Há alguns dias, o chefe do Conselho Democrático de Curdos, Saleh Muslim, e uma delegação da coalizão internacional realizaram um encontro na aldeia de Harab Ishq
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute/Moscou:
As Forças Democráticas da Síria começarão nos próximos dias uma operação para libertar a cidade de Raqqa, conhecida como a “capital do Estado Islâmico”. A operação contou com o apoio da coalizão internacional, segundo à agência russa de notíciasSputnik.
Na quinta-feira, os aviões da coalizão lançaram panfletos sobre Raqqa apelando os civis para abandonarem a cidade.
Há alguns dias, o chefe do Conselho Democrático de Curdos, Saleh Muslim, e uma delegação da coalizão internacional realizaram um encontro na aldeia de Harab Ishq, onde eles discutiram a operação de escala contra o EI na província de Raqqa.
Tackir Kobani, representante das Forças Democráticas da Síria falou sobre os detalhes da operação futura à Sputnik.
– Os EUA e os países-membros da coalizão discutiram por muito tempo o problema da operação nos arredores de Raqqa. Os representantes americanos destacaram que a libertação de Raqqa pregará um murro destruidor contra os terroristas do Estado Islâmico. No encontro eles tomaram a decisão de começar o ataque de Raqqa. A operação foi realizada em três direções no mesmo tempo: do lado da represa Tisrin, das cidades Seregrar e Hasakeh. As forças da coalizão vão nos apoiar do céu e com armas – disse Kobani.
Desminagem em Palmira
A Força Aeroespacial da Rússia cumpriu plenamente a sua missão, tendo neutralizado cerca de 19 mil explosivos e examinado cerca de 116 km de estradas, comunica o Ministério da Defesa russo.
O ministro russo frisou que os sapadores já voltaram à Rússia, e só um grupo que realiza o treinamento de soldados da Síria está permanecendo aí.
– Os sapadores do Centro Internacional de Desminagem das Forças Armadas cumpriram plenamente a sua missão em Palmira. Uma área de 825 hectares foi examinada, bem como cerca de 116 km de estradas. Cerca de 19 mil explosivos foram neutralizados – disse Shoigu.
No dia 27 de março as forças do governo da Síria, apoiadas pelas forças aeroespaciais da Rússia tinham libertado a cidade de Palmira do Daesh, depois de 10 meses da sua conquista pelos terroristas. O grupo terrorista destruiu uma parte significante de ruínas históricas de Palmira, que são considerados como o Patrimônio mundial da UNESCO.
Depois da libertação de Palmira em 27 de março, a Rússia tinha enviado aí a sua brigada antibombas e robôs especializados imediatamente depois da reconquista da cidade.
Rússia
A Rússia está pronta para responder adequadamente à escalada da violência no Oriente Médio e ao reforço da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, em reunião com altos funcionários da pasta.
Shoigu especificou que, a partir de 25 de maio, a Rússia se reservará o direito de lançar “ataques unilaterais contra destacamentos de organizações terroristas internacionais e outras formações ilegais que não tiverem aderido ao regime de cessar-fogo” na Síria.
Damasco alega que destacamentos armados antigovernamentais intensificaram os ataques contra as tropas do governo sírio neste mês de maio, apesar da trégua acordada em fevereiro com a mediação da Rússia e dos EUA.
Por sua vez, Shoigu explicou que “as principais violações do cessar-fogo na Síria estão ligadas a tentativas por parte da Frente Al-Nusra e de seus aliados para minar a solução pacífica para o conflito”.
Presença militar dos EUA declina e protestos aumentam no Iraque
As guerras em que os EUA estão envolvidos no mundo, principalmente no Oriente Médio, têm se ampliado e, diante de fatores cada vez mais adversos, a degradação das forças armadas passa a ser um ponto de reflexão
Por Redação, com agências internacionais – de Bagdá
Ao menos quatro manifestantes contrários ao governo foram mortos e outros 90 ficaram feridos quando forças iraquianas de segurança os expulsaram da altamente protegida Zona Verde de Bagdá, disseram fontes de segurança neste sábado. A força dos protestos e o declínio da presença militar norte-americana tem sido observada, de perto, por analistas internacionais.
