O novo Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, volta ao país amanhã, uma semana depois de ter prestado juramento numa embaixada no vizinho Senegal, anunciou uma fonte do novo governo gambiano, citada pela Lusa.
O responsável governamental gambiano prestou declarações sob anonimato por não estar autorizado a falar à imprensa sobre esta questão.
Barrow - que prometeu inverter as políticas que o anterior presidente, Yahya Jammeh, aplicou durante 22 anos - derrotou Jammeh nas eleições presidenciais de Dezembro.
Yahya Jammeh aceitou, num primeiro momento, a derrota nas eleições, mas pouco tempo depois voltou atrás e apresentou um recurso ao Supremo Tribunal, afirmando que a votação tinha sido falsificada pela oposição, com a cumplicidade de países da região.
Só no fim-de-semana passado Jammeh cedeu à pressão internacional e saiu da Gâmbia, já depois do prazo concedido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), 19 de Dezembro, e sob ameaça de intervenção militar coordenada pelo Senegal e pela Nigéria.
Jammeh partiu para o exílio na Guiné Equatorial.
O antigo presidente tem vindo a ser acusado por grupos de defesa dos diretos cívicos de ter liderado um governo que, ao longo de 22 anos, neutralizou a oposição através de detenções, torturas e assassinatos.
A força militar preparada pela CEDEAO chegou a entrar na Gâmbia, mas para garantir a segurança de Adama Barrow que tem permanecido no vizinho Senegal.
Barrow solicitou à CEDEAO que mantenha a sua força militar (com tropas senegalesas, malianas e outras, apoiadas por aviação nigeriana) na Gâmbia por seis meses. No entanto, desconhece-se ainda se os Estados-membros da CEDEAO vão aceitar ou não uma mobilização dos seus militares por esse período de tempo.
Adama Barrow tem estado a formar o seu Governo. Para já, nomeou uma mulher, Fatoumata Tabajang, como sua vice-presidente.
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