Desde que Filipe Nyusi entrou na política, diga-se em abono
da verdade, em tão pouco tempo e com alguma rapidez
começou a demonstrar a sua veia de ditador e sanguinário.
O seu primeiro acto bárbaro foi ao 21 de Outubro de
2013, quando mandou atacar a residência do presidente
da RENAMO, Afonso Dhlakama, em Sandjundjira, distrito
da Gorongosa numa tentativa de assassiná-lo e não tendo
conseguido mataram o então deputado Armindo Milaco.
Quando as pessoas, sobretudo a RENAMO pensavam que
Filipe Nyusi havia agido daquela forma criminosa por ter
estado a cumprir ordens na qualidade de ministro da Defesa
Nacional do então presidente da República, Armando Guebuza,
eis que ele prosseguiu as suas empreitadas assassinas. Aliás,
Filipe Nyusi tinha garantido aos moçambicanos dias depois
do assalto à Sandjundjira referindo-se ao presidente Afonso
Dhlakama que “quem provoca sarna deve aguentar, coçar”.
Após assumir a chefia de Estado, Filipe Nyusi intensificou
as suas empreitadas sanguinárias para acabar com a
RENAMO, ordenando sucessivas emboscadas contra o
presidente Dhlakama, nas províncias de Manica e Sofala,
actos esses que em nenhum dia veio condenar. Foi ainda
ao longo destes últimos dois anos do consulado de Filipe
Nyusi, que este ordenou a criação dos esquadrões da morte
e sustentou com intensidade as suas acções de assassinatos
contra os membros da RENAMO, académicos, jornalistas,
empresários e activistas da sociedade civil, para além de civis
mortos sumariamente na calada da noite cujos corpos foram
atirados nas valas comuns e nos rios.
Desde os primeiros dias, Filipe Nyusi demonstrou ser
mafioso, quando aldrabou o presidente Afonso Dhlakama
a apresentar um projecto sobre as províncias autónomas,
quando ele próprio sabia que iria ordenar a sua bancada
parlamentar, a Frelimo, a chumbar a proposta. Acto contínuo
foi dizendo que nunca iria se ajoelhar a alguém para pedir a
Paz, para além de ter dito que não queria estrangeiros para
ajudar na resolução dos problemas dos moçambicanos.
Mas o que nos leva a pensar aqui que Filipe Nyusi deve
ser, se ainda não é, um aspirante a ditador, sanguinário e
trapaceiro, não são esses factos acima enunciados. Preocupa
é o facto de Filipe Nyusi, logo após tomar o poder ilegítimo,
como Presidente da República, estar ligado aos ditadores. O
primeiro passo tornado público, foi a sua ida a Angola pedir
instruções sobre como o MPLA de Eduardo dos Santos teria
acabado com o Dr. Jonas Savimbi. E acto contínuo, permitiu
a visita do aspirante à Presidente da República de Angola
João Lourenço, a Moçambique para vir chamar a oposição de
malandros.
Filipe Nyusi chamou para o nosso país os criminosos e
ditadores, do Rwanda, Paul Kagamé, da Turquia, Recep
Tayyip Erdogan e agora da Guiné Equatorial, Teodor Obiang.
A todos esses, apesar do presidente da República saber que
eles são inimigos da democracia e estão constantemente a
perseguirem os seus opositores, ofereceu-lhes banquetes de
Estado e permitiu-lhes passearem a sua classe no nosso solo
pátrio.
Igualmente, permitiu-lhes que fossem a Assembleia da
República, uma casa que devia simplesmente acolher pessoas
que representam os Povos e não os seus assassinos e aqueles
que privam as liberdades dos seus cidadãos.
Tal como referiu a chefe da Bancada da RENAMO na
Assembleia da República, Ivone Soares, a RENAMO não
se compactua com personalidades ditadores e que vêm
no assassinato a forma de manterem os seus poderes.
Continuaremos a lutar pela democracia tal como fizeram os
que fundaram a RENAMO e alguns justos que jazem na Praça
dos Heróis que Filipe Nyusi está a permitir a sua profanação.
Mais grave ainda, Filipe Nyusi, em cumplicidade com David
Simango ofereceram a chave da Cidade de Maputo, ao
Teodoro Obiang, alegadamente em reconhecimento pela
amizade que Obiang sempre manifestou por esta cidade.
Mas que amizade senhores? Ou estarão a preparar vossos
asilos tal como fizeram outros ditadores Mengistu Hailé
Mariam, da Etipia e Yaya Jammeh, da Gâmbia que vendo-se
cercados refugiaram para os países de outros ditadores que
até agora lhes dão guarita?
Desde os atentados aqui no país contra a oposição, passando
pelo acolhimento de ditadores e assassinos, bem como as
ascensões duvidosas dos seus filhos e familiares a patamares
de “empresários de sucesso”, até a falta de seriedade nas
negociações, são razões suficientes para a RENAMO e a
maioria dos moçambicanos questionarem: “Filipe Nyusi é um
aspirante a ditador, sanguinário e trapaceiro?
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