A diferença é que a Vice Ministra celebra seu aniversário em privado. Paga as contas ela própria, ou amigos e parentes. Não é porque estejamos em crise que não devemos celebrar nossas datas marcantes. Se eu posso não vou deixar de faze-lo porque a maioria não pode. Os meios são meios. Aliás, aquela fotografia não surgiu anexada num recibo indicando que a conta era do Governo. A foto foi captada não por uma paparazzo escondido mas por alguém chegado e no quadro de uma aparente boa intenção. Mas sua partilha é feita de forma maliciosa... nosso vouyerismo colectivo repassando sem o mínimo repúdio os momentos privados da senhora vice. E agora com o tseke em voga só faltava dizer o quê?
A diferença é que Khalau comete uma gaffe em toda a linha. Mandar vir uma carrada de água em camião cisterna da corporação para sua casa no Jardim. E deve te-la obtido da forma mais simples. Uma chamada para o comandante dos bombeiros. E este anuiu sem contemplações. Chefe é chefe. E uma vez chefe sempre chefe. O comandante dos bombeiros deve estar a vergar sempre perante outros chefes reais e imaginários. Os meios do Estado ao serviço privado. O conceito mais recorrente na academia para definir corrupção é um de Michael Johnston; abuso do poder publico para ganhos privados. Enquadra-se aqui o comportamento de Khalau. Para ele, o seu poder é vitalício. Ele tem noção de que ninguém lhe vai contrariar.
Quero plenamente concordar com o senhor Lopes Cair: é mesmo imoral que numa crise destas apareçam dirigentes a comerem do bom e do melhor, enquanto o fosso da população perdeu o seu poder de compra para metade, por causa da ambição dos mesmos governantes, ainda que tenha sido no outro governo. Que sejam mesmo decretos porque a situação não está boa para nós.
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