo prazo, sem cambial e uma maior mobilização de crescimento económico, mas Editor: Félix Arnaldo - Av, Cardeal Alexandre Dos Santos, KaMavota, Bairro das MahotasRegisto: N°033/GABINFO-DEC/2007 Cel: 825455565, 84 4407342 pontocerto@teledata.mz / pontocertoj@gmail.com - Maputo Assinaturas mensais - Ordinária 650,00MT - Institucional 1.200,00MT - Embaixadas e ONG’s estrangeiras 1.400,00MT PONTO ERTO Diá rio l e e ct n r ó ic o d e 2 aª 6ª Terça - Feira, 12 de Março de 2013 - Edição 1291 - Ano VI 1 Publicidade Previna se evite o SIDA Com um crescimento económico entre sete e oito por cento nas duas últimas décadas e anúncio de investimentos bilionários na indústria extractiva, Moçambique colocou-se no centro das atenções. Quanto à pobreza e desnutrição crónica, por enquanto, continua apenas a provar que uma economia vibrante não significa melhores condições de vida da população. A Confederação das Associações Económicas (CTA) considera ser extremamente difícil ganhar um concurso para o transporte de carga nos grandes projectos em execução no país, tais como a Mozal, Vale Moçambique, Rio Tinto, e outros devido as grandes influência no seio delas. Concursos de transportes são ganhos por pessoas sem capacidade Pobreza e desnutrição à margem do “boom” da economia moçambicana (Cont. pág.2) Nos grandes projectos -mais de metade da população moçambicana continua a viver abaixo da linha da pobreza (Cont. pág.3) 2 12/03/13 PONTO ERTO Voos charter, voos vip, viagens turísticas, fotografia e filmagens, contagem de animais e captura, partilha de segurança, fiscalização aérea, entre outros. Aeroporto Internacional de Maputo Tel +258 21 466 100 - Fax +258 21466099 - Cel: 823976100 helicapital@tvcabo.co.mz, www.capitalairsa.com UNITAID anuncia projectos de diagnóstico de HIV e tuberculose camiões de carga com volante à muito carro. governo para rever a medida. esquerda, medida que entrou em Salientou que um camião novo com Referiu que a Tanzânia que tomou vigor no ano passado. volante a direita está avaliada em 100 uma medida igual reconsiderou a sua Falando a jornalista na semana mil dólares norte americanos, decisão por ter visto parte dos seus passada, à margem da 13ª enquanto que o da segunda-mão e e m p r e s á r i o a f i c a r e m Conferencia Anual do Sector com volante a esquerda está descapitalizados e a perderem o seu Privado, Luís Mumguambe explicou calculado em 30 mil dólares. espaço no mercado da região. que os empresários moçambicanos “Veja só, com 100 mil dólares compro O governo alega que a medida visa estão a se ressentir da medida e apenas um camião novo, mas antes reduzir o número de acidentes no correm o risco de perder o espaço já podia comprar três camiões”, disse país, uma vez que estes carros são conquistado no mercado regional e acrescentando que os camiões de propícios a sinistros. ou falir. segunda mão e com volante a Entretanto, a CTA considera que os Afonte referiu que neste momento as esquerda traziam muitas vantagens acidentes são provocados pelo mau empresas moçambicanas estão a para o país, uma vez que eram três estado das vias e da falta de ganhar muitos concursos para o carros que chegavam, abriam-se condições de acomodação ao longo transporte de carga ao nível da mais três postos de trabalho e a das estradas nacionais para o SADC usando carros com volante a carga manuseada era maior que nas descanso dos motoristas. esquerda, mas com esta medida em actuais. Além disso, Mumguambe referiu que vigor dentro em breve poderão “Nós não percebemos o que se esta iniciativa foi forçada pela vizinha “perder os concursos e falir”. pretende, porque os dois tipos de África do Sul, por ser fabricante de Explicou que neste momento as camiões fazem o mesmo trabalho. camiões. empresas não tem capacidade para Esta medida só