domingo, 9 de abril de 2017

Agora, EUA de Donald Trump acreditam que uma “Síria em paz” é impossível com Assad

CONFLITO NA SÍRIA


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A embaixadora dos EUA na ONU disse que Washington tem várias prioridades para a Síria e que uma "mudança de regime" é uma delas. Esta postura contrasta com ideias inicialmente defendidas prioridades.
Nikki Haley assumiu em entrevista à CNN que a mudança de regime na Síria é uma prioridade dos EUA
Alex Wong/Getty Images)
A embaixadora norte-americana na ONU disse que os EUA “[não veem] uma Síria em paz com Assad”. Numa entrevista à CNN, Nikki Haley explicou que “afastar Assad [do poder] não é a única prioridade”, mas ao assumir que esta é também um passo abertamente defendido pelos EUA culmina a mudança de atitude da administração de Donald Trump perante o ditador sírio.
“Nós estamos a tentar derrotar do Estado Islâmico”, referiu Nikki Haley à CNN, referindo esse objetivo como uma prioridade máxima para os EUA em relação à Síria. “Depois, não vemos uma Síria em paz com Assad. Em terceiro, [queremos] tirar a influência iraniana e finalmente transitar para uma solução política”, explicou a ex-governadora da Carolina do Sul.
“A mudança de regime é algo que achamos que tem de acontecer porque todas as partes vão entender que Assad não é o líder de que a Síria precisa”, explicou Nikki Haley.
Poucos dias antes de ter ordenado um ataque à base aérea síria de onde se suspeita ter partido o ataque químico que matou quase 100 pessoas em Khan Sheikhoun, na província de Idlib, Donald Trump assumiu ter mudado de ideias em relação a Bashar al-Assad. “A minha atitude em relação à Síria e a Assad mudou muito”, disse o Presidente dos EUA numa conferência de imprensa em que tinha ao lado Rei Abdullah, da Jordânia, um rival regional do ditador sírio.
Na madrugada de sexta-feira os EUA lançaram 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea síria. Além de uma repentina mudança de curso da política dos EUA na Síria, o gesto militar foi recebido com hostilidade pela Rússia, principal aliado de Bashar al-Assad, deitando por terra as perspetivas de aproximação entre Washington D.C. e Moscovo.

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