quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Será que Fidel morreu mesmo? A ex-nora diz que não

Fidel Castro


Idalmis Menéndez, ex-nora de Fidel Castro, duvida que o ditador tenha mesmo morrido. As suas dúvidas são sustentadas nos pormenores da morte do ditador.

A ex-nora de Fidel Castro, Idalmis Menéndez , manifestou a sua opinião em relação à morte do ex-sogro. Na fotografia está junto do ex-marido Aléx Castro
Facebook
Apesar do mundo comunista estar de luto pela morte de Fidel Castro, prestando homenagens ao que dizem ter sido o libertador de Cuba, há quem não acredite que Fidel tenha mesmo morrido. A ex-nora do ditador é uma dessas pessoas.
Nem sequer a idade avançada de Castro, 90 anos, nem a sua aparência cada vez mais débil, são argumentos suficientemente fortes para Idalmis Menéndez acreditar que o ex-sogro morreu mesmo. Idalmis, ex-mulher de Aléx Castro, filho mais novo do ditador, contou ao El Pais que não acredita que Fidel esteja morto e apresenta argumentos para sustentar a sua opinião.
Idalmis Menéndez - ex nora de Fidel Castro
Idalmis, apesar de já ter sido uma Castro, é contra o regime cubano . Créditos: Facebook
Ela começa por perguntar “alguém viu o cadáver?” Na verdade, ninguém viu o corpo de Fidel Castro, mas isso até pode ser explicado. A própria Idalmis admite que o próprio Fidel pode ter pedido, expressamente, para que o seu cadáver nunca fosse exposto para “não dar a satisfação aos seus inimigos de o verem morto”.
No entanto, a ex-nora de Castro questiona-se sobre uma decisão do governo cubano. “Todos os altos mandatários da revolução tiveram este tipo de despedida: o cadáver era exposto no Memorial José Martí e os cubanos passavam para lhe dar um último adeus. No caso de Fidel, o corpo foi cremado e o que estão a expor, e que vai dar a volta ao país para que os cubanos se despeçam, é uma urna.”

Um timming perfeito

Idalmis, psicóloga de profissão e a residir em Barcelona, apresenta mais factos para dar força à sua teoria. Por exemplo, o dia da morte de Fidel Castro coincidiu exatamente com o dia do inicio da revolução cubana, em 1956 – quando a 25 de novembro Fidel Castro juntamente com um grupo de guerrilheiros, do qual faziam parte Raul Castro e Che Guevara, fizeram a primeira tentativa para derrubar o regime de Fulgêncio Batista. No dia em que morreu, passavam exatamente 60 anos dessa data que marcou na história cubana. Caso para Idalmis falar no timming perfeito.
O futuro de Cuba depois de Fidel é a questão que agora mais se coloca. Idalmis diz que tudo permanecerá na mesma. “Em Cuba vive-se um regime opaco e imprevisível que faz o que quer”. Idalmis assegura ainda que “Raul Castro fez de Cuba o seu grande negócio. Nem a ele nem a ninguém que esteja à sua volta interessa que as coisas mudem. Estão muito bem assim. Estão a fazer uma grande fortuna à conta dos cubanos.”
Além disso, a mulher que outrora pertenceu ao clã Castro comenta ainda a forma como o luto está a ser feito em Cuba. “Não é espontâneo. Chegam-nos mensagens desde Cuba onde nos contam que foi proibido a venda de álcool estes dias, não fosse alguém celebrar”.
A psicóloga manifestou na sua página de Facebook o que pensa tanto sobre o regime cubano e as várias manifestações de luto que acontecem em Cuba por estes dias:
Idalmis fez ainda um vídeo onde pede para que o povo cubano se una para acabar com a ditadura:
A ex-nora do ditador revelou que apesar de não concordar com a ideologia política do sogro e de chocarem bastante quando discutiam política, Fidel sempre foi respeitoso e cordial com ela. Até usava uma alcunha, “como era a nora mais jovem chamava-me ‘a muchachita’ e nunca tivemos problemas”.
Mas se a cordialidade pautava a relação que tinha com o ex-sogro, já a relação com mãe de Aléx Castro, Dalia Soto, foi sempre bastante crispada. A psicóloga diz mesmo ter sido “dura”. “Culpava-me sempre de qualquer coisa”, desabafou Idalmis. No entanto, acredita que não era “nada pessoal, porque comportava-se assim com todas as noras: nenhum dos seus filhos pôde ser feliz com uma mulher”, revelando ainda que isso contribuiu bastante para a degradação da sua relação com Aléx Castro.

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