está a nos criar A maior pare de camiões de segunda adquirir um camião em primeira mão prejuí zos grandes ”, di s se, mão e com volante a esquerda é e com volante do lado direito por ser salientando que estão a pressionar o proveniente dos Estados Unidos da América, a preços considerados acessíveis. (PC) Falando em conferência de imprensa Ministério da Saúde (MISAU) pela conjunta realizada com o Ministro da Organização Mundial da Saúde Saúde, Alexandre Manguele, por (OMS), Fundo das Nações Unidas ocasião da sua visita iniciada ontem a para a Infância (UNICEF), Médicos Moçambique, Douste-Blazy explicou Sem Fronteiras (MSF) e a Fundação que estes novos projectos com novas Clinton. tecnologias de diagnóstico vão a S e g u n d o D o u s t e - B l a z y, e m trazer testes e monitoria para Moçambique, a UNITAID já investiu 40 pacientes em zonas rurais e milhões de dólares em diversos melhorará a qualidade dos cuidados. projectos de saúde, permitindo que “Agora temos aparelhos pequenos mais de 25 mil pessoas recebessem que podemos transportar por todo o tratamento de HIV de alta qualidade. país. As pessoas, particularmente as Igualmente, foram distribuídos outros mulheres, eram obrigadas a percorrer 10 milhões de tratamentos de malária e longas distâncias para fazerem o providenciados vários tratamentos de diagnóstico, mas agora poderão ter tuberculose resistente. acesso ao diagnóstico perto de casa”, Referir que um total de doze máquinas disse acrescentando que “com este chegarão a Moçambique para novo equipamento, o tempo de providenciar 80 mil testes para viagem para os pacientes fica pacientes, com o tempo de espera de reduzido e a qualidade de cuidados resultados só de duas horas, está melhorada, resultando em comparando com até dois meses para pacientes mais saudáveis. Até outros métodos de diagnóstico de TB meados de 2013, mais de 100 locais resistente à medicamentos múltiplos. serão equipados”. A fonte disse que neste momento, seis A UNITAID, uma iniciativa global de países africanos, designadamente saúde financiada primordialmente por Camarões, Congo, Madagáscar, Mali, uma taxa de um dólar no valor das Maurícias e Níger estão a contribuir passagens aéreas adquiridas nos para a UNITAID, através da aplicação países fundadores, nomeadamente, duma taxa em passagens áreas e Brasil, Chile, França, Noruega e apelou para que mais países africanos Reino Unido, providenciou estes adoptassem a taxa de bilhete aéreo da novos investimentos que serão UNITAID com vista a melhorar a implementados em parceria com o provisão dos serviços de saúde. O presidente do Conselho Executivo da Iniciativa Global da Saúde (UNITAID), Philipe Douste-Blazy, na presença do Ministro da Saúde, Alexandre Manguele e outros parceiros principais anunciou ontem em Maputo, a implementação de novos projectos que visam melhorar o diagnóstico de HIV e tuberculose em Moçambique. 12/03/13 PONTO ERTO 3 PUB HIV/Sida mata 2 mil funcionários públicos 82 54 55 56 5 82 30 54 43 4 JÉSSICA Av. Marien Nguambi 813 R/C Tel/Fax 21 310358 Cel 82 1283830 82 4836610 JÉSSICA JESCOLA EC DE CONDUÇÃO KA JECKA Rua do jardim próximo da fábrica 2M Cell 821283830, 82 4836610 PESCOLA ALÓ DE CONDUÇÃO PALÓ Av. de Moçambique n° 14 Tel 21471137Cel 82 128 38 30 823008095 Benfica Estamos mais perto de si visite-nos ESCOLA DE CONDUÇÃO Publicidade recursos internos para diversificar os que o capital estrangeiro está seus primeiros 1.000 dias é crucial. Se serviços e bens de consumo – interessado. É neles que o capital estiver desnutrida durante este especialmente alimentos – e torná-los nacional vê o seu futuro e é isso que é período, a possibilidade de resultar em acessíveis a todos. suportado pelo Estado, com as suas nanismo é permanente. A desnutrição Segundo dados das Nações Unidas, ligações