quinta-feira, 31 de março de 2016

Má escolha de actor



Julião João Cumbane adicionou 3 fotos novas — comMarcelo Mosse.
Não era para não ser. Eu sabia. Vi até os ensaios. Agora é hora de começar a exibir a peça. Os espectadores, esses não faltam em Moçambique.

A peça é escrita e encenada por Marcelo Mosse. Aquele mesmo que anda seguindo os passos de Carlos Cardoso, Salomão Moyana e, afinal também, do Luís de Brito. Esse mesmo! Na peça ele me escolheu como um dos personagens ao lado de uma figura colectiva, a que ele chama de G40, e do lado oposto de uma figura fictícia e outra bem identificada, às quais eu não quero fazer referência neste 'mural' por quão nojentas que são. Sim, não quero enojar este espaço onde partilho coisas da vida real com os meus amigos e visitantes.
Na sua peça, o Marcelo Mosse apresenta-se não como jornalista que faz jornalismo de investigação—que é o seu fascínio—, mas sim com um papel de um advogado. Trata-se de uma tentativa de encontrar algo mais que fazer para se tornar mais útil e, quiçá, amealhar mais um cheque-prémio ou troféu. Isso anima. Afinal os prémios são sempre bons. Mas e eu pensava que eram assim quando alguém os receber sem ter trabalhado trabalhar por eles e para eles. Só que caçar prémios é o que parece fascinar mais o Marcelo Mosse, pelo que para isso trabalha. Não tenho inveja dele por isso. Mas parece que ele tem inveja de mim pelo mero facto de eu não ter inveja dele. Isso é problema dele!
Na sua nova peça, o Marcelo Mosse apresenta-se como advogado, pois a transição para esta nova actividade parece ser mais fácil para alguém que vem trilhando o jornalismo de investigação com algum sucesso, a medir pelo reconhecimento recebido mesmo sem ser merecido. E ele parece estar embalado na euforia que o reconhecimento causa a quem realmente nada faz sem focar atenção na recompensa. Quem age embalado na euforia só produz mais êxtase para si mesmo em detrimento de desenvolver capacidade para gerar algo útil.
De facto, quem lê o Marcelo Mosse sabe que ele de jornalismo de investigação pouco sabe, se souber alguma coisa. Pode chamar-se-lhe amador de jornalismo de investigação, se isso não ofender os verdadeiros amadores desta arte. Grosso modo, as peças de Marcelo Mosse são de fofoca. Isto é dito por alguém com conhecimento de causa; alguém que tem um domínio considerável sobre as "fontes" que o Marcelo Mosse usa para produzir as suas peças. Ficais avisados, vós leitores do Marcelo Mosse, que não se deve levar a sério este jornalista, porque ele não conta estórias verdadeiras. O estilo característico das suas peças é o sensacionalismo, com substância mínima ou nenhuma. E eu, afinal, acho já sei porquê: é a veia do Luís de Brito que lhe entrou. Como pesquisador, Luís de Brito tem lacunas que vem transmitindo aos seus discípulos. Valida este argumento, o jornalismo que faz Marcelo Mosse. Simples!
Na sua peça mais recente, na qual tive a desonra de ser escolhido como actor, mesmo sem querer, o Marcelo Mosse apresenta-se como alguém que conhece a linha de que sou cozido. Sabe nada ele, a meu respeito! Na preparação da peça em que me faz um dos seus actores, ele andou buscando informação sobre as suas escolhas sem conseguir notar que alguém estava na sombra das suas "fontes". Como se pode pensar que alguém tão desatento assim pode ser um bom jornalista de investigação? E quanto mais um advogado! Se fme osse solicitada alguma opinião, recomendaria ao Mia Couto e ao Luís de Brito, os ora defendidos por Marcelo Mosse, para prescindirem dos serviços deste "advogado". Os serviços de Marcelo Mosse só podem tornar piores as imagens destes dois concidadãos aos olhos dos seus adversários e inimigos. Sim, porque quem tem acólitos e amigos, também tem adversários e inimigos. Marcelo Mosse não pode nada contra os adversários e inimigos de Mia Couto e Luís de Brito, que os têm.
Enfim, este parágrafo é para ti, caro amigo Marcelo Mosse, meu compatriota e 'cooriginário'. Quero dizer-te que definitivamente eu não sou bom actor para as tuas peças. Esta escolha que acabas de fazer em mim é má para o teu negócio. Não estraga o teu 'core business' por causa desta má escolha. Descarta-a. Quem avisa, amigo é! Mas não precisas ficar pávido; apenas mais prudente. Eu sei melhor da linha de que me tenho cozido do qualquer um que te possa falar de mim. A melhor fonte sobre mim sou eu mesmo e mais ninguém, agora que já não tenho mãe! Mesmo ela (a minha falecida mãe) pouco ou nada sabia da minha vida adulta activa. Se tu quiseres saber algo de mim, fala comigo directamente! Por não teres feito isso, acabaste produzindo mais uma fofoca. E é por isso que chamo "oficina de fofoca" à tua página aqui no Facebook. Ódio eu não tenho por ninguém, pois sei que o ódio só faz sofrer a quem o tem e nunca a quem se odeia. Papista sou, mas só para outro papista. E para que estejas bem informado a meu respeito, também sou outras coisas, como sejam: sou filho para o meu pai; sou pai para os meus filhos; sou irmão para os meus irmãos; sou amigo para os meus amigos; sou desprezível para os desprezíveis; sou burro para os burros; sou touro para os touros; sou bom para os bons; sou mau para os maus. Não consigo ser é desonesto para os desonestos; para com estes, eu sou honesto: digo-lhes que são o que são—desonestos. E os desonestos incluem bandidos de todas as estirpes psicológicas e categorias sociais, com ou sem diploma(s). O ateu amor pela fofoca pode levar a que sejas incluso neste grupo!
Obrigado a vós demais, pela atenção que tendes dispensado! Podeis ter a certeza de que não abuso da vossa atenção.

