EDITORIAL:
O Governo da Frelimo, liderado por Filipe Jacinto Nyusi, continua ainda sem humilde suficiente para admitir que o país vai a pique por conta da corrupção organizada e políticas desestruturadas implementadas desde a Independência Nacional. E o pior de tudo, não admite que é a razão de todos os problemas que Moçambique atravessa.
A cada dia que passa, as informações sobre as dívidas ilegalmente contraídas pelo Estado mostram que o país está à beira de um colapso, do qual só sairá após um fundamental resgate. Mas, diante dessa situação calamitosa, o Chefe de Estado prefere fazer de conta que o problema não é tão grave como parece, mergulhando, assim, o país no fundo do pântano do “tanto faz”. A título de exemplo, Nyusi, na sua primeira declaração pública em relação à vergonhosa dívida, comparou a mesma à malária, afirmando que é preciso ver se faltou "uma rede mosquiteira, se há charcos lá fora ou se é preciso fumigar" o espaço.
Na verdade, o que Filipe Nyusi não quer admitir, talvez por cumplicidade ou conforto, é que a situação do país equipara-se a um cancro, que já começou a arruinar o prestígio do país diante dos seus parceiros estatégicos e investidores. Após o Fundo Monetário Internacional (FM), o Banco Mundial (BM) e o Reino Unido, suspenderem a ajuda a Moçambique, foi a vez do grupo de doadores europeus do Orçamento do Estado suspender temporariamente a sua ajuda financeira ao nosso país.
Com o andar da carruagem, o país corre o risco de ver outros doadores a tomarem a mesma decisão, como forma de pressionar o Governo da Frelimo a mostrar transparência e desfazer-se da sua vaidadizinha política que o caracteriza. A situação vivida nos últimos tempos por si só é bastante preocupante. Se a suspensão se mantiver por longo período, espera-se, nos próximos tempos, momentos críticos na vida dos moçambicanos. A população careciada, como sempre, será a principal vítima dessa dura situação.
É bom que se diga, durante a sua intervenção, o Presidente Nyusi não teve a humildade de referir ao destino dado a mais de dois biliões de dólares norte-americanos que oficialmente, e com transparência, apenas se sabe que 350 milhões de dólares norte-americanos foram pagos ao estaleiro francês Construções Mecânicas da Normandia. Pelo contrário, ele atreve-se a fazer uma analogia deprimente e muito infeliz. A atitude do Presidente da República não passa, portanto, de uma desculpa de mau pagador.
@VERDADE - 06.05.2016
EDITORIAL: O país vai a pique, qual Titanic
Chorar é o que nos resta fazer como um povo, como moçambicanos. Até porque nunca, em tão pouco tempo, coincidiu tanta notícia má para o sofrido povo moçambicano que, de Janeiro a Janeiro, é obrigado a viver à intempérie. O que já era difícil para a população moçambicana, agora piorou. E, pelo andar da carruagem, tudo indica que os tempos que se avizinham serão de terror, de duros golpes na mesa dos moçambicanos. Serão tempos de apertar o cinto mais do que já está apertado.
Estamos mergulhados numa crise. Aliás, é uma crise que não vem apenas das dívidas de EMATUM, Proindicus e quejandos. É uma crise provocada pela corrupção, nepotismo e trocar de favores que sempre abundaram neste rochedo à beira do Índico. É uma crise causada por 40 anos de incompetência mórbida. As principais vítimas dessa crise causada pelos bandidos de sempre continuam sendo os mesmos: os moçambicanos que vivem nas províncias, os moçambicanos que vivem longe da capital do país, moçambicanos que vivem onde as assimetrias são de bradar aos céus.
Se na capital do país a crise começou a se fazer sentir com a descoberta das avultadas dívidas contraída ilegalmente pelo Governo da Frelimo, o mesmo não se pode dizer do resto do país. Há anos que o resto de moçambicanos, que contribuem para a construção de circulares e pontes em Maputo, vive a pão e água, e sem saber o que vai comer no dia seguinte.
