Mas porque?
Desde os tempos antigos, desde Socrates passando por Platão e mesmo Aristóteles maior parte dos intelectuais viam com certa inveja se é que não com ódio de morte toda actividade artesanal, mercantil e empresarial para não falar de intelectuais em obras literarias que, geralmente também, estiveram e estão contra a economia do mercado, e todos eles quase, foram e são da esquerda. Os homens de negócios encontram uma imcompreenção continua na sua actividade de cooperação social que passa pelo mercado pela parte dos intelectuais.
As razões entre outras são as seguintes:
1 - Desconhecimento teórico de como funciona o mercado, o tecido da ordem empresarial é o mais complexo que existe no universo e com a incompreenção deste tecido tão variável e dificil de compreender-se os intelectuais se perdem, apesar de lerem tanta literatura de forma esporádica, os intelectuais não chegam de compreender isto. A maior parte dos intelectuais apesar de ter lido muitos livros, são completamente ignorantes no que se refere a ciência económica, esta é a primeira razão porque eles sempre estão contra as relações do mercado.
2. A soberbia do intelectual: o intelectual pensa que sabe mais que o resto dos seus concidadãos porque ele fez muitas especialidades e ou porque ele leu muitos livros, porque vai sempre a muitas tertúlias, tem muitos livros escritos, tem títulos de reconhecimento de varias universidades e logo cai no erro fatal de arrogância, até chegar de pensar que ele está legitimado mais que nós mesmos de ordenar o que nós devemos fazer para o nosso próprio bem e muitas vezes se escandaliza da nossa falta de cultura, como um superestar se pontifica a dar conselhos em tudo porque ele acha que é mais instruido que todos, mas ao fundo ele sabe muito pouco e ele é um perigo potencial, porque ele é um ditador em potência e pouco-a pouco vai cair na tentação de se arrogar com o poder político para impor-nos a todos os demais os seus pontos de vista que ele considera que são os melhores, os mais refinados e os mais justos. Se a esta ignorância lhe somamos a arrogância fatal de pensar que que ele sabe mais que nós todos e os seus pontos de vista sãos os mais refinados, então estamos perdidos, por isso não podemos admirar-nos que de trás de qualquer ditador, seja ele Hitler ou Staline, sempre está um côro de intelecuais aduladores que sempre trataram de dar a eles mais legitimidade desde o ponto de vista ideológico, cultural, filosófico etc..
3. O recentimento e a inveja - o intelectual é uma pessoa geralmente recentida, porque o intelectual encontra-se numa situação muito incómoda no mercado, em maior parte das circunstâncias porque ele se dá conta que nesse processo do mercado o que ele aporta é muito reduzido, o intelectual pensa que ele passou a vida a estudar, a pintar quadros de gala, que ele conhece o mundo e não tem nada material de relevo e daí para diante o intelectual começa a remorder-se, e começa a dizer que há algo que não está bem na sociedade com as relações do mercado, porque o malvado mercado não valoriza o que ele faz, e diz: - Os meu livros, os meus artigos refinados, as minhas prosas maravilhosas, as minhas novelas; porquê nunca me pagam o suficiente?, tendo em conta com tudo o que faço em relação ao "lixo" que me rodeia, e depois ele diz: - O que eu não posso suportar é que um ignorante, um inculto, um burro, um empresário ganhe 20, 30, 100 vezes mais que eu simplesmente porque está vendendo qualquer coisinha, como ovos, trapos, peixe e está desfrutando da vida, esta é uma sociedade injusta diz o intelectual, porque ele acha que não se devia valorizar o mercado que paga as massas incultas por venderem o que as populações iletradas demandam. Juntando estes três pontos aqui descritos não podemos admirar quando vimos intelectuais a resmungar contra a ordem do mercado e as leis naturais da economia que eles pouco compreendem e as vezes culpam o seu insucesso aos economistas ou a todos cientistas sociais.
Com a paz que se aproxima temos que continuar a apostar pela economia do mercado porque com esta podemos vencer a fome e valorizar os empreendimentos daqueles que gostam de fazer as coisas acontecerem.
Lyndo A. Mondlane
Traduzido do Espanhol
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