Boa resto de quinta-feira para todos vós, amigos e compatriotas (moçambicanos)!

Marcos Cipriano Maulate, El Patriota, Eugenio Justo Vitorino e 4 outras pessoas gostam disto.
Comments
Mussá Mohamad
Mussá Mohamad Ping-pong virtual...
Egidio Vaz
Egidio Vaz
Baptista Cumbane
Baptista Cumbane Irmãos da mesma terra(provincia), bolas baixas!!!!!



151 min
El Patriota
El Patriota Estou a começar a gostar de si professor.
Raúl Salomão Jamisse
Raúl Salomão Jamisse Que a amizade não acabe por isso, são diferentes ângulos de ver as coisas e quando somos fazedores de opinião haverá sempre esse tipo de ângulos mesmo que seja numa linguagem dócil ou asquerosa mas a verdade é que vós sois importantes para a sociedade com as vossas opiniões e sugestões.
Luciano Mapanga
Luciano Mapanga Lâminas e catanadas.
Chande Puna
Chande Puna
Marcos Cipriano Maulate
Marcos Cipriano Maulate Parabens Dr JJC resposta merecida a este tal.
Nito Ivo
Nito Ivo que perca tempo!!!
Initovitch Gulupov
Initovitch Gulupov Hehehehehe interessante este "arranca—rabo" mas pessimo gosto para ambos pelo perfil que ambos tem permitam que os chame de "informadores". Os dois, assim como todo ser humano tem o lado bom e o lado mau (ate animal)...todos precisamos reconhecer este facto (mesmo que sem provas). Ambos "movimentam" informações sobre o pais (de ambos), acadêmicos, o melhor que podiam fazer era juntarem se incluindo todos os outros acadêmicos e "informadores" discutir sobre como desenvolver pais, como parar com guerra, como acabar com a fome — em vez destes lançamentos de torpedos. Eu pessoalmente nao gosto da forma como o #JJC faz a gestao das "suas opinioes" no seu mural, pois acho que ele é muito "autoritario", cheio da "razao" e esquece que acima de tudo é uma "opiniao" que está partilhar e estando "publico" é claro que ha quem pensa/ve o mesm assunto de forma diferente. E entao, que remedio...eu preciso da "amizade" dele para me manter "informado". Por isso, irmãos, deixem disso, #unam—se.

JOEL CHAMBALE E G 40: JORNALISTAS OU FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS?
Da mesma forma que se torna complicado que um religioso acenda duas velas, uma para Deus e outra para o diabo, por não saber de onde vem a sorte, porque antes vale prevenir do que remediar, torna-se bastante complicado um ilustre ser simultaneamente jornalista e servidor ou funcionário público. Acontece, pois, que o meu amigo Joel Chambale encontra-se, hoje, nessa posição, ao exercer as funções de jornalista do jornal “EDIFICAR”, ao mesmo tempo que é funcionário do conselho municipal de Maputo. Existe ai um enorme conflito de interesses, na medida em que o papel do jornalista é de vigiar o funcionário público, a fim de que este possa exercer as suas funções correctamente. Para que um jornalista seja ao mesmo tempo funcionário público é necessário que tenha as mesmas habilidades de um G 40, não é por acaso que o jornal “EDIFICAR”, onde trabalha o Joel Chambale, na sua vertente jornalística, tem como gestores de topo o Filimão Suaze e o Alexandre Chivale, que são figuras de topo do infame G 40. Na última edição do “EDIFICAR”, Joel Chambale, que se identifica por Arsénio Chambale, assina um texto sobre assuntos bicudos do município. É claramente a situação de um jogador que joga com o apito na boca, só para a usar a linguagem desportiva, que o Joel domina bem. Um juiz em causa própria, diria o Zé Povinho. O mais grave ainda é constatar que o jornal “EDIFICAR” é rico em publicidade vinda do conselho municipal, onde o Joel Chambale é funcionário, onde, por sinal, também trabalha Filimão Suaze, que exerce funções do topo da hierarquia. Ao inserir a publicidade do município no seu próprio jornal, