Reflexão do Coronel Boby (2)
A Frelimo queria acabar com a Renamo, para, de seguida, silenciar toda a
oposição à maneira angolana, fonte de inspiração de Filipe Nyusi, diabo
denunciado pelo Anjo Dom Jaime, poucos dias antes de falecer. Se há quem deve
estar com consciência pesada, esta pessoa é mesmo Filipe cujo poder está sendo
questionado dentro do próprio partido havendo já bocas quentes que dizem: está
ai xingondo a mandar matar outros xingondos, por isso, único mandato para o
gajo antes que nos leve a derrota. Só que a derrota é inevitável, quer em campo
de batalha quer nas urnas. Com poucos meios, materiais e humanos, abalamos todo
o sistema corrupto da Frelimo, forçando-a a estar na defensiva, fazendo
confissões descabidas ao mundo sorridente do espectáculo gratuito. Nós, os
resistentes, revelamos aos indecisos ou aqueles que sob a pressão do opressor
com ele ainda colaboram, de que lado está, na verdade, a força, o poder, a lei
e a justiça. Na Renamo!
A
História da Frelimo está, toda ela, redigida com sangue. O sangue do meu irmão,
o sangue do teu irmão, o sangue dos estrangeiros, o sangue das invejas, dos
ódios, das cobiças que entre si dividem os imigrantes de Nachingueia; o sangue
de muitos inocentes tombados às mãos assassinas do actual império do mal.
Filipe Magaia, Lino Abrãao, Sansão Muthemba, Eduardo Mondlane, Samora Machel,
Marcos Mabote, Bonifácio Gruveta? são apenas nomes de homens que entre si se
mataram numa luta cega pelo poder e por todos os privilégios mundanos que lhes
advinham através das ajudas financeiras vindas de muitos países do mundo, em
nome do sofrido povo moçambicano.
Folha por folha, toda a História da Frelimo está redigida com sangue
que, por ironia, é a cor dos seus vestes e o símbolo mais visível na sua
bandeira. A Frelimo veio como uma virgem insegura que decide envenenar tudo o
que seja virgem a seu lado, antes da lua de mel. Aprisionou todos aqueles que
também lutavam contra o regime colonial-fascista e obrigou tantos outros a
confissões ultrajantes, ainda na sua floresta da Tanzânia. Desde que recebeu o
poder sem ter ganho a guerra, a sua governação é constituída por uma bicha
interminável de crimes urbanos e rurais. Irmãos Bomba, Orlando Cristina, Evo
Fernandes, por um lado, Carlos Cardoso, Siba-Siba Macuacua, Silica, Gilles
Cistac, Paulo Machava, Dangerman, Vilanculos, para citar os nomes familiares,
são o troféu que a Frelimo oferece a quem queira questioná-la. Hoje, como
nunca, o mal está no topo e já não é possível ser escondido.
Filipe
Nyusi, provavelmente o último presidente da Frelimo no poder, fez o que nenhum
de seus antecessores conseguira em tão curto espaço de tempo. Com sorriso
traiçoeiro, aprovou a criação de esquadrões de morte contra os
opositores; prometeu a liberdade aos que escraviza; prometeu a riqueza aos que
empobrece; prometeu felicidade aos que infelicita; prometeu o paraíso a quantos
lança ao inferno e nega aos outros moçambicanos o direito a moçambicanidade,
porque não são da Frelimo. Isto por si só, é uma obra digna do best seller. As
façanhas deste destruidor de esperanças de trabalhadores dos CFM-Nampula, não
terminam por aí. Enfraqueceu a Frelimo, de tal sorte que é, já hoje, odiado no
seio do próprio partido. No lugar de dar pão ao povo, trouxe-lhe armas e balas,
deixando os cofres do Estado vazios. E para justificar os roubos que a mão dele
ajudou a efectivarem-se os quais empobreceram o país, tenta agredir a Renamo,
desde 8 de Março de 2012, em Nampula. Esta guerra que a Frelimo e Filipe Nyusi
nos movem é uma guerra de interesses dos ladrões que a sustentam, onde, embora
a figura de Armando Guebuza cada vez mais agigante, há uma rede de interesses
com denominador comum: o crime organizado. Na Frelimo, quanto maiores e mais
horríveis forem os crimes maiores são as chances para subir no poder. Só quem
tem bife na boca não terá consciência para mover palha, é assim que dissera um
outro sanguinário, Samora Machel. As mulheres, inocentes que são, participam do
crime da Frelimo por aquilo que o deputado Muchanga chamou de «servir chá de
calcinha». Apesar desta teia complicada do mal, nós, a Renamo, temos sido
capazes de defender as suas maiores vítimas: o povo, a quem foi prometida a
liberdade mas perpetuadamente entregue a doenças, à fome, à prostituição,
verdadeiramente abandonadas por um regime esgotado. A opressão aumentou e
quando era de esperar que as organizações de direitos humanos, as confissões
religiosas e respectivos bispos se pronunciassem, só temos a certeza no
silêncio cúmplice.
