Nos três dias de calor, registados na província de Maputo, concretamente, no distrito de Boane, a empresa Quantum deixou de facturar mais de 10.9 milhões de meticais por causa da perda de 26 mil ovos e a morte de 30166 galinhas poedeiras. No dia 10 morreram cerca de 10 mil galinhas, no dia 22, mais de 15800 galinhas e no dia 24, pouco mais de 4300.
Este é apenas um exemplo de uma empresa com perdas de produção devido a factores climáticos. É uma situação que está a prejudicar também a outras empresas do sector. Apesar das perdas, os gestores da Quantum, que acabam de adquirir a empresa da Galovos, dizem que não vão desistir do negócio.
“Estamos a lutar no sentido de introduzir mais poedeiras. Por exemplo, no dia 02 de Janeiro vamos poder receber cerca de cinco mil poedeiras para preencher o aviário que se encontra na metade. No próximo mês, vamos acrescentar mais dois aviários para tentarmos voltar a melhorar a nossa produção”, disse o responsável pelo aviário, Freek Homan.
Os gestores da empresa queixam-se ainda de cortes sucessivos e sem pré-aviso de energia pela Electricidade de Moçambique, que também tem contribuído para a morte das galinhas e perda de ovos. Estes estragos foram apresentados ao ministro da Agricultura e Segurança Alimentar durante uma visita que efectuou, ontem, ao distrito de Boane.
Nos dias de calor, a água consumida pelas galinhas fica quente, porque os tubos de água usados aquecem e as aves não conseguem beber a água, facto que lhes leva à morte, explicou o responsável do aviário.
“Quando o pessoal da Electricidade de Moçambique trabalha nas linhas de energia, não somos avisados. A falta de aviso faz com que a empresa não se prepare atempadamente, isto é, não compre combustível suficiente para abastecer seus geradores. Precisamos de ter o tempo no qual eles vão reestabelecer a corrente eléctrica, para planificarmos a nossa actividade”, considera o representante da empresa.
Actualmente, a empresa tem 180 mil poedeiras, mas pretende aumentar essa capacidade até Abril do próximo ano, de modo a começar a operar em pleno.
Para repor os danos causados por situações climáticas desde a altura que a empresa era chamada Galovos, foi necessário investir mais 21 mil milhões de meticais.
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