Mendes Mutenda, UM PATO IMBECIL E IDIOTA
Não se tratando propriamente de um exercício de perícia criminal à moda Matias Guente, que foi descobrir um Pato Jr. e tratou de nos dar a conhecer da existência do tal filhote de pato na última manchete do grande canal, cá está este pato barrigudo, imbecil e idiota que responde pelo nome de Mendes Mutenda e, em se tratando de um G 40 Jr, então suca daqui você pah. Muitos o conhecem, mas poucos sabem do perigo desta criatura muito menos do mal que causa a Nação. De cócoras quase, lábio abjecto, expressão senil de criatura que perdeu o brio e o carácter de tanto se dedicar ao lambebotismo no seu mais alto estado de desgraça e a toda a espécie de genuflexão vertebral dai decorrente, surge este pato sem escrúpulos em defesa do meu amigo Arsénio Henriques, assessor de imprensa do presidente Nyusi, a quem tive o privilégio de dirigir um pacato e humilde, porém irónico e mordaz pedido de resposta nesta mesma rede social face a uma proposta de actividade por mim colocada há sensivelmente um ano mas que, por fala de profissionalismo e espírito de missão a bem do serviço público, ainda não tratou de responder. Na sua reacção ao meu texto, em jeito de comentário, o pato Mendes não poupa as suas palavras e vai dizendo: “Manifestação exacerbada de ódio e inveja. Incrível descermos a este nível... baixeza só”. Isto tudo, vindo de uma figura que já atingiu de forma mais vil e doentia o topo do lambebotismo, não me afecta em nada. Atingiste-me flagrantemente pique coronário. Ou, dito em outras palavras: u pfuki nhoxi mpfana. Estás a fazer bulling comigo, meu brada. Sofri maningue isso quando estava na escola primária, por causa da mancha congénita que tenho no rosto, desde muito cedo comecei a desenvolver defesas e tu não vais aguentar pah. Sou experiente brada e não levo desaforo para casa. Arsénio Henriques, que me conhece muito bem, está neste momento a rir-se do pato barrigudo, imbecil e idiota pelo serviço que lhe presta ao tentar defendê-lo do indefensável, o que, por si só, demonstra que estamos em presença de uma figura cujo pendor asinino é de bradar aos céus. Não teria muito a discutir com o pato Mendes se este fosse um jornalista e não uma destas figuras patéticas que abundam nesses jornais propagandistas que andam por ai. Mas como se trata de um pequeno comissário político da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), que usa o nosso sector público da comunicação social para ampliar o raio de acção desses serviços sujos de propaganda destrutiva que representa, promovendo o patrulhamento ideológico dos jornalistas a sério, só me resta deitar de barriga e mandar gargalhadas, manguitos e futsekas, enquanto vou batendo o chão com os murros cerrados. Pobre pato, qual criatura desprovida de alma e espírito. Não conseguiu vislumbrar no meu texto dedicado ao meu amigo Arsénio Henriques a discussão da coisa pública, apenas conseguiu descobrir, no meio da sátira e da ironia que nos caracteriza, aquilo que ele chama de inveja, um dos sete pecados mortais que a bíblica abomina. O pato Mendes nem para crítico literário do SISE serve, mal percebe das letras e dos códigos literários. Sofre de iliteracia, uma doença perigosa que afecta muitos doutores e provoca a crise que caracteriza o nosso sistema de educação. O sentimento de inveja ocorre quando alguém olha com mau olhar aquilo que o outro tem e acha que devia ser ele a ter porque esse outro não merece. Não há-de ser o caso e o meu amigo Arsénio, que me conhece muito bem, sabe muito bem disso. Não sou de trocar facilmente o jornalismo pela assessoria de imprensa, sobretudo pela assessoria de imprensa política, ainda por cima de uma figura tão exposta como a de um presidente da República, dado que essa função, que somente dura o mandato de cinco anos depois renovados e mais nada, geralmente mata em dois tempos o jornalista que tanto custou formar. Arsénio Henriques sabe que dificilmente voltará a ser jornalista a sério, salvo embora eu ressalve a dúvida metódica de que talvez, querendo ainda o ser, ele possa se esforçar um dia para voltar a ser. Sabe o Arsénio que não troco jornalismo por nada, muito menos por assessoria de imprensa presidencial. Eu? Não, senhor! Não é função que se lhe inveje, portanto tire o cavalinho da chuva pato Mendes, aliás, sai você da lama, nós não somos patos. O que o pato Mendes não viu, na minha abordagem, é que lá reside a inquietação de um pacato cidadão devido ao mau funcionamento do serviço público ao mais alto nível do Estado, um Estado que, quando abordado pelo cidadão, remete-se ao silêncio, limitando-se a mandar manguitos ou futsekas. O Arsénio mandou-me manguitos. É de tanto se dedicar ao concubinato nos