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Adriano Maleiane: um conselho !!
Quando o Presidente Filipe Nyusi foi buscar Adriano Maleiane para ocupar a pasta de ministro da Economia e Finanças, vários sectores com interesses empresariais no país, aplaudiram a iniciativa. A sua nomeação era vista como um fortalecimento dos quadros do Governo de Filipe Nyusi.
Antes de tudo deixem-me vos dizer quem é Adriano Maleaine:
De acordo com o seu CV, publicamente conhecido, Adriano Afonso Afonso Maleiane, nasceu aos 6 de Novembro de 1949, na Matola, província de Maputo. É licenciado em Economia pela Universidade Eduardo Mondlane, e Mestre em Economia Financeira pela Universidade de Londres. Maleiane iniciou a sua carreira bancária em 1973, na Casa Bancária de Moçambique, tendo passado depois para o Banco Comercial de Angola em 1974. Em 1977, no quadro da reestruturação da Banca, foi transferido para o Banco de Moçambique, tendo desempenhado várias funções, sendo de destacar as de chefe de Sector de Importações e Exportações, director de Crédito e Transportes, Administrador, e Vice-Governador. Por Decreto Presidencial, em 1983 foi colocado na Empresa Estatal Citrinos de Maputo e um ano depois nomeado Director Nacional de Economia Agrária, no Ministério da Agricultura, até 1986 altura em que retomou a sua carreira bancária no Banco de Moçambique.
Foi Governador do Banco de Moçambique de 1991 até a sua reforma em 2006. Dirigiu o processo de transformação do Banco que, até 1991, desempenhava também a função de banco comercial, para as funções exclusivamente de Banco Central. Participou na negociação da dívida externa no quadro do clube de Paris e Londres e no processo que conduziu a selecção de Moçambique como beneficiário do Programa de redução da dívida (HIPC) e, posteriormente, perdão de uma parte significativa da dívida moçambicana.
É Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Fundo de Pensões do Banco de Moçambique – Kuhanha. É Presidente do Conselho de Administração, não executivo, da empresa Maleseguros-Correctores de Seguros, Lda, Administrador, não executivo, das empresas Tongaat Hulett e das três empresas do Grupo Sasol em Moçambique. É Presidente do Conselho de Administração da Visabeira, Docente Assistente e Regente da cadeira de Sistema Financeiro na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane. No âmbito de Condecorações e Louvores, recebeu do Governo francês a Medalha de Cavaleiro da Ordem Nacional de Mérito em 1998 e a da Presidência da República de Moçambique, a Medalha Eduardo Mondlane de segunda ordem e o Diploma de Honra pelos serviços prestados ao País, ambas em 2005.
Adriano Maleiane foi eleito Ministro Africano das Finanças do Ano 2016 pela The Banker, uma instituição internacional de análise financeira. O título é atribuído aos ministros que se esforçaram para estimular o crescimento e estabilização das economias dos seus países. Contou para a conquista de Maleiane, segundo aThe Banker, o facto de ter, em pouco tempo no cargo, imposto disciplina e concluído reformas necessárias no sector que dirige.
Indo ao âmago do meu conselho:
A folha de serviços de Maleiane, como ficou demonstrado a cima, fala por si. E em menos de um ano como ministro das Finanças, fez um trabalho exemplar, embora tenha encontrado um ministério desorganizado, herança deixada pelo seu antecessor, Manuel Chang. Em razão disso, Maleiane está agora a gerir trambiquices criadas por aquele.
Importa aqui referir que eu, Nini Satar, o meu primeiro contacto pessoal com Adriano Maleiane, foi nos fins de 1994. Ele fez uma visita relâmpago a UNIMODAS – loja da minha família – e num canto da loja tínhamos o embrião daquilo que chamar-se-ia UNICÂMBIOS.
Naquela altura, as casas de câmbios funcionavam dentro de um estabelecimento com um outro ramo de actividade. Maleaine veio num sábado de manhã e estava trajado de fato de treinos. Em conversa com ele, agradeci-lhe pela visita ao que me respondeu que estava de passeio. Foi nessa ocasião que aproveitei para lhe dar a minha humilde opinião, já que eu sugeria que as casas de câmbios não deviam estar a funcionar dentro de outros estabelecimentos comerciais. Ele acolheu a minha ideia com satisfação.
Nessa mesma ocasião, comuniquei-lhe que iríamos abrir a UNICÂMBIOS II, na Avenida Julius Nyerere, a pioneira da zona alta da capital moçambicana. Isso foi em 1995. Depois da inauguração, ele mandou um postal a parabenizar-nos.
Taxas de câmbios
Nessa altura de que vos estou a falar, eu tinha menos de 18 anos. A taxa de câmbio do Banco de Moçambique estava a 8 meticais o dólar. Nas casas de câmbios estava entre 9 a 10 meticais o dólar. Foi nessa altura que tomei a coragem de publicitar a minha tabela de câmbios no jornal notícias. A minha publicidade vinha ao lado da do Banco de Moçambique.