estreitas com capital nacional pode afectar não só o tamanho da mais de metade da população e estrangeiro “, disse Castel Branco. c r i a n ç a , m a s t a m b é m o moçambicana continua a viver abaixo A reacção do Estado aos tumultos dos desenvolvimento de seu cérebro, e da linha da pobreza. Já as taxas de últimos três anos devido à subida de pode levar a doenças cardíacas e desnutrição e a baixa estatura crónica preços dos alimentos, tem sido a diabetes mais tarde na vida. e n tr e a s c ri a n ç a s b a i x a r a m apreciar a moeda nacional para tornar Adesnutrição crónica em Moçambique ligeiramente nos últimos 10 anos, de as importações mais baratas, explicou f o i e s t i m a d a e m p e r d a s d e 48 por cento em 2003 para 43 por Castel Branco. Mas tais medidas produtividade de entre 2 a 3 por cento cento hoje. monetárias pioram a capacidade para do PIB, traduzidos para 300 e 500 Castel Branco referiu ainda que a investir fora dos sectores dominantes, milhões de dólares anualmente, produção de alimentos per capita e minimizam a capacidade do governo segundo dados da estratégia nacional diminuiu no país na última década e os para mobilizar recursos internos a fim do governo para a redução da preços dos alimentos têm aumentado. de diversificar a produção de alimentos desnutrição. Essa inflação dos alimentos, adiantou, para o mercado interno. Pela primeira vez, o governo tem um vai afectar os mais pobres, e não “A questão não está apenas na plano que visa a reduzir a desnutrição outros estratos sociais, porque a comida”, di s se Maai ke Art s , crónica em crianças com menos de maioria do seu rendimento é para a especialista em nutrição do Fundo das cinco anos de idade para 30 por cento alimentação. Nações Unidas para a Infância até 2015 e 20 por cento até 2020, mas Em Moçambique, menos de 1 por (UNICEF) em Moçambique. “Trata-se um compromisso do governo de nível cento de todo o investimento privado de saúde, higiene e saneamento. A superior ainda está a faltar. na última década foi atribuído à diarreia e os vermes afectam a Edna Possolo, chefe do departamento produção de alimentos básicos para o absorção de nutrientes por parte das de nutrição do Ministério da Saúde, mercado interno. Cerca de 85 por crianças. A malária reduz os níveis de refere que a desnutrição é comumente cento do investimento seguiu para os ferro no sangue. Em Moçambique, tida como um problema de saúde que sectores minerais, florestais e muitas mulheres casam e engravidam deve ser tratado pelo governo e muitos produtos primários para o mercado de enquanto adolescentes. Existe uma doadores preferem financiar projectos exportação. O restante foi distribuído correlação significativa entre a idade que lidam com os sintomas de entre a construção, a banca e o da mãe e do estado nutricional das desnutrição em vez de abordagens turismo. crianças”, acrescentou. estruturais que levam mais tempo para “Isto é assim porque é nestes sectores O desenvolvimento da criança nos alcançar resultados tangíveis. Pobreza e desnutrição à margem do “boom” da economia moçambicana O grupo petroquímico sul-africano Sasol poderá comprar as participações à venda nos blocos de prospecção petrolífera na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, desde que o preço seja interessante, afirmou esta segundafeira o presidente do grupo. Os grupos norte-americano Anadarko forma podemos colaborar com os partir do carvão mas tem estado a Petroleum e indiano Videocon actuais proprietários dos blocos da investir na construção de fábricas para Industries anunciaram pretender levar bacia do Rovuma, quais são as suas tr a n s f o r m a r g á s n a t u r a l e m a leilão participações de 10% cada no necessidades e como podemos ajudá- combustíveis e químicos diversos. bloco Área 1 daquele