É importante que se diga que, ao longo desses anos no poder, o Governo da Frelimo, em particular o Executivo de Nyusi, já provou ser um bom exemplo de incapacidade e incompetência. Todos os dias, com as suas atitudes obscuras, a mensagem que o Governo da Frelimo transmite aos moçambicanos é: “agarrem-se, ó bando de povo-parvo! Pois, vão cair. O país vai a pique qual Titanic”. Só não dizem ao que o povo se deve agarrar.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, e os seus títeres da côrte estão metidos a especialistas na arte de vender peixe podre no estrangeiro, junto ao seu verdadeiro patrão. Querem convencer aos moçambicanos de que estão preocupados com a precaridade em que estes se encontram, quando, na verdade, é sabido que o país caminha alegremente para o abismo.
Portanto, os tempos que se seguem são de fome, embora o Governo da Frelimo desdobra-se em desdramatizar o problema e a fazer crer que a situação vai-se normalizar. Só nos resta chorar. Choremos, compatriotas!
EDITORIAL: A (tão desejada) Guerra!
Parece que não, mas a situação que vivemos hoje, eufemisticamente denominada por tensão político-militar, é, na verdade, o resultado de uma acção terrorista zelosamente planeada, nos seus mínimos detalhes, pelo Governo da Frelimo.
Ora vejamos: enquanto entretia os moçambicanos com os seus discursos enfadonhos sobre a consolidação da Paz e outras trapaças, o ex-Presidente Armando Guebuza investia milhares de milhões de meticais no exército. A título de exemplo, entre 2011-2014, as despesas do Ministério da Defesa, dirigido na altura pelo actual Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, cresceram mais do que o investimento nos sectores de Educação e Agricultura. Grande parte desse investimento foi efectuado violando a Lei Orçamental, para além de não ter tido a devida autorização da Assembleia da República.
Dito sem metáfora: o Governo da Frelimo investiu em material bélico, hipotecando o sonho de milhares de moçambicanos, razão pela qual presentemente assistimos à falta de vontade política para se colocar um ponto final nesse conflito que tem vindo a tirar o sossego do povo. Centenas de moçambicanos perderam a vida e outras milhares buscam refúgio nos países vizinhos por conta dessa guerra silenciosa na qual subjaz interesses económicos de meia dúzia de pessoas ligadas ao partido no poder.
Os acontecimentos dos últimos tempos, diga-se em abono da verdade, seriam motivos mais do que suficientes para um Chefe de Estado pôr a mão na consciência e reunir-se urgentemente com o líder da Renamo. Mas parece que o senhor Nyusi, apoiado por uma horda de seguidores esquizofrénicos, prefere assobiar para os lados e continuar a proferir os seus vazios discursos naquele tom fúnebre e cínico que o caracteriza.
Actualmente no poder, o Presidente Nyusi está a fazer nada mais nada menos do que seguir os passos do seu antecessor. Esporadicamente, ele simula estar deveras preocupado com a situação que se vive no país e, por outro lado, permite os ataques militares cuja principal vítima é o povo.
Na verdade, Moçambique vive, hoje, a segunda Guerra Civil. Mas há interesse de fazer de conta de que nada está a acontecer, enquanto centenas de moçambicanos estão a ser usados como carne para canhão, devido à falta de escrúpulos de uma corja de gananciosos, que se vão tornando senhores de guerra. Em suma, o que temos vindo a assistir nos dias que correm é um conflito armado desejado e diligentemente planificado por Guebuza, Nyusi e os seus sequazes.
@VERDADE - 11.02.2016
GUERRA - SOPA DO DIÁLOGO DA PAZ ENTRE O GOVERNO E A RENAMO
Tem sido o hábito dos melhores restaurantes do Mundo, servir sopa aos seus clientes como aperitivo antes de servir a devida refeição!
Ora numa interpretação política, em relação "à sopa", queremos dizer que o conflito que opõe entre Governo e à Renamo, não terá a victória militar como a solução absoluta para alcançar a PAZ!