Forças de segurança do Iraque usaram munição, balas de borracha, jatos de água e gás lacrimogêneo na sexta-feira para dispersar manifestantes do distrito central, onde estão prédios governamentais, o Parlamento e diversas embaixadas, entre elas a dos EUA. De longe, o prédio que marca a presença yankee no país é o mais protegido.
Entre os milhares de manifestantes, havia apoiadores do clérigo Moqtada al-Sadr, inimigo mortal dos norte-americanos, e pessoas de outros grupos frustrados com o fracasso do governo em aprovar reformas anticorrupção e garantir a segurança. Na sexta-feira, o governo impôs por um curto período de tempo toque de recolher em Bagdá, e autoridades disseram mais tarde que a ordem havia sido restabelecida depois do protesto.
O total de mortos e feridos, compilado em quatro hospitais para onde foram levadas as vítimas, representa apenas os atingidos por balas e não inclui casos de sufocamento causado por gás lacrimogêneo.
Civis conseguiram entrar na zona verde duas vezes nas últimas três semanas, levantando dúvidas sobre a capacidade de o governo manter a segurança no local. Houve ainda um aumento nos casos de bombas neste mês, cuja detonação foi reivindicada pelo Estado Islâmico.
Presença inquientante
Ao longo das últimas semanas, a presença dos EUA no Iraque tem passado por momentos inquietantes. Os norte-americanos e seus aliados tiveram como alvo o Estado Islâmico em 18 ataques no Iraque e sete na Síria na sexta-feira, disse um porta-voz do exército.
Quatro dos ataques no Iraque ocorreram perto de Mosul, atingindo quatro unidades táticas do Estado Islâmico e três veículos, disse um comunicado. Na Síria, quatro dos ataques ocorreram próximos a Ar Raqqah e atingiram um esconderijo de armas do Estado Islâmico e um posto de checagem, acrescentou o documento.
As guerras em que os EUA estão envolvidos no mundo, principalmente no Oriente Médio, têm se ampliado para mais de duas décadas e, diante de fatores cada vez mais adversos, a degradação das forças armadas passa a ser um ponto de reflexão para os analistas militares. Neste sábado, um dos mais conhecidos sites analíticos dos EUA enumerou as razões devido às quais o exército norte-americano está lentamente se degradando.
O jornal norte-americano The National Interest publicou recentemente um artigo, da autoria do analista internacional Justin Johnson, em que o autor nota que há todos os fundamentos para considerar que o exército dos EUA está perdendo força.
O autor argumenta a sua opinião pelo fato de que nos últimos cinco anos o orçamento militar dos EUA foi reduzido quatro vezes o que, de acordo com Johnson, levou a consequências bastante negativas. Para mostrar toda a seriedade da situação ele também enumerou outros traços de “agonia” das Forças Armadas.
O primeiro é o fato de a redução orçamental obrigar os fuzileiros navais norte-americanos a procurar peças para os caças F-18. Eles as vão buscar aos aviões que foram considerados sucata e levados para museus das Forças Armadas. Apenas 30% dos aviões estão operacionais, segundo o jornal.
Diretor de segurança alerta que EI planeja ataques na França
A força policial francesa está sobrecarregada pelas tarefas adicionais de segurança do estado de emergência decretado após os dois ataques mortais de islâmicos
Por Redação, com Reuters – de Paris:
Militantes do Estado Islâmico estão se preparando para uma campanha de ataques a bomba em grandes aglomerações na França, que irá sediar a Euro 2016, o campeonato europeu de futebol, alertou o chefe de espionagem do país.
Os comentários raros de Patrick Calvar, diretor da agência de inteligência interna francesa (DGSI, na sigla em francês), ao comitê de defesa do Parlamento delinearam “uma nova forma de ataque… caracterizada pela colocação de artefatos explosivos em locais onde há grandes multidões e pela repetição deste tipo de ação para criar um clima de pânico máximo”.
– Claramente, a França é a mais ameaçada, e sabemos que o Daesh (denominação árabe do Estado Islâmico) está planejando novos ataques – afirmou Calvar ao comitê no dia 10 de maio, de acordo com uma transcrição de seu testemunho divulgada à mídia nesta quinta-feira.
Os comentários acontecem seis meses após militantes matarem 130 pessoas em atentados coordenados em cafés, bares, um estádio de futebol e uma casa de shows em Paris.
