O triunfo do escárnio
A interne trouxe o fakenews. Há muito que burloes inventam factos e usam a net para ganhar dinheiro. O fenómeno é recente para a realidade moçambicana. Moreira Chonguica foi detido em Londres; Maximo Dias perdeu a vida; Morreu Armando Gubuza. Puras mentiras. Elas são desmascaradas na hora mas seu click lá no site rendeu uns pennies ao prevaricador. É uma indústria movida de lá fora. Cá dentro faz escola um novo fenómeno: a indústria do escárnio e do maldizer. Não se trata de fakenews. É o fucknews e parece tipico cá da terra. Ganhou campo com a massificação dos smartphones e da rede encriptada do whatsapp, um esconderijo seguro para seus cultores.Nyusi vai prender Guebuza; Celso Correia isto; Luísa Diogo prepara golpe; Graca Machel conspira; Veronica Macamo controla a senhora Buchile e prepara-se para mandar prender Nyusi e Guebuza de forma a tomar o poder; Isaltina Lucas quer derrubar Maleiane; Ntumuke aliado a terroristas turcos. O fucknews domina as redes sociais em Moçambique. Aos poucos vai tendo eco nalguma imprensa. Sua característica dominante é a intriga, a teoria da conspiração, o aassassínio de carácter. O fucknews virou moda entre militantes da Frelimo em suas lutas pelo poder. Veja se a recente batalha campal à volta da indicação do candidato do partido à edilidade de Maputo em 2018. São raras fucknews sobre actores da oposição. Mas avultam relativamente aos poderes públicos, nomeadamente cargos no Governo, em entidades centrais da administração pública (como a Autoridade Tributária) e empresas públicas e participadas pelo Estado. Nunca li fucknews sobre actores do sector privado. No caso da CTA é porque ela está governamentalizada. Dizem que com o aproximar do Congresso da Frelimo vai correr muita tinta de escárnio. Mas quem ganha com isto?
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