WASHINGTON — O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald
Trump, confirmou na quinta-feira que nomeará o general reformado James
Mattis como secretário de Defesa, como havia antecipado a imprensa
americana. Conhecido como "Cachorro Louco", Mattis é um nome admirado no
corpo de fuzileiros navais, por sua postura combativa, sua falta de
confiança no Irã e sua experiência em operações militares no Iraque e no
Afeganistão. Ele deverá chefiar o Pentágono a partir de 20 de janeiro,
se a sua indicação for aprovada pelo Congresso.
—
Vamos nomear o Cachorro Louco Mattis como nosso secretário de Defesa —
disse o republicano em seu primeiro comício após vitória sobre Hillary
Clinton nas eleições em novembro. O evento foi realizado em Cincinnati,
Ohio. — Mas não até anunciaremos-o até segunda-feira, portanto, não
digam a ninguém — acrescentou Trump.
Mattis, de 66 anos, é um general da Marinha americana que se
aposentou em 2013 depois de ser como Comandante Central dos Estados
Unidos. Para ser confirmado no cargo, o Congresso teria que aprovar
primeiro uma legislação ignorando um lei que impede militares reformados
de se tornarem secretários de Defesa em sete anos após ter deixado o
serviço ativo.
A
escolha de um experiente estrategista militar pode ser mais uma
indicação de que Trump, eleito em novembro pelo Partido Republicano,
pretende afastar os Estados Unidos da política escolhida pelo democrata
Barack Obama. O atual presidente apostou, em seu governo, no apoio de
aliados do país para combater militantes islamistas e ajudar a deter
agressões chinesas e russas na Europa e na Ásia.
O impressionante histórico de combate de Mattis, no entanto, deve
impedir que senadores democratas tentem bloquear a indicação.Trump, que
no ano passado causou polêmica ao afirmar que sabia mais obre o Estado
Islâmico do que os generais, descreveu Mattis como “um verdadeiro
general”. TRUMP CONDENA INTOLERÂNCIA
O republicano ainda
prometeu que vai sanar as feridas dos Estados Unidos, afirmando que o
país não tem outra opção, a não ser se unir e rejeitar a intolerância.
— Somos uma nação muito dividida, mas não vamos continuar divididos
por muito tempo — disse o Donal Trump, no evento em Cincinnati, diante
de milhares de seguidores reunidos em um estádio. — Condenamos a
intolerância e os preconceitos em todas as suas formas. Denunciamos todo
o ódio e rejeitamos fortemente a linguagem de exclusão e de segregação.
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