quarta-feira, 13 de julho de 2016

"Atribuição de vistos 'gold' é a mais elevada de sempre"


O programa de atribuição de vistos 'gold' rendeu desde 2012 mais de 2,2 mil milhões de euros de investimento para Portugal, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, revelando que estão no nível mais elevado de sempre.

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ECONOMIA MIGUEL MACEDOHÁ 24 MINSPOR LUSA
No total, a atribuição das Autorizações de Residência para a atividade de Investimento (ARI) - os chamados vistos 'gold' - representa um investimento de 2.202.691.883,35 euros, segundo Augusto Santos Silva, que falava aos jornalistas no final de uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
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"Os valores e autorizações concedidas são os mais altos" de sempre, apontou.
Na reunião, o governante revelara que por mês, em média, este ano, são aprovadas 136 novas autorizações de residência para investimento, e que em maio e junho o valor chegou aos 157, em cada um dos meses.
"Os valores de processos tramitados e de autorizações concedidas são neste momento os mais altos da existência do programa", garantiu o ministro aos deputados, afirmando também que a tramitação tem sido melhorada.
No primeiro semestre deste ano, o investimento totalizou cerca de 500 milhões de euros, "na maioria dos casos, associados a investimento imobiliário".
Em resposta ao deputado do CDS-PP Filipe Lobo d'Ávila, Santos Silva comentou que a "larguíssima maioria" de pedidos dizem respeito à aquisição de imobiliário e "alguns [são] ao abrigo de transferência de capitais".
"Não desvalorizo, apenas situo", referiu, acrescentando: "Aquelas que nós todos gostaríamos, autorizações para investimento novo, produtivo, criando postos de trabalho, continuam a ser a muito ínfima exceção", mencionou.
Santos Silva sublinhou ainda que uma das suas prioridades foi evitar que este programa "se perdesse", um risco que ocorreu no ano passado "por razões estranhas à vontade de nós todos", numa alusão ao processo judicial relacionado com a aquisição de vistos ?gold', que envolve, entre outros, o antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo.
"Esse risco está ultrapassado", garantiu hoje o governante.

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