Porém,
por mais doloroso que seja este capítulo, não podemos dissocia-lo das
características próprias de um regime em queda e que já foi abandonado pelos
seus amigos africanos, nos quais confiava para aniquilar a Renamo e com ela a
Democracia. Acabar com a democracia é a máxima da Frelimo que os corifeus do
marxismo-leninismo ainda não esqueceram e em que continuam a sonhar. Esta
guerra que a Frelimo move contra nós tem objectivos obscuros entre os quais
exterminar populações inteiras ou despovoar as regiões sob influência da Renamo
para tornar impossível qualquer censo eleitoral já que, em caso de uma eleição,
o timbre da derrota está na testa de cada frelimista. A guerra que a Frelimo
nos move, tem o objectivo de não dar educação aos filhos dos membros da Renamo
para impedi-los do conhecimento da verdade. Por isso as escolas fecharam, mas o
dinheiro que deveria ir para esse povo dividem entre eles. A Frelimo
fechou hospitais nas áreas sob influência da Renamo e o dinheiro de tudo
o que seria para estas regiões dividem entre si. A Frelimo está a exterminar a
juventude por meio do serviço militar obrigatório. Os envia para virem matar as
populações das regiões dominadas pela Renamo e em caso de recusa eles próprios
encarregam-se de os exterminar e jogá-los em valas comuns. Hoje, o ar puro das
matas de Gorongosa está poluído, de corpos em putrefacção. Como o Presidente
Afonso Dhlakama tem reiterado que só com a juventude o país avançará, queremos
reafirmar que o jugo imposto pela Frelimo aos moçambicanos está sendo deitado
abaixo, pedra a pedra. A juventude formada como não, poderá ter oportunidades
de empregabilidade, quando a tempestade passar. O ambiente de negócios será
estabelecido e a corrupção, uma palavra a mais nos discursos de Filipe Nyusi,
acabará. Esta guerra é uma guerra do Sul contra o Centro-Norte, mas
também dos Machangane contra makonde. Mas porque o poder reside no povo que
massivamente votou na Renamo e em Afonso Dhlakama, nisso reside toda a razão
deste querer unânime que se levanta contra a Frelimo e ante o mesmo inimigo se
ergue uma muralha de vontades que a Frelimo jamais destruirá.
Não nos
enganemos com as vozes isoladas de Teodato Hunguana, de Graça Machel, de
Verónica Macamo, de Sérgio Vieira e outros Reis e rainhas da desgraça. Eles são
o prolongamento da nossa miséria e temem perder os privilégios acumulados
a custa do sofrimento do povo. Não é hoje que devem apelar ao bom senso, pois
eles também tinham e ainda têm uma parcela de responsabilidade naquilo que
devia ter sido feito e não se fez, da escola que devia funcionar e nunca foi
construída, do hospital que devia ter sido aberto e nunca foi colocado, da
maternidade que devia ter sido inaugurada e nunca foi sequer admitida, da
machamba que se devia ter implantado e nunca ali se ficou, da fábrica que
deveria ter recebido centenas de operários e nunca tocou a sirene da sua
existência. Todos eles são responsáveis, uns mais e outros menos, por este
vazio medonho. A propaganda da Frelimo, impregnada de todas as falsas promessas
que em 40 anos ainda não foram cumpridas e que nunca o virão a ser, tem sido
conseguida perante o silenciamento dos órgãos de Comunicação Social privados e
manipulação dos públicos. Mas, sobretudo, pelos vendedores de consciência e
peritos em agitações de massas, exploradores das fraquezas de um povo que vivia
em paz. Reafirmamos que com o nosso suor, sangue, lágrimas e sacrifício
de poucas vidas do nosso lado, escrevemos, no curto espaço de tempo, uma das
mais gloriosas páginas do nosso exército, páginas estas que ficarão para sempre
gravadas a oiro na memória de todos os moçambicanos. A Frelimo está,
felizmente, em queda. Que cada um faça a sua parte para acelerar a queda do
castelo. Se houver louça válida por dentro, prometemos reutilizá-la.
Coronel
Boby, Gorongosa, 05-05-2016
(Recebido
por email)
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Comments
Francisco Moises said...
E com muito interesse que
leio alguma coisa vinda da Renamo, vinda de Gorongosa, e nao aqueles
balbuciamentos do Antonio Muchanga ou da Ivonne Soares e doutros da Renamo que
comem com os corruptos, ladroes, supergatunos e terroristas da Frelimo em
Maputo.
