sexta-feira, 29 de abril de 2016

Há que aproveitar a história para nos ajudar a pensar no presente.




Gito Katawala
 para 


Há que aproveitar a história para nos ajudar a pensar no presente. O que se aprendeu e o que se consolidou, não deve ser arquivado e esquecido nas gavetas e estantes neurónicas do saber. A história tem que ser usada para nos lembrar do bom e do mau da humanidade e do ambiente que nos rodea.
Os do meu tempo, que já sabiam ler no primeiro ano da independência, os fundadores da organização dos continuadores, impulsionadores da organização da juventude, tínhamos no 1°de Maio uma ocasião para desfilar e exibir criatividade. Tudo se preparava ao detalhe com cartazes e dísticos revolucionários e vanguardistas. A mensagem que se propagava era sobre o direito do trabalhador, a luta contra a exploração do homem pelo homem, direitos sindicais, exaltação do proletariado enfim, uma gama completa de aforismos que desafiava o imperialismo e o capitalismo ocidental.
Os trabalhadores moçambicanos hoje não estão em melhores condições que os de há 30 anos atrás. Se estão, é por apenas uns poucos pontos na fasquia do consumismo e das aspirações de um futuro melhor prometido depois de 1992. É difícil qualificar e quantificar a evolução do trabalhador em função do exercício sobre o movimento uniformemente variado, isto é, a velocidade inicial, a aceleração e a distância percorrida. Uns poderão questionar sobre o aumento a melhoria de algumas infraestruturas, o número de utentes das instituições de ensino e por consequência a integração nos avanços tecnológicos à escala global. Mas antes de limitarem o questionamento, pensem no princípio da proporção directa, isto é, a relação entre duas grandezas ou variáveis que crescem ou decrescem juntas. Então as infraestruturas e outros supostos ganhos, são proporcionais ao crescimento da população? Quantos milhões éramos em 1975? 1977? 1992? 1994? 2004?
Ora, eu queria chegar ao seguinte ponto: em história aprendemos sobre a origem e o simbolismo do 1°de Maio, as manifestações dos trabalhadores para enviarem mensagens ao patronato, reivindicação de direitos e deveres. Com o estado actual da economia e instabilidade social, is trabalhadores teriam no 1° de Maio, uma ocasião "soberana" para manifestar-se e ter as FDS representadas pelo seu sindicato marchando lado a lado com os outros trabalhadores. A UIR seria anulada à um papel ridículo de protector de uma ordem pública controlada pelos trabalhadores.
Os ensinamentos da história, deviam proporcionar um momento de reflexão, camaradagem e solidariedade entre os trabalhadores. Não era assim nos outros tempos?
Saudades do tempo em que fazíamos parte das festividades, o canto, a dança, a folia. Era um autêntico carnaval. Bons tempos da nossa doutrina, quem se lembra?
Abraço patriótico!
É do tipo assim: "vamos contrair dívida para o povo pagar. Com parte do valor desta dívida vamos comprar armas para esmagar o povo"!

Comentários
Calton Cadeado Sugiro que revisite a Bélgica e pergunte se o país precisa ou não de armas ou de polícia de choque! Sugiro que visite a Noroega e pergunte se o Estado não de armas. Pergunte os EUA se o Estado não precisa de armas. Visite o debate entre Rosseaux e Hobbes sobre a natureza humana e aplique a realidade em todo o mundo. Depois diga para si qual é o Estado no mundo que não tem armas para usar para fins defensivos, para dissuasão, primeiro! Sugiro que visite o Realismo defensivo e o Realismo Defensivo e explique para si e para os leigos a necessidade que os Estados têm de comprar armas.
GostoResponder18 h
Ze Pessene Calton Cadeado leia a obra de Francis Fukuyama, uma obra que se aplica a sociedades hodiernas: O Ultimo Homem.
Ze Pessene Entendo que o Homem seja o lobo do Homem porem queremos politicos com Abnegação...
Rildo Rafael Calton Cadeado também sugiro a leitura de Charles Louis de Secondant Barão de La Brede e de Montesquieu (Na sua obra ''Espírito das Leis'') e Alexis de Tocqueville na sua obra ''Antigo Regime ea Revolução'' e ''Da Democracia na América''...Excelentes para complementar Rousseau e Hobbes)...Um abraço
Calton Cadeado Pegue o paradigma neoliberal e analise a situação das armas em Moçambique e no mundo. Você vai descobrir um pouco das razões pelas quais temos as nossa forças armadas e policiais desprovidas de capacidades defensivas e ofensivas. Sugiro que vejas o significado das incertezas e das desconfianças nas Relações Internacionais. Procure diplomatas e militares que participaram na destruição das nossas FDS com base no paradigma neoliberal. Se não conseguires podes me procurar para eu te explicar factos que estou a estudar desde 2003!
GostoResponder8 h
Lindo A. Mondlane O problema nao esta ou nao na militarizacao do estado, q é necessario.. Esta na privatizacao dessa militarizacao, no caso concreto na vigilancia costera.. Para q serve a marinha si se pode contratar empresas privadas com o dinheiro de todos e os beneficios para uns poucos, fazer o trabalho de um ramo do exercito??? Q intencoes havia ai???
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Borges Nhamirre Nem mais Lindo. Já concessionamos tudo: estradas, pontes, linhas férreas e portos. Agora vamos concessionar defesa e segurança? Num Estado com grande problema de interritorialidade?
Mauricio Pimenta Compatriota Borges. Quero concordar consigo, mas tenho alguma duvida pk kero eu acreditar k tens na sua posse catanas, martelos, machados e pk os compraste para te-los como instrumento de uso domestico. Estes nao constituem perigo para os vizinhos, mas tenho certeza de k se te aparecer uma cobra, jacare ou klker coisa k ponha em causa a sua seguranca, cetteza k iras reforcar estes instrumentos. Desculpe meu compatriota
GostoResponder16 h

Borges Nhamirre Professor Calton é sempre indispensável uma conversa consigo sobre um tema tão importante e de que sou grande interessado.

Vamos marcar.
Sobre o post não é necessariamente sobre o armamento do Estado (em voz baixa deixa dizer que sou a favor) mas sobre como elas são usadas.
E agora sobre quem as adquire.
Eu lhe ligo quando chegar a Maputo pra conversarmos.
Antes de conversar com diplomatas e militares devo fazê-lo com o meu professor. Acho sensato.


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