bacia e o grupo los a transformar em dinheiro o gás David Constable revelou ainda ter sido italiano ENI informou estar em natural ali existente com as recebido pelo Presidente de conversações com o grupo China tecnologias de que dispomos”, disse Moçambique com quem discutiu a National Petroleum Corp pra vender David Constable à agência financeira possibilidade de o grupo que dirige e parte da sua participação de 70% num Reuters. que opera no país desde 2004 ajudar a outro bloco. O grupo Sasol é o primeiro em termos desenvol ver indús tria locai s “Estamos interessados em ver de que mundiais a produzir combustíveis a abastecidas de energia a partir do gás. Sasol interessada no gás natural de Moçambique 4 12/03/13 PONTO ERTO Ainda na prova futebolística Trata-se de uma iniciativa do Por seu turno, Eduardo Tembe, promovida pelo Standard Bank, cuja Standard Bank, que visou apoiar as representante da Direcção Nacional final ocorreu sábado último, no crianças envolvidas no torneio e a do Desporto do Ministério da município da Matola, a Escola população daquela autarquia a obter Juventude e Desportos, disse que P r i m á r i a C o m p l e t a d e este documento essencial que lhes apelou ao Banco para que continue Mussumbuluco conquistou o vai permitir o gozo efectivo da sua com este tipo de iniciativas, pois “elas primeiro lugar nas categorias de cidadania. vêm reforçar o trabalho do Governo, Traquinas e Petizes, enquanto a EPC Abdul Razac, representante do visando o desenvolvimento do Unidade-H venceu na categoria de Standard Bank disse a-propósito que desporto nacional”. Benjamins. o Banco entende que “o futebol deve “Muitos destes meninos que Iniciada a 16 de Fevereiro último, a 1ª ser, para além da formação evoluíram neste torneio poderão vir a edição do Torneio Pequenada desportiva, um excelente parceiro na ser as estrelas do Moçambola, no Standard Bank envolveu perto de formação cívica, incutindo nos jovens futuro”, frisou Eduardo Tembe. 600 crianças de 10 escolas primárias atletas a paixão pela prática do A contribuição do Standard Bank completas desta autarquia, que desporto e a procura pelo auto- para o desenvolvimento do desporto repartiram entre si prémios em respeito, obtido através do Fair Play, no País, particularmente o futebol, material desportivo no valor de 123 pelo que queremos que as crianças através do patrocínio à Liga m i l m e t i c a i s . vivam a verdadeira festa do futebol”. Moçambicana de Futebol (LMF), foi Paralelamente a esta iniciativa, que “Sabemos que no nosso País i g u a l m e n t e o b j e c t o d e teve por objectivo estimular o existem dificuldades, por parte de reconhecimento, no decurso da gala interesse das crianças pela prática alguns c idadãos e m obter do lançamento do Moçambola 2013, do desporto, e em especial o futebol, documentos civis; é, por isso, que ocorrida sexta-feira última, em o Banco desenvolveu, no local, o seu temos aliado os projectos que Maputo. projecto social designado Campanha desenvolvemos junto ao Moçambola No total, a LMF distinguiu 15 da Cidadania, que resultou na com a Campanha de Cidadania”, ins titui ções e e m presas , emissão emissão gratuita de cerca referiu, realçando que muitas das nomeadamente Standard Bank, de 1.200 bilhetes de identidade crianças que participaram na 1ª mcel-Moçambique Celular, EDMbiométricos, pela brigada móvel da edição do Torneio Pequenada Electricidade de Moçambique, entre Direcção de Identificação Civil, do Standard Bank "obtiveram, aqui, outras, por terem garantido, através Ministério do Interior, destacada no entre nós, o seu primeiro bilhete de do seu apoio, que o Moçambola 2012 local. identidade, o que é fantástico”. ocorresse com sucesso. (FDS) Termina primeira edição do Torneio Pequenada Standard Bank As Escolas Primárias Completas