Mas neste momento estranhamos à decisão do Governo de recorrer à força para desarmar à Renamo, sabendo sistematicamente que não vai desarmar totalmente à Renamo por via da guerra, mas sim no fim ao cabo, terá que sentar numa mesa de negociações com a Renamo afim de alcançar à PAZ por via do diálogo e não da guerra!
A Promessa do General KHALAU, de derrotar os grupinhos insignificantes da Renamo dentro de algumas semanas porque julga contar com o "apoio de Dlhakama" este, que está fora do alcance das forças governamentais, não constitui uma promessa credível e nem constitui também novidade em relação aos conflitos similares que já se travaram neste país!
Nós pensamos que o General KHALAU é um militar com muita experiência, que não poderia enganar os seus superiores, prometendo varrer os homens residuais da a Renamo num instante como se tratasse, varrer uma teia de aranha!
O General deve encorajar aos seus superiores hierárquicos a optarem por uma solução política e não militar!...
O Governo ciente deque o presente conflito militar que está a promover, irá culminar com um acordo pacífico, então surge uma pergunta, porquê à guerra como aperitivo para alcançar à desarmação Renamo? Porquê não promover imediatamente um diálogo político-directo sem recorrer à guerra? Prazer de ver o jorrar de sangue inocente?
O PIMO, rejeita essa estratégia de recorrer à guerra como "A SOPA DA PAZ" porque essa sopa é confeccionada com a carne dos militares de ambas partes e dos civis inocentes e não com legumes! Que dificuldades teria o Governo para servir à PAZ aos moçambicanos sem recorrer a Guerra antes de sentar na mesa das negociações ?
Estão a morrer os nossos filhos nas Forças de Defesa e Segurança, assim como os que estão do lado da Renamo, somente para defender os interesses obscuros duma meia dúzia de pessoas e não dos interesses da Nação Moçambicana!
A Nação moçambicana, não autorizou o Governo do Presidente Nyusi, à recorrer ao exército republicano para dirimir conflitos políticos entre o Governo e a oposição!
A Nação moçambicana, ainda sente-se habilitada a promover e supervisionar o diálogo pacífico com a Renamo, com vista a criar um clima bastante atraente para a Renamo e os seus homens desarmarem-se voluntariamente e passarem à odear à violência para nunca mais! ...
A Nação Moçambicana deve condenar severamente ao Governo por crime de abuso ao poder estabelecido constitucionalmente no país, pois cada munição que está a ser disparado, num estado de direito e democrático, constitui um património dos contribuintes do imposto que assegura o orçamento geral, cujo o uso pelo governo depende da autorização dos outros órgãos independentes do mesmo Estado de Direito!
A Nação moçambicana, deve responsabilizar aos tutelares do poder do Estado para indemnizar o sangue e à vida aos familiares das vítimas deste macabro conflito, a partir do dinheiro dos seus bolsos e não do erário público, pois esta guerra não faz parte duma estratégia para a defesa dos interesses Superiores da Nação, mas sim à defesa dos interesses particulares da "MINORIA ESMAGADORA" que nem chegam a se confundir com a dimensão dos interesses partidários!
Esta é a distância que separa entre o discurso da tomada de posse do novo Chefe do Estado que garantia à PAZ genuína em relação a presente campanha de derrame do sangue dos cidadãos inocentes, que ultimamente desmente ao mesmo discurso!
Não há razão do próprio Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, rasgar o seu próprio discurso, que nutre tanta confiança aos moçambicanos sobre o seu carácter pacífico e humanista que lhe difere bastante do temperamento dos seus antecedentes Estadistas na Chefia da Nação!
O PIMO, continua a acreditar que o melhor ambiente para o diálogo sobre a PAZ, em Moçambique deve ser encontrado num clima de valorização mútua entre os intervenientes e condena qualquer estratégia de condicionar o início do diálogo num clima de humilhação entre as partes!
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