Escrito por Adérito Caldeira em 26 Julho 2017 |
Na sequência do incumprimento pelo Executivo de Filipe Nyusi, no passado dia 18, da segunda prestação dos juros dos Títulos da Dívida Pública, denominados “Mozambique 2023 Eurobonds”, o maior grupo de credores agrupados para negociar com Moçambique, numa agremiação identificada por Global Group of Mozambique Bondholders(GGMB), considera que a decisão “prejudica a intenção declarada do Governo de normalizar as relações com credores e doadores internacionais”. O GGMB refere, num comunicado de imprensa enviado para o @Verdade, que a evolução satisfatória da situação macroeconómica do nosso país, como aliás tem sido destacado pelo Governo e Fundo Monetário Internacional, com destaque para a apreciação do metical e ao significativo aumento das Reservas Líquidas Internacionais aumentou a capacidade de pagamento destes Títulos da Dívida Pública. Adicionalmente os assessores do GGMB clarificaram, em entrevista por correio electrónico ao @Verdade, que não vêm nenhum motivo para o Executivo moçambicano quiçá aguarda pelo levantamento da suspensão do apoio do Fundo Monetário Internacional para retomar o pagamento dos juros que além do calote da semana passado tem outra prestação na paga a 18 de Janeiro. Recorde-se que estes detentores dos “Mozambique 2023 Eurobonds” são os credores da dívida da EMATUM que o Executivo de Filipe Nyusi transformou em Títulos de Dívida Pública de Moçambique em moeda estrangeira e renegociou pagar até 2022 apenas os juros, duas vezes por ano, e em 2023 amortizar a totalidade do valor pendente. Entretanto este grupo de credores reiteram, no comunicado que estamos a citar, a proposta que apresentaram a 29 de Junho onde sugerem ao Governo de Filipe Nyusi repudiar as Garantias emitidas à favor dos empréstimos da Proindicus e da MAM e também encerrar as três empresas estatais. Nesta segunda-feira(24) o @Verdade perguntou ao ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, qual a resposta do Governo a esta proposta? “Eles não fizeram uma proposta, quem fez aquele comunicado é um assessor que representa um grupo de detentores da dívida da EMATUM e o que disse foi vocês esqueçam as outras duas garantias e tratem da nossa dívida, eu acho que esta não é nenhuma proposta. A proposta é que eles têm de discutir com os nossos assessores as melhores formas para pelo menos tornar sustentável a dívida de Moçambique”, afirmou o ministro Maleiane. |
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