O diretor disse que o grupo militante possui voluntários para realizar as novas ações, incluindo cerca de 645 cidadãos franceses ou moradores do país vivendo atualmente na Síria ou no Iraque, dos quais 400 são combatentes. Outros 201 estão em trânsito ou nessa região ou para ela, acrescentou.
A Euro 2016 acontecerá entre 10 de junho e 10 de julho em 10 estádios por toda a França. Cerca de 2,5 milhões de torcedores são esperados nas 51 partidas entre 24 seleções. Também haverá “áreas de torcedores” com telões em grandes cidades.
A força policial francesa está sobrecarregada pelas tarefas adicionais de segurança do estado de emergência decretado após os dois ataques mortais de islâmicos extremistas em Paris em novembro e por manifestações frequentes contra reformas trabalhistas.
Mas o governo diz que todas as medidas de segurança estão ativas para garantir que o torneio ocorra sem transtornos.
– Não iremos baixar a guarda – disse o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, à rádio RTL nesta quinta-feira, quando indagado sobre as observações de Calvar.
Calvar disse que o Estado Islâmico ainda está usando as mesmas rotas imigratórias pelos Bálcãs para levar seus combatentes à Europa.
Pressionado pelos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos na Síria, o grupo radical pode voltar a realizar ataques em solo europeu para mostrar a seus apoiadores que continua forte.
Militares do Egito e Grécia continuam buscas do avião da EgyptAir
As buscas do A320 estão sendo intensamente realizadas por todos os serviços disponíveis, incluindo as aviações militares do Egito e da Grécia
Por Redação, com agências internacionais – de Paris/Cairo:
O vice-diretor da companhia aérea Egyptair, Ahmed Abel, declarou que a tripulação do avião A320, desaparecido dos radares nesta quinta-feira, não relatou quaisquer problemas técnicos ao deixar o aeroporto Charles de Gaule, em Paris, informou a CNN.
A aeronave, que seguia trajeto entre Paris e Cairo pelo voo MS805, com 56 passageiros e 10 membros da tripulação a bordo, desapareceu dos radares na madrugada desta quinta, 20 minutos depois de ter entrado no espaço aéreo da Grécia.
De acordo com as últimas informação prestadas por mídias árabes, o Ministério da Aviação do Egito já confirmou a informação de que a aeronave tenha se desintegrado no ar e caído no Mar Mediterrâneo.
Fontes relatam ainda que o último contato com a tripulação do A320 foi registrado 10 minutos antes de seu desaparecimento dos radares.
Já o canal de televisão SkyNews Arabia, informou que o avião transportava cidadãos do Egito, da Arábia Saudita, França, Grã-Bretanha e Iraque.
As buscas do A320 estão sendo intensamente realizadas por todos os serviços disponíveis, incluindo as aviações militares do Egito e da Grécia.
A EgyptAir criou uma equipe de operações de emergência, incluindo representantes de todos os serviços de aviação, para monitorar a situação.
Peças de plástico
Uma fragata grega em busca do avião desaparecido da EgyptAir encontrou dois grandes objetos flutuando em uma região do mar a 230 milhas ao sul da ilha de Creta nesta quinta-feira, disseram fontes da Defesa da Grécia.
Os dois objetos parecem ser peças de plástico nas cores vermelho e branco. Elas foram vistas próximo de uma área onde um sinal de transponder foi emitido mais cedo, disseram as fontes.
A televisão estatal grega ERT noticiou informação similar, dizendo que dois objetos “de cor laranja” foram localizados na mesma área.
O Airbus A320 mergulhou de uma altitude de 37.000 pés para 15.000 pés antes de desaparecer dos radares, acrescentou.
O primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, disse que as buscas pelo avião estão em andamento e que ainda é muito cedo para descartar qualquer hipótese, inclusive terrorismo.
O presidente francês, François Hollande, também afirmou que nenhuma hipótese pode ser descartada até o momento. “Infelizmente a informação que temos… confirma que o avião caiu e está perdido”, disse Hollande. “Nenhuma hipótese pode ser descartada, nem qualquer uma pode ser colocada acima de outra”.
Autoridades da companhia aérea e do departamento de aviação civil do Egito disseram à Reuters acreditar que o avião caiu no Mediterrâneo entre a Grécia e Egito.
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