Trabalhadores da EMTPM dizem que desde que a gestão da empresa passou para Conselho Municipal os seus direitos são sistematicamente violados
Houve ambiente de tensão na tarde desta Sexta-feira, na sede da empresa pública de transporte de passageiros de Maputo. Depois de algumas horas de tentativas de negociação, a Direcção da empresa solicitou uma força da polícia para dispersar os trabalhadores que, desde Segunda-feira, paralisaram as actividades.
Com recurso ao gás lacrimogénio e a balas de borracha, a Unidade de Intervenção Rápida forçou a saída dos trabalhadores da empresa.
Saudósio Júlio é motorista na empresa pública de transportes há 20 anos. Durante a confusão, foi atingido com bala de borracha na perna e um dos motoristas em greve foi levado à esquadra por agentes da Polícia de Investigação Criminal.
Parte dos trabalhadores recorreu à Liga dos Direitos Humanos para pedir assistência jurídica, mas a responsável não se encontrava no local. Os trabalhadores, na sua maioria motoristas, dizem que estão agastados pelo tratamento a que foram submetidos e pedem intervenção do governo.
O grupo diz ainda que desde que a gestão da empresa passou para o conselho municipal os seus direitos são sistematicamente violados.
Os trabalhadores da Empresa Municipal de Transportes Públicos estão em greve desde a última Segunda-feira devido a cortes de salário e de subsídios.
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