Terminou, sábado último, a quarta sessão extraordinária do partido Frelimo, realizada no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. Durante dois dias, os membros daquele órgão partidário analisaram três temas, nomeadamente, situação interna do partido, plano e orçamento para 2017, bem como situação política, económica, social e da paz no país.
No final do encontro, o presidente do partido, Filipe Nyusi, resumiu o que foi discutido na reunião nos seguintes termos: “Cada um de nós, a todos os níveis e órgãos da Frelimo, tem responsabilidade na procura de soluções para as preocupações com que o povo se confronta no dia-a-dia. Todos nós, incluindo aqueles que ficaram em casa e que aqui representamos, somos parte da solução do problema”, disse.
Filipe Nyusi diz ter recolhido contribuições valiosas dos seus camaradas para a estabilização e crescimento do partido, mas também do país, e que o calor que envolveu os debates mostra que, como partido, há preocupação de ajustar a sua actuação às aspirações dos moçambicanos.
“Saudamos o debate livre e aberto de ideias, as críticas e as análises profundas sobre a situação do nosso partido, do país e do mundo e essa forma aberta como os assuntos foram tratados”, referiu Nyusi, que disse sair da reunião encorajado a prosseguir com o trabalho que está a realizar. “Por isso, deixamos aqui o nosso compromisso de, em nome do povo, continuarmos a fazer de tudo para que os resultados até aqui obtidos em sede do diálogo para uma paz efectiva no nosso país prevaleçam. Reafirmamos o desejo de continuarmos a ouvir e a contar com todos, para o alcance deste bem comum”, prometeu.
Mas também deixou uma exigência aos membros do Comité Central. “Devemos, por isso, sair daqui como mensageiros de paz, de esperança e de reconciliação, e transmitir a mensagem de que as diferenças que nos separam não podem dividir um Estado unitário”, referiu.
E porque a reunião decorreu nos dias do início do mês de Ramadão, em que os crentes do Islamismo observam o jejum e a oração, Nyusi pediu que orem pelo bem da sociedade moçambicana. “No actual contexto do nosso país, consideramos fundamental que os crentes observem não apenas a privação temporária do alimento, mas também assumam o papel de mensageiros da paz e da reconciliação, rumo ao reforço de laços fraternais no seio da família e da sociedade”, disse.
Filipe Nyusi pediu aos membros do seu partido para continuarem a preparar o 11º Congresso, que tem lugar em finais de Setembro, e apelou a todos a celebrarem dos 42 anos da Independência Nacional e 55 da criação da Frelimo. “Exortamos todos os militantes, membros e simpatizantes e o povo moçambicano, do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Índico e na diáspora, a fazerem desta data um momento de festa e de exaltação das conquistas alcançadas ao longo dos 42 anos da independência nacional”, disse.
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