sexta-feira, 23 de junho de 2017

Antigo militar norte-americano acusado de espionagem a favor da China


Kevin Mallory vendeu documentos secretos a agentes dos serviços de informações chineses, pelos quais recebeu 25 mil dólares. O antigo militar americano, de 60 anos, pode ser condenado à pena de morte.
Segundo o Washington Post, Kevin Mallory trabalhou para a agência de informações norte-americana CIA
©‎ Fábio Pinto/Observador
Um antigo militar norte-americano, que trabalhou para o Departamento de Estado, foi detido na quinta-feira e acusado de espionagem por ter alegadamente vendido documentos da administração dos Estados Unidos à China.
De acordo com o Ministério da Justiça norte-americano, Kevin Mallory, residente em Leesburg (estado da Virgínia, leste), vendeu documentos secretos a agentes dos serviços de informações chineses, durante viagens que fez a Xangai, em março e abril passados.
O conteúdo dos documentos não foi divulgado, mas foi descrito como “informações de defesa” pelas quais o acusado recebeu 25 mil dólares (cerca de 22 mil euros). Os documentos foram qualificados como confidenciais ou secretos.
O vosso objetivo é obter informações e o meu ser pago”, disse numa mensagem para um correspondente chinês, a 5 de maio, de acordo com a acusação.
O acusado reconheceu ter dado a agentes chineses um aparelho especial para permitir o acesso a documentos com o mais elevado nível de autorização.
Kevin Mallory, de 60 anos, fala chinês. Pertenceu ao exército norte-americano e posteriormente trabalhou como agente especial para um serviço de segurança do Departamento de Estado, antes de colaborar com diferentes agências governamentais dos Estados Unidos.
Até 2012, Mallory ocupou funções que lhe permitiam ter acesso a informações classificadas na China, Taiwan, Iraque e Washington
De acordo com o diário norte-americano Washington Post, o antigo militar trabalhou para a agência de informações norte-americana CIA.
Kevin Mallory, que pode ser condenado à pena de morte, foi acusado de ter entregado informações sobre defesa a um governo estrangeiro e de ter prestado falsas declarações a agentes da polícia federal norte-americana (FBI).

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