ZECA CALIATE, A VOZ DA VERDADE - ARMADILHA FATAL
A IMPRUDÊNCIA FOI A PRINCIPAL ARMA USADA PELA SNASP DA FRELIMO PARA RAPTAR E ASSASSINAR O DR. EVO FERNANDES EM CASCAIS, PORTUGAL
A FRELIMO, durante a Presidência de Samora Moisés Machel, não permitia qualquer acção que visasse o aniquilamento físico dos Opositores ao Regime, no Estrangeiro.
Talvez, por respeitarem este princípio, a Frelimo era aceite nos Países Europeus.
Cometi um lapso, no artigo da minha autoria, datado de 02 de maio de 2017, com o título “FUI VISADO POR UMA TENTATIVA DE RAPTO PRÓXIMO DA MINHA CASA, SITA NA QUINTA DA PAILEPA, CHARNECA DO LUMIAR LISBOA, PORTUGAL, PELA FORÇA DO MAL- FRELIMO”.
O Dr. Evo Fernandes, foi raptado num restaurante, a uma centena de metros da sua residência em Cascais e, três dias mais tarde, foi encontrado já morto, crivado de balas, próximo de Malveira da Serra, em Sintra em abril de 1988. Por isso, peço desculpas aos leitores de “Zeca Caliate, a Voz da Verdade” pelo lapso, pois mencionei a data, como sendo, dia 20 de fevereiro de 2011, o que não corresponde à verdade.
Para que isso fique bem claro e de uma vez por todas, tudo começou com o então Ministro dos Negócios Estrangeiros, no governo vigente de Samora Moisés Machel, em Moçambique.
A FRELIMO, durante a Presidência de Samora Moisés Machel, não permitia qualquer acção que visasse o aniquilamento físico dos Opositores ao Regime, no Estrangeiro.
Talvez, por respeitarem este princípio, a Frelimo era aceite nos Países Europeus.
Cometi um lapso, no artigo da minha autoria, datado de 02 de maio de 2017, com o título “FUI VISADO POR UMA TENTATIVA DE RAPTO PRÓXIMO DA MINHA CASA, SITA NA QUINTA DA PAILEPA, CHARNECA DO LUMIAR LISBOA, PORTUGAL, PELA FORÇA DO MAL- FRELIMO”.
O Dr. Evo Fernandes, foi raptado num restaurante, a uma centena de metros da sua residência em Cascais e, três dias mais tarde, foi encontrado já morto, crivado de balas, próximo de Malveira da Serra, em Sintra em abril de 1988. Por isso, peço desculpas aos leitores de “Zeca Caliate, a Voz da Verdade” pelo lapso, pois mencionei a data, como sendo, dia 20 de fevereiro de 2011, o que não corresponde à verdade.
Para que isso fique bem claro e de uma vez por todas, tudo começou com o então Ministro dos Negócios Estrangeiros, no governo vigente de Samora Moisés Machel, em Moçambique.
Joaquim “Tzom”
Chissano, na altura encontrava-se em Berlim Leste, antes do murro que
separava duas Alemanha ter sido derrubado. Instalado num Hotel luxuoso,
naquela cidade, convidou o João da Costa Rajabo, na altura o
representante da Resistência Nacional Moçambicana, na Alemanha
Ocidental, para traçar os planos de eliminação, de opositores
proeminentes.
Segundo
afirmações do próprio João Rajabo, quando chegou naquela cidade de
Alemanha comunista, dirigiu-se ao Hotel onde o Joaquim Chissano, se
encontrava e, os dois reuniram e planearam em como , haviam de raptar e
assassinar em Portugal, duas figuras da Oposição Moçambicanas, ambas
importantes, nomeadamente:
1ª O representante da Resistência Nacional Moçambicana pela Europa, o Dr. Evo Fernandes,
2º A segunda figura, o Dr. Miguel Artur Murupa, e também,
3º Procurar convencer a pessoa e traze-la de regresso a Moçambique, o
ex-comandante do 4º sector da Frelimo na Província de Tete, Zeca
Caliate. Caso este não aceitasse a proposta, então seria organizado um
grupo para o abater, mesmo em Portugal.
Foi assim que
os dois, Chissano e Rajabo, planearam e, terminada a reunião, o João da
Costa Rajabo, regressou a Alemanha Ocidental, onde vivia com a mulher
Teresa.
Pouco tempo
depois, o Rajabo, rumou para Portugal e aqui procurou estabelecer
primeiro contacto comigo e me convidou, para juntos almoçarmos num
Restaurante, que se localizava no Campo das Cebolas junto a Praça do
Comércio Lisboa.
Eu conhecia o João Rajabo desde Dar-es-Salaam, em 1965/66.
Durante o
almoço, falou-me sobre encontro que teve com Joaquim Chissano em Berlim
do Leste e não obstante apresentou-me a proposta para que eu regressasse
ao País, para ajudar na reconstrução de Moçambique, o que eu lhe
respondi que não contasse comigo e, prontamente rejeitei essa hipótese.
Saiu dai,
desiludido e chateado, todavia o almoço foi pago por ele e nós os dois
nos despedimos e cada um seguiu o seu rumo, dizendo ele, que ia seguir
para a Alemanha.
