domingo, 26 de março de 2017

Carrie Lam eleita primeira mulher líder do Governo de Hong Kong

HONG KONG


A antiga "número dois" do Governo, Carrie Lam, foi eleita este domingo líder do Executivo de Hong Kong. Esta é a primeira vez que o cargo é ocupado por uma mulher.
Carrie Lam venceu as eleições à primeira volta com 776 votos
JEROME FAVRE/EPA
Autor
  • Agência Lusa
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Carrie Lam venceu as eleições para chefe do Executivo de Hong Kong, tornando-se na primeira mulher a ocupar o cargo, após a votação do colégio eleitoral composto por 1.200 pessoas, indicam dados provisórios.
A antiga “número dois” do Governo de Hong Kong venceu as eleições à primeira volta com 776 votos, enquanto o ex-secretário para as Finanças John Tsang e o juiz jubilado Woo Kwok-hing alcançaram 365 e 21 votos, respetivamente. A maioria dos cerca de 3,8 milhões de eleitores de Hong Kong não pode votar no líder da cidade, cuja eleição coube a um colégio eleitoral.
Para ser eleito chefe do Executivo de Hong Kong à primeira volta, um dos três candidatos necessitava de, pelo menos, 601 votos dos membros do colégio eleitoral, o qual é formado por representantes de vários setores, que vão desde a agricultura, educação, medicina tradicional chinesa até ao imobiliário, entre outros.
O campo pró-Pequim domina a maioria dos lugares que compõe os 1.194 membros do colégio eleitoral, enquanto a ala pró-democrata detém cerca de 300 assentos. Grande parte dos grupos políticos ligados ao campo pró-democrata manifestou nas últimas semanas o seu apoio ao candidato John Tsang.
Um menor número desta ala deu o seu apoio ao candidato Woo Kwok-hing, enquanto outros mais radicais, incluindo os ativistas que emergiram para a cena política nos protestos pró-democracia de 2014 e que são conhecidos como localists, apelaram ao voto em branco.
Esta é a primeira eleição para o chefe do Executivo desde as manifestações pró-democracia que paralisaram várias zonas da cidade durante 79 dias em 2014. Ativistas pró-democracia protestaram esta manhã por as zonas designadas no exterior estarem localizadas muito longe da entrada do local da votação, gerando momentos de caos enquanto decorria a votação e contagem dos votos, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).
Munidos com cartazes e guarda-chuvas amarelos — o símbolo dos protestos de 2014 conhecidos como Umbrella Revolution –, manifestantes pró-democracia continuaram os protestos contra a forma como o líder de Hong Kong é eleito, depois de no sábado terem protagonizado uma marcha pelas ruas da cidade.
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