Enquanto os peritos nacionais e zimbabweanos desdobram-se para esclarecer as reais causas da queda do avião que matou quatro passageiros e dois membros da tripulação, ontem de manhã, o comandante João Abreu, Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, tranquilizava, em Maputo, que tanto o avião como os profissionais de pilotagem estavam em boas condições. “Temos o atestado de aeronavegabilidade, que certifica a validade da aeronave. Portanto, a aeronave estava em boas condições operacionais e estava certificada. Como referi, os pilotos têm uma longa experiência: o comandante Barroso é um homem como muita experiência e voa em Moçambique já há bastantes anos, no segmento charter. Portanto, quer os pilotos quer a aeronave estavam em perfeitas condições”.
A empresa ETA Air Charter Lda tinha um bom histórico de segurança, segundo avançou o comandante De Abreu. Do seu registo, consta que tem quatro aeronaves, mas informação mais recente mostra que apenas tinha duas, sendo que a que se despenhou era a de maior capacidade (nove lugares). “Já transportou várias pessoas aqui no país”, sentenciou o nosso entrevistado, cuja autoridade para falar de aviação civil é inquestionável, dados os longos anos de carreira nas Linhas Aéreas de Moçambique, que lhe valeram a reforma nos voos comerciais e confiança para dirigir o Instituto de Aviação Civil de Moçambique.
Os gestores da ETA Air Charter, entrevistados pela Televisão de Moçambique na cidade da Beira, confirmaram a manutenção regular dos aparelhos, mas preferem deixar melhor esclarecimento à equipa que tem o mandato de estudar todos os elementos, para trazer dados mais aprofundados sobre o que aconteceu no voo fatal desta segunda-feira.
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