corredores do GAB com a mais alta hierarquia que o pato Mendes, também conhecido por G-40-de-charneira, não consegue arranjar tempo para estudar o jornalismo como deve ser a fim de perceber que um jornalista a sério não vê uma nomeação de um jornalista para o cargo de assessor de imprensa do presidente da República como se tratando de uma progressão na carreira de jornalista, tratando-se, pois, de um assassinato técnico do jornalista, que se traduz num jornalista profissionalmente falido. A assessoria de imprensa ao Presidente da República é um cargo de confiança política, ou seja, atribui-se a um jornalista politicamente fiável. Eu não sou um jornalista politicamente fiável. Nem quero ser um jornalista politicamente fiável. Se alguma vez isso acontecer, então já terei deixado de ser jornalista. O grande problema é que os jornalistas de hoje em dia têm a durabilidade de um mandato político e mais nada, ou seja, durante um mandato inteiro dedicam-se a lamber as botas do partido, a conquistarem a tal confiança política, na expectativa de um dia virem a ser designados para cargos dessa natureza no mandato a seguir, se lhe calhar a sorte. É por isso que andam bem aprumados, quase que ajoelham nos pés do entrevistado quando se trata de um governante. Dito de outro modo, são jornalistas-pastilha-elástica-ou-usa-e-deita-fora. É para isso que se criam laboratórios como o infame e vergonhoso G 40, onde se atafulham jornalistas, pseudo-analistas-e-comentadores-políticos e todo o tipo de lixo da mesma merda que depois se dedicam religiosamente ao lambebotismo nas nossas rádios e televisões públicas, a fim de que, depois, sejam designados para altos cargos do Estado, quais prémios dados pelos serviços lambebóticos prestados, não se preocupando com o atentado que isso representa à segurança do Estado, a Constituição da República e ao Estado de Direito e Democrático. Não digo que tenha sido propriamente esse o caso de Arsénio Henriques, mas não coloco as minhas mãos no fogo, aliás, no fumo, mas não há fumo sem fogo, diz o Zé povinho. Emília Moiane, amor da minha vida, sim, sou fã dela, mulher de quem diria o pato Mendes, no seu jeito de poeta barrigudo, imbecil e idiota, “Eva, my love, ainda havemos de tomar posse”, enquanto directora do GABINFO, dir-se-á, facilmente, mesmo injustamente, que ascendeu a tal cargo graças as funções de chefia editorial que vinha exercendo na televisão pública e aos encontros de coito combinado dos ilustres quarenta patos que vinha moderando, violando pornograficamente o princípio do contraditório, um princípio sacrossanto para um jornalista que se preze. Pobre Emília, tem sido injustiçada pelas más-línguas. Um valoroso jornalista latino-americano, conhecido por praticar o jornalismo de denúncia de forma activa e responsável, teria sido convidado por um proeminente candidato de um partido da oposição que, segundo ele, caso ganhasse as eleições, iria nomeá-lo ministro de um pelouro qualquer, ao que o jornalista respondeu negativamente, por entender que, caso isso acontecesse, seria o seu fim como jornalista. Entre nós, os jornalistas preferem lamber as botas do poder político até a língua rasgar-se pelo meio e as botas abrirem fendas a custa de um cargo que lhes vai matar como jornalistas em apenas cinco anos de mandato. C’est la politique de ventre, diriam os franceses. Pswa quiri ntsém, diria a minha avó. Coisas de barriga. Ou a crónica dos patos barrigudos. Não sei se o pato Mendes percebe isso, tratando-se de uma espécie aviaria de quem se diz não ter lá um grande cérebro muito menos massa cinzenta para descodificar as palavras. Se o pato idiota e imbecil não percebe isso, então podemos continuar a conversa na sua barraca ali no bairro Indígena, um lugarzinho bem arejado. Sabes que gramo maningue de uns bons copos. Se o Arsénio Henriques puder estar presente, ajudará a malta a pagar as contas, assim como nos ajudará a compreender os contornos destas tristes cenas de frelijornalistas e frelianalistas e frelicomentadores políticos que, entretanto, deambulam entre os gabinetes de propaganda do partido e as rádios e televisões públicas. Ele tem muito para nos contar. Já agora, peço para dizeres a dona Emília, caso a encontres por ai, para parar de barrar os jornalistas de entrarem nas conferências de imprensa do conselho de ministros só porque eles perguntam sobre a dívida pública. Para terminar, mesmo sem dar por concluído o debate, aconselho-te a não responder a esta encíclica porque vou-te vasculhar até aos tomates, tal como nos filmes: tem V. Excia o direito de se manter calado ou qualquer coisa que disser pode ser usada contra ti. Juro palavra de polícia. Pato!
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