Alguns meses
mais tarde, o João Rajabo apareceu inesperadamente em minha casa, na
Quinta da Pailepa, na Charneca do Lumiar, Lisboa, vinha acompanhado pelo
José Maria Conde, cunhado do Dr. Miguel Murupa e trazia na mala, um
outro plano e, desta feita os dois propuseram-me o negócio de aluguer de
salões para comes e bebes e, danças, que não correu bem e acabei por
me aborrecer com ele, de uma vez por todas, dizendo que não queria
voltar a vê-lo.
Entretanto, o
plano de liquidação de Opositores, no estrangeiro, chegou aos ouvidos de
Samora Moisés Machel, que de imediato, proibiu estas acções.
Só após a sua morte o plano, voltou à primeira forma e tudo se desenvolveu, conforme se relata.
Mais tarde,
vim a saber de que o João da Costa Rajabo, encontrava-se hospedado na
casa do Carlos dos Reis, que residia em Bobadela, Sacavém e, que não
queria ser visto por conhecidos, pois o plano de rapto e assassinato de
personalidades, como Evo Fernandes e Miguel Murupa, estava em marcha,
constituído por um grande grupo de agentes do SNASP, coordenados por um
português, chamado Alexandre Chaga e, tendo como seu adjunto, o João da
Costa Rajabo, que se preparavam para uma ação eficaz e bem coordenada,
o rapto Dr. Evo Fernandes, em Cascais.
Eu classifico o
acontecimento de inaceitável e imprudente, porque conhecia o Dr. Evo
Fernandes, de Moçambique, na cidade da Beira e era da Polícia
Judiciária, quando foi fundado o Partido de Coligação Nacional “PCN”
liderado pelo saudoso Rev. Timóteo Urias Simango .
Em 1974.
cheguei a Portugal e um ano mais tarde, encontrei-me com Evo Fernandes
e, colaborei com ele quando representava a Resistência Nacional
Moçambicana “RNM” aqui na Europa e, como nos conhecíamos desde
Moçambique, tornamo-nos muito rapidamente amigos.
Quando nasceu a
minha filha, da minha atual esposa, escolhemos Evo Fernandes, como
padrinho. Isto serve, para dizer que ele tinha muitos amigos que podiam
acompanha-lo num jantar que tinha marcado naquele dia com pessoas
extremamente estranhas e que o resultado foi desastroso e angustiante.
Segundo
informações que tive acesso, constava de que naquela noite e depois do
jantar, o Dr. Evo Fernandes, já um pouco animado com alguns copos de
vinho ingeridos durante o jantar e, no final, quando quis despedir-se
para ir embora para casa, a pé, que ficava ali a poucos metros daquele
Restaurante, o Chaga, com seus cúmplices, um deles, o João da Costa
Rajabo e o resto do grupo, mal saíram do Restaurante, entraram em acção,
dominando e arrastando o Dr.Evo para dentro do veiculo, que arrancou a
grande velocidade para lado desconhecido.
O rapto estava consumado.
Foi assim, que
no terceiro dia o corpo dele, foi descoberto próximo da Malveira da
Serra, crivado de balas e com muitas escoriações, sinais evidentes de
tortura, depois do rapto.
No entanto, na
madrugada de segunda, um outro grupo chefiado por João da Costa Rajabo,
que atravessou o rio Tejo para o Sul, indo directo à casa do Dr. Miguel
Artur Murupa, com o mesmo intuito de o raptar e possivelmente, também o
assassinar.
Chegando à
residência de Miguel Murupa, que os dois se tratavam de compadres, o
João Rajabo dirigiu-se a porta tocando a campainha insistentemente, para
que lhe abrisse, para entrar.
O Murupa,
morava no 3º andar e, ao verificar pela janela abaixo, viu que era
grupo de homens e como sabia o que se tinha acontecido com o Evo
Fernandes, optou por recusar abrir a porta ao Rajabo e este, não
desistiu continuando a tocar a campainha, àquela hora, tendo o compadre
Murupa como solução, ameaçar-lhe, dizendo que tinha chamado a GNR e que
estavam prestes a chegar, naquele local a qualquer instante.
O João Rajabo
ao ouvir as palavras de Murupa, correu com mais três colegas para o
carro que estava ali perto estacionado e, de seguida arrancaram a grande
velocidade e sumiram. Quando no terceiro dia soubemos da morte do Evo
Fernandes, concluiu-se, que ele o Murupa também estava na lista, para
ser raptado e executado.
Depois de
assassinarem o Dr. Evo Fernandes e tentativa de raptar Murupa, o grupo
debandou-se, pois soubemos mais tarde que os SNASP, dividiram-se em dois
grupos, um seguiu para Casablanca, Marrocos e, outro grupo atravessou a
fronteira para Espanha. João da Costa Rajabo, foi se embora para
Alemanha no seu automóvel e pouco tempo depois, o Rajabo despachou muito
rapidamente os haveres que possuía e juntamente com a sua mulher
Teresa, seguiram de Berlim para Maputo de avião, onde foram
calorosamente recebidos pelo Governo da Frelimo com honras de Heróis
Nacionais e foram homenageados pelo próprio Chissano, que já era
Presidente de Moçambique.
Infelizmente,
no ano a seguir, o João da Costa Rajabo, foi envenenado e morreu. A sua
mulher já viúva, foi avistada por duas vezes em Santa Apolónia e no
Rossio, em Lisboa e, não parecia a mesma Teresa e, quando via as
pessoas que a conheciam, escondia-se.
Finalmente, para dizer que esta é génese assassina da Frelimo .
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 25 de Maio de 2017
(Recebido por email)
Brevemente mais notícias, aqui na sua VOZ DA VERDADE, que anteriormente não sabiam
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