de Sikwama, Matola “J” e Mussumbuluco, no município da Matola, foram as grandes vencedoras da 1ª edição do Torneio Pequenada Standard Bank, em masculino, nas categorias de Traquinas (dos 8 aos 10 anos), Benjamins (dos 11 aos 14 anos) e Petizes (dos 6 aos 7 anos), respectivamente. A TVCABO, o único operador de televisão e internet em Moçambique – recebeu, semana passada, em Maputo uma visita de um grupo de empresas norte-americanas e portuguesas, inserida na Missão Comercial organizada pela Câmara de Comércio Americana em Portugal e pela Câmara de Comércio Portugal – Moçambique. Segundo o Director Geral da c o m s u c e s s o ?, e x p l i c o u . integração de empresas norteTVCABO Moçambique, Fernando O Director Geral da TVCABO disse americanas no país. Azevedo, esta visita contou com a ainda que é do interesse de todos Único operador dual play de TV+NET participação de dez empresas norte- que surjam novas oportunidades de do país, a TVCABO aposta em americanas e cinco portuguesas dos negócios, por isso, a TVCABO, tecnologias e infra-estruturas mais variados sectores - energia, enquanto empresa de referência no inovadoras para fornecer serviços tecnologia, cuidados de saúde, mercado das telecomunicações e multimédia, internet de banda larga e serviços financeiros e áreas das tecnologias, fará tudo o que for televisão por cabo em fibra óptica. educativas. preciso para contribuir para o ?Esta reunião pretende ser um sucesso destas empresas em primeiro passo para o fortalecimento ter r itór io m oça m bi cano, e de relações com estas empresas consequente m ente para o norte-americanas. Temos todo o crescimento do país. gosto, através da nossa experiência Refira-se que as fortes ligações entre em território africano e do norte-americanos e portugueses, por conhecimento desta cultura, em serem já de longa data e de grande auxiliar no que for preciso para que confiança, pretende-se que venham se possam estabelecer e crescer a facilitar qualquer processo de TVCABO recebe missão comercial da embaixada dos Estados Unidos em Portugal ANUNCIE NO PONTO CERTO 84 4407342 Barros Licença disse à agência conceder ou recusar os registos para estratégias de internacionalização das noticiosa angolana Angop que a os seus territórios, de acordo com a empresas e o acesso a um mercado iniciativa visa criar um sistema que respectiva legislação. alargado constituído por 8 países e por g a r a n t a m a i o r c e l e ri d a d e e Constituem vantagens da criação do mais de 220 milhões de potenciais simplicidade à protecção de marcas sistema de língua portuguesa a consumidores dispersos por quatro nos países da CPLP. centralização da apresentação do continentes. O sistema de registo de marcas vai pedido de registo numa única A fim de dar corpo a este sistema, permitir a concessão de marcas numa entidade, com celeridade do processo Barros Licença adiantou ter-se base de colaboração entre os serviços de registo de marca e com a redução realizado recentemente em Lisboa, da Organização da Marca Lusófona dos custos para os agentes Portugal, um encontro sobre a criação (OML) e as instituições nacionais de económicos (através de um só pedido da Marca Lusófona, onde directores e propriedade industrial recaindo obtêm a protecção da marca em vários representantes nacionais com inteiramente sobre estas a decisão de países), facilitando-se deste modo as competência para o registo de marcas decidiram avançar o mais breve possível com a iniciativa para a concretização do projecto. 