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Foi na mesquita de Al-Nuri que o líder do Daesh declarou o seu califado em 2014.
LUSA 21 de Junho de 2017, 22:13
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Os jihadistas fizeram explodir esta quarta-feira a mesquita de Al-Nuri, em Mossul, onde o líder do grupo extremista Daesh declarou o seu califado, avançaram vários órgãos de comunicação sociais internacionais."As nossas forças estavam a avançar em direcção aos seus alvos, na zona história de Mossul, e quando estavam a 50 metros da mesquita de Al-Nuri, o Daesh cometeu outro crime histórico ao explodir as mesquitas de Nuri e de Hadba", referiu o comandante da ofensiva de Mossul, o general Abdulamir Yarallah, num comunicado divulgado esta quarta-feira e citado por vários órgãos de comunicação social.
A destruição da mesquita de Mossul
Foi na mesquita de Al-Nuri que Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Daesh, declarou o seu califado no Verão de 2014.
O Pentágono mostrou na quarta-feira imagens da emblemática mesquita de Al Nuri e condenou a explosão de um dos símbolos da cidade iraquiana, com 800 anos de antiguidade.
O Ministério da Defesa iraquiano acusa o Daesh de ter destruído a mesquita Al Nuri e o seu icónico minarete, conhecido como al-Hadba, quando combatentes detonaram explosivos dentro das estruturas na noite de quarta-feira.
As fotos distribuídas pelo Pentágono mostram imagens aéreas a preto e branco da destruição da mesquita. Na explosão desapareceu o famoso minarete inclinado da mesquita, conhecida como a Grande Mesquita de Mossul. O minarete, com uma inclinação semelhante à da Torre de Pisa em Itália, tinha mais de 840 anos e era um dos cartões postais mais famosos de Mossul.
“Quando as forças de segurança iraquianas se estavam a aproximar da mesquita de Al Nuri, o Daesh destruiu o que é um dos maiores tesouros de Mossul e do Iraque”, disse o chefe das forças terrestres da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, em comunicado.
“Este foi um crime contra o povo de Mossul e do Iraque e é um exemplo dos motivos pelos quais esta brutal organização deve ser aniquilada”, afirmou o major-general Joseph Martin, que reconheceu que a batalha pela total libertação de Mossul não foi concluída.
O labiríntico centro antigo de Mossul está a permitir que o Daesh continue a manter resistência depois de ter perdido a maior parte da cidade e toda a linha de abastecimento possível, apesar de o Pentágono considerar que os combatentes lutaram até à morte.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, escreveu no Twitter que a destruição era o reconhecimento pelos militantes de que eles estavam a perder a luta pela segunda maior cidade do Iraque.
"O bombardeamento pelo Daesh do minarete e da mesquita de al-Nuri é uma declaração formal da sua derrota”, disse al-Ababi.
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