So uma palavra de aviso a Renamo
que agora parece nos ler em Gorongosa. Por favor nao ajudar a Frelimo a esgotar
o sangue do povo com precipitacoes de ir "falar, dialogar, negociar com a
Frelimo" e fazer acordos precipitados e absurdos que militam a favor da
Frelimo como infelizmente ja se fez por varias vezes no passado. Acordos estes
que custam caro a Renamo e ao povo e promovem a criminalidade da Frelimo contra
a humanidade.
Tenho que ser muito sincero. Os
mocambicans de hoje nao sao os mocambicanos dos anos de 1970s. Os mocambicanos
de hoje sabem ser sarcasticos e cinicos. So apoiarao pessoas por merito e nao
por causa de meras palavras e promessas de democracia faladas por alguns de
bocas cheias com um senso de deshonestidade na cabeca.
A democracia tem que ser aquilo
que e: um monumento edificado pedra a pedra atraves de comportamento, tradicao
e cultura. A democracia e a voz de cada um e e a voz de todos.
A democracia tambem se faz com a
mudanca de lideres e nunca jamais como o mesmo lider por 10, 15, 20, 30, 40
anos. Mudancas fazem se por voto ou o lider deve se resignar ou se demetir
depois dum dado tempo. Um pais, um partido ou uma organisacao que mantem o
mesmo dirigente indefinitivamente ou com um lider vitalicio esta condenado a
ser uma palhacada, a ser uma farca e nao pode declarar-se amante da democracia
e da liberdade.
A preocupacao de muitos de nos e
que a propria Renamo venha mais uma vez a correr para os convites absurdos do
Nyusi para fazer acordos de auto-traicao. E melhor esquecer o Nyusi e a sua
Frelimo e dedicar-se ao seu derrube e assim os valorosos combatentes da Renamo
serao valorisados e a sua accao estara escrita a ouro nos anais da historia de
Mocambique.
2
THIMBUINE said...
Todos balbuciam. Todos
miam. Todos ladram. Falou muito bem coronel. Hoje a dona Graça, o sr. Sergio,
ou seja quem for têm as mãos limpas? Não têm vergonha quando aparecem nas telas
de televisão a falar bujardas.... Só uma questão camaradas da teia dos ladrões
como vos chama o general Zeca: A quem acham que enganam? Os moçambicanos? os
xigondos, como acham e vos enganais? Um conselho: Por favor enganem vossos
filhos....Basta! Nós estamos saturados das vossas aldrabices....Basta! Fora! O
povo vai vencer o vosso regime pacato!
3
Mr. Helsin said...
Força Coronel,que não se
fale de diálogo como o Muchanga e a Ivone vem apelando nos últimos dias, o
diálogo é para os fracos a guerra é para os fortes. Assim nos ensinaram, assim
que devem aguentar.
José Horácio Lobo revela
Milhares de moçambicanos refugiados
no Malawi devidos os conflitos armados entre as Forças de Defesa e Segurança e
os homens armados da Renamo, pedem um cessar-fogo urgente para retomarem as
suas vidas de modo que as crianças possam ir a escola.
Segundo o Chefe Adjunto da Bancada do
Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José Horácio Lobo, os refugiados que
vivem no Malawi relatam que as forças do Governo na sua fase de recuo, durante
o combate que tem tido com a RENAMO, chegam às aldeias incendeiam as casas e
celeiros e matam os moradores, alegando que a população alberga os apoiantes da
Renamo. Lobo, fez estas revelações na Capital moçambicana após a delegação
parlamentar do MDM ter visitado os campos dos refugiados localizados em Luwane
e Kapisse no Malawi, e zonas de Angónia e Tsangano na Província de Tete, onde
segundo a fonte, estabeleceu um diálogo que lhe permitiu perceber o drama pelo
qual passam os moçambicanos.
“Mariete Francisco, do povoado de
Ndande, foi barbaramente assassinada à faca na presença dos seus familiares,
acusada pelas tropas do governo de ser mulher de um dos homens da RENAMO”,
revelou Lobo.
De acordo com José Lobo, refugiados
contactados pelo MDM, afirmaram claramente que têm medo das tropas do governo
porque queimaram-lhes as suas casas, celeiros e roubaram-lhes animais como
cabritos, porcos, galinhas e patos.
Lobo, vai mais alto ao afirmar que os
factos no terreno desmentem a tese com que o governo tem vindo a relata à
comunidade nacional e internacional de que alguns moçambicanos já começaram a
retornar à pátria.
“Procuramos saber se já há retornos
dos moçambicanos do Malawi para Moçambique, eles dizem que não existe nenhum
moçambicano a regressar porque tem medo das tropas governamentais que ainda
estão naquelas áreas. Eles dizem que enquanto não haver paz e condições gerais
em Moçambique nunca regressarão”, concluiu Lobo.
O DIA – 06.05.2016
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