Com menos de 18 anos de idade eu Nini Satar já entrava em concorrência com o Banco Central. Nessa mesma altura, a UNICÂMBIOS I e II compravam cerca de 500 mil dólares por dia.
com quase todas,ONG'S, Embaixadas,clientes e Bancos comerciais.
Os lucros eram de dois por cento. Em quase um ano a UNICÂMBIOS facturou em lucros de venda de moedas diversas, nomeadamente dólar americano, rand, libra, escudo português e outras, qualquer coisa como três milhões de dólares. Nessa altura, não havia estorvos nem perseguições de qualquer instituição financeira desde que se obedecesse o que o Banco de Moçambique regulava.
so pra verem que cresci a fazer negocios de milhões.
Fiscalizavam as casas de câmbios na altura os senhores Firmino dos Santos,Waldemar de Sousa e outros funcionários do Banco de Moçambique. Fiz os meus primeiros milhões de dólares na era do Maleaiane no Banco Central.
Maleane agora está a lidar com o dossier da dívida pública nacional, cujos contornos estamos a saber a partir do estrangeiro. Durante a Conferência Nacional sobre a Dívida Pública, realizada no ano passado em Maputo, Maleaine defendeu que a dívida pública moçambicana era sustentável. Provavelmente, não sabia doutros empréstimos que ora estão a ser revelados.
Mesmo com a idade profissional de Adriano Maleiane, eu, Nini Satar, aconselho-o a colocar o seu lugar à disposição, com vista a não sujar o seu nome por um assunto desorganizado pela outra chancelaria.
Julgo que Maleiane deveria escrever uma a carta a Nyusi pedindo exoneração. É que pelo estado em que está a economia moçambicana, Maleiane a continuar como ministro das Finanças também acabará sujando o seu bom nome e desempenho profissional cultivados há anos.
O mesmo conselho serve ao actual primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, figura carismática e que ainda tem o seu nome limpo. Por outro lado, caso queiram continuar neste Governo ambos ficavam na condição de os verdadeiros culpados pelo estado em que o país se encontra forem responsabilizados. O facto é que o que aconteceu é crime, mas o engraçado não existem os rostos dos criminosos porque as instituições que deviam responsabilizá-los, como é o caso da Procuradoria-Geral da República, são ineficazes porque só se limitam a pensar nos seus próprios ganhos ou seja nas mordomias que têm.
Ficou o conselho.
Nini Satar
Quando o Presidente Filipe Nyusi foi buscar Adriano Maleiane para ocupar a pasta de ministro da Economia e Finanças, vários sectores com interesses empresariais no país, aplaudiram a iniciativa. A sua nomeação era vista como um fortalecimento dos quadros do Governo de Filipe Nyusi.
Antes de tudo deixem-me vos dizer quem é Adriano Maleaine:
De acordo com o seu CV, publicamente conhecido, Adriano Afonso Afonso Maleiane, nasceu aos 6 de Novembro de 1949, na Matola, província de Maputo. É licenciado em Economia pela Universidade Eduardo Mondlane, e Mestre em Economia Financeira pela Universidade de Londres. Maleiane iniciou a sua carreira bancária em 1973, na Casa Bancária de Moçambique, tendo passado depois para o Banco Comercial de Angola em 1974. Em 1977, no quadro da reestruturação da Banca, foi transferido para o Banco de Moçambique, tendo desempenhado várias funções, sendo de destacar as de chefe de Sector de Importações e Exportações, director de Crédito e Transportes, Administrador, e Vice-Governador. Por Decreto Presidencial, em 1983 foi colocado na Empresa Estatal Citrinos de Maputo e um ano depois nomeado Director Nacional de Economia Agrária, no Ministério da Agricultura, até 1986 altura em que retomou a sua carreira bancária no Banco de Moçambique.
Foi Governador do Banco de Moçambique de 1991 até a sua reforma em 2006. Dirigiu o processo de transformação do Banco que, até 1991, desempenhava também a função de banco comercial, para as funções exclusivamente de Banco Central. Participou na negociação da dívida externa no quadro do clube de Paris e Londres e no processo que conduziu a selecção de Moçambique como beneficiário do Programa de redução da dívida (HIPC) e, posteriormente, perdão de uma parte significativa da dívida moçambicana.
É Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Fundo de Pensões do Banco de Moçambique – Kuhanha. É Presidente do Conselho de Administração, não executivo, da empresa Maleseguros-Correctores de Seguros, Lda, Administrador, não executivo, das empresas Tongaat Hulett e das três empresas do Grupo Sasol em Moçambique. É Presidente do Conselho de Administração da Visabeira, Docente Assistente e Regente da cadeira de Sistema Financeiro na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane. No âmbito de Condecorações e Louvores, recebeu do Governo francês a Medalha de Cavaleiro da Ordem Nacional de Mérito em 1998 e a da Presidência da República de Moçambique, a Medalha Eduardo Mondlane de segunda ordem e o Diploma de Honra pelos serviços prestados ao País, ambas em 2005.
