A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, pediu aos extremistas islâmicos que parem de matar em nome da religião, depois de 20 reféns terem sido hoje mortos num atentado num restaurante de Daca.
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"O Islão é uma religião de paz. Parem de matar em nome da religião", disse Hasina, num discurso dirigido à nação, transmitido pela televisão, durante o qual anunciou dois dias de luto pelas vítimas, de várias nacionalidades.
"Por favor, parem de manchar a nossa religião. Imploro-vos que regressem ao caminho correto e defendam o orgulho do Islão", acrescentou.
A primeira-ministra, cujo Governo foi incapaz de parar uma crescente onda de ataques contra estrangeiros e minorias religiosas, pediu um esforço nacional para combater o extremismo.
Hasina instou os cidadãos a criarem "comités antiterrorismo" nos distritos e subdistritos de todo o país, de maioria muçulmana, mas oficialmente laico.
A dirigente, de 68 anos, disse que as pessoas por detrás dos ataques estão a tentar destruir o Bangladesh.
"Ao manterem civis inocentes como reféns, sob a mira das armas, querem transformar a nossa nação num Estado falhado", disse.
O ataque, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, causou a morte de 20 cidadãos estrangeiros, depois de terem estado reféns durante a noite num restaurante do Bangladesh e terem sido agredidos até à morte, segundo um porta-voz do exército local.
A contraofensiva das autoridades, lançada naquele restaurante da capital, resultou ainda na morte de seis atacantes e no resgate de 13 reféns.
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