Desde que Maria Rita Freitas tomou contou da entidade, substituindo José Rodolfo, o INAE, que congrega inspetores de vários ministérios, ganhou maior dinâmica e relevância. Moçambique precisa de instituições fortes para crescer. Imaginem se a nossa agência anti-corrupção (o GCCC) fosse tão efetiva como o INAE? Estaríamos a reduzir o roubo impune do bem público. O meu receio é que o INAE ...comece a ser combatido. Isso pode acontecer. Por dentro e por fora. Por dentro, por inspetores corruptos como os há na inspeção de Trabalho. A atividade em si oferece a oportunidade para a corrupção. Se não houver mão forte da liderança e a ética for rasteira, basta para que as cobranças para se fazer vista grossa floresçam. Por fora, lá mais do alto da influencia de graúdos da política e da burocracia estatal, quando o INAE começar a receber telefonemas para não fazer eficazmente o seu trabalho, empurrando-a para a concessão dos privilégios injustos da impunidade aqui e acolá. Por enquanto nada indica que isso esteja a suceder. O INAE age de forma exagerada para o nosso contexto? Não! Seu escopo exige firmeza e perseverança. Quando o discurso político faz da tolerância zero um chavão recorrente mas sem efetividade, sobretudo na anti-corrupção, o INAE está mostrando que é possível ser-se efectivo. Isso depende de quê? A mim parece-me que as lideranças contam.
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