5 12/03/13 PONTO ERTO 29,94 Mt 30,14 Mt 3,30 Mt 3,32 Mt Estados Unidos África do Sul Swazilândia União Europeia Inglaterra Canadá Noruega Suiça Suécia Dinamarca PAÍS MOEDA COMPRA VENDA 3,30 Mt 38,19 Mt 44,99 Mt 29,09 Mt 5,27 Mt 5,26 Mt 4,71 Mt 31,72 Mt 3,32 Mt 39,46 Mt 45,29 Mt 29,29 Mt 5,30 Mt 5,29 Mt 4,74 Mt 31,93 Mt Boletim N° 047/13 - 11.03.13 Malawi Tanzania Zâmbia Zimbabwe Japão 82,03 Mt 18,48 Mt 5,77 Mt 79,21 Mt 312,49 Mt 82,58 Mt 18,60 Mt 5,81 Mt 79,74 Mt 314,58 Mt Dólar Rand Lilanguenui Euro Líbra Coroa Kwacha Shilling Iene Câm bio Taxa de câmbio média Mercado Cambial Dólar Coroa Coroa Franco Kwacha Dólar Fonte: BM Meticais por 1000 Unidades de Moeda Nessa carta, a Embaixada de Moçambique em Portugal “sobre as posteriormente identificados como Moçambique diz que “à exibição do dificuldades na atribuição de vistos fraudulentos, alguns alegadamente bilhete de avião no posto fronteiriço turísticos para aquele destino, apresentados por agências de África do Sul - Moçambique (Ressano designadamente os que permitam a viagens” e que isso “tem motivado um Garcia), onde está aposto o regresso a saída do território moçambicano para maior rigor na sua análise e Portugal, através do Aeroporto de visitas ao Kruger Park, na África do concessão”. Mavalene, os turistas beneficiarão de Sul”. “Importa, assim, assegurar que todos um visto de fronteira que lhes permitirá Na mesma Circular, a APAVT diz aos o s v i s t o s a s o l i c i t a r s e j a m a reentrada em Moçambique e associados que a Embaixada de efectivamente destinados ao fim posteriormente o embarque para Moçambique “deixou de emitir vistos declarado, acompanhados de título de Portugal”. múltiplos” e que o Embaixador a transporte válido de ida/regresso, bem A Circular da APAVT refere ainda que informou “da existência de um como de correcta indicação do esse é o desfecho de uma reunião da crescente número de pedidos de alojamento no destino”, acrescenta a Associação com a Embaixada de v i s t o s t u r í s t i c o s q u e s ã o informação. Turistas portugueses com reentrada em território moçambicano assegurada Vistos nas extensões ao Kruger Park Os turistas portugueses que façam extensões de Moçambique ao Kruger Park, África do Sul, terão a reentrada em território moçambicano assegurada “desde que munidos de bilhete de avião com data de embarque para Portugal” à partida do Aeroporto de Maputo, diz uma Circular da Direcção da APAVT aos associados, na qual transcreve a informação que recebeu da Embaixada de Moçambique em Portugal. Países de língua portuguesa pretendem criar registo colectivo de marcas A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pretende criar um sistema de registo de marcas que vá de encontro ao crescente interesse das empresas pelos mercados dos países-membros, afirmou segunda-feira, em Luanda, o director do Instituto Angolano de Propriedade Industrial. Mandela está com problemas de memória Hospitalizado na África do Sul O antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, 94 anos, foi hospitalizado de urgência durante o fim de semana, para um exame de controlo e, apesar de estar bem, começa a ter problemas de memória, segundo o seu velho amigo e célebre advogado George Bizos, noticiou à AFP. "Infelizmente, às vezes ele se esquece de alguns que já morreram, o seu rosto revela incompreensão quando lhe falam que Walter Sisulu e outros já não estão nesse mundo", disse Bizos, em entrevista agência de informação rádio Eyewitness News agência, depois de ter visitado Nelson Mandela. Herói da luta anti-apartheid, o sul-africano mais célebre no estrangeiro e no seu país, onde é querido por todas as comunidades, Mandela continua, no entanto, segundo a sua família, a acompanhar a vida política, mas não tem dado nenhuma opinião nos últimos anos. George Bizos, está ligado a Mandela desde os anos 1940, e visitou-o apenas há uma semana na residência de Joanesburgo, onde vive o expresidente desde ao seu último longo internamento de três semanas em Dezembro, por uma infecção pulmonar.
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