Adriano Maleiane foi eleito Ministro Africano das Finanças do Ano 2016 pela The Banker, uma instituição internacional de análise financeira. O título é atribuído aos ministros que se esforçaram para estimular o crescimento e estabilização das economias dos seus países. Contou para a conquista de Maleiane, segundo aThe Banker, o facto de ter, em pouco tempo no cargo, imposto disciplina e concluído reformas necessárias no sector que dirige.
Indo ao âmago do meu conselho:
A folha de serviços de Maleiane, como ficou demonstrado a cima, fala por si. E em menos de um ano como ministro das Finanças, fez um trabalho exemplar, embora tenha encontrado um ministério desorganizado, herança deixada pelo seu antecessor, Manuel Chang. Em razão disso, Maleiane está agora a gerir trambiquices criadas por aquele.
Importa aqui referir que eu, Nini Satar, o meu primeiro contacto pessoal com Adriano Maleiane, foi nos fins de 1994. Ele fez uma visita relâmpago a UNIMODAS – loja da minha família – e num canto da loja tínhamos o embrião daquilo que chamar-se-ia UNICÂMBIOS.
Naquela altura, as casas de câmbios funcionavam dentro de um estabelecimento com um outro ramo de actividade. Maleaine veio num sábado de manhã e estava trajado de fato de treinos. Em conversa com ele, agradeci-lhe pela visita ao que me respondeu que estava de passeio. Foi nessa ocasião que aproveitei para lhe dar a minha humilde opinião, já que eu sugeria que as casas de câmbios não deviam estar a funcionar dentro de outros estabelecimentos comerciais. Ele acolheu a minha ideia com satisfação.
Nessa mesma ocasião, comuniquei-lhe que iríamos abrir a UNICÂMBIOS II, na Avenida Julius Nyerere, a pioneira da zona alta da capital moçambicana. Isso foi em 1995. Depois da inauguração, ele mandou um postal a parabenizar-nos.
Taxas de câmbios
Nessa altura de que vos estou a falar, eu tinha menos de 18 anos. A taxa de câmbio do Banco de Moçambique estava a 8 meticais o dólar. Nas casas de câmbios estava entre 9 a 10 meticais o dólar. Foi nessa altura que tomei a coragem de publicitar a minha tabela de câmbios no jornal notícias. A minha publicidade vinha ao lado da do Banco de Moçambique.
Com menos de 18 anos de idade eu Nini Satar já entrava em concorrência com o Banco Central. Nessa mesma altura, a UNICÂMBIOS I e II compravam cerca de 500 mil dólares por dia.
com quase todas,ONG'S, Embaixadas,clientes e Bancos comerciais.
Os lucros eram de dois por cento. Em quase um ano a UNICÂMBIOS facturou em lucros de venda de moedas diversas, nomeadamente dólar americano, rand, libra, escudo português e outras, qualquer coisa como três milhões de dólares. Nessa altura, não havia estorvos nem perseguições de qualquer instituição financeira desde que se obedecesse o que o Banco de Moçambique regulava.
so pra verem que cresci a fazer negocios de milhões.
Fiscalizavam as casas de câmbios na altura os senhores Firmino dos Santos,Waldemar de Sousa e outros funcionários do Banco de Moçambique. Fiz os meus primeiros milhões de dólares na era do Maleaiane no Banco Central.
Maleane agora está a lidar com o dossier da dívida pública nacional, cujos contornos estamos a saber a partir do estrangeiro. Durante a Conferência Nacional sobre a Dívida Pública, realizada no ano passado em Maputo, Maleaine defendeu que a dívida pública moçambicana era sustentável. Provavelmente, não sabia doutros empréstimos que ora estão a ser revelados.
Mesmo com a idade profissional de Adriano Maleiane, eu, Nini Satar, aconselho-o a colocar o seu lugar à disposição, com vista a não sujar o seu nome por um assunto desorganizado pela outra chancelaria.
Julgo que Maleiane deveria escrever uma a carta a Nyusi pedindo exoneração. É que pelo estado em que está a economia moçambicana, Maleiane a continuar como ministro das Finanças também acabará sujando o seu bom nome e desempenho profissional cultivados há anos.
O mesmo conselho serve ao actual primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, figura carismática e que ainda tem o seu nome limpo. Por outro lado, caso queiram continuar neste Governo ambos ficavam na condição de os verdadeiros culpados pelo estado em que o país se encontra forem responsabilizados. O facto é que o que aconteceu é crime, mas o engraçado não existem os rostos dos criminosos porque as instituições que deviam responsabilizá-los, como é o caso da Procuradoria-Geral da República, são ineficazes porque só se limitam a pensar nos seus próprios ganhos ou seja nas mordomias que têm.
Ficou o conselho.
Nini Satar
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