É assim como muitos residentes de Katembe, particularmente os comerciantes, vêem a ponte Maputo-Katembe.
É que a travessia da Baía de Maputo é, actualmente, feita de forma condicionada e os empreendedores locais esperam que a ponte ora em construção estimule o desenvolvimento do distrito, libertando-os dos condicionalismos das embarcações.
A nossa equipa de reportagem conversou com Angelina Matavel, que, tal como qualquer outra pessoa que vive em Katembe, depende de embarcações para fazer a travessia da baía. Matavel desenvolve um negócio de venda de refrigerantes e bebidas alcoólicas em caixas. Para transportar os seus produtos, gasta por dia mais de mil meticais, visto que deve pagar pelo camião que usa, numa viagem, mais de 600 meticais. “Ficamos muito tempo na fila para pegar o barco”, reclamou Matavel, acrescentando que, devido à limitação do horário em que as embarcações operam, várias vezes não conseguiu regressar a casa com o seu camião no mesmo dia em que saiu.
Entretanto, Maria Manuel Afonso, que tem o seu negócio mesmo próximo à ponte-cais, diz que a ponte Maputo-Katembe pode ter impacto negativo no seu empreendimento. É que, com a conclusão da infra-estrutura, Maria Afonso teme que o movimento passe para o local onde termina a ponte ainda em construção. “Com a ponte, o nosso negócio vai fracassar. Essa é a minha preocupação. Mas, naturalmente, ela (a ponte) vai diminuir o tempo que ficamos à espera na fila para atravessar usando barco”, referiu Maria Afonso.
As nossas fontes dizem esperar que as taxas cobradas para a travessia de viaturas por via da portagem não sejam muito elevadas.
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