domingo, 1 de janeiro de 2017

Uma nova ordem internacional?

Opinião


Todos os dirigentes contemporâneos, de Bush a Merkel e a Obama, figurarão na História como a mais medíocre e desacreditada geração de líderes desde o pós-guerra.
A globalização será retardada com o fim antecipado dos acordos de comércio Transatlântico e Transpacífico e a criação de barreiras às imigrações. Em termos regionais reforçar-se-á um bloco de Estados anglo-saxónicos e a União Europeia enfraquecerá como pólo de poder, debilitada pelo “Brexit” e pelas convulsões migratórias e identitárias. Fillon, o provável novo Presidente francês, procurará fazer uma ponte com Trump e Putin e Merkel ficará mais isolada, como último bastião da velha ordem. Finalmente, a ONU será condicionada por uma parceria entre grandes potências e a China constituirá a maior incógnita nesta equação.
Se bem que a violência continue a assolar o Médio Oriente e os EUA e UE experimentem tempos de tensão política e securitária, já o risco bem mais grave de guerras entre grandes potências e alianças militares esmaecerá.
Professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e coordenador do Centro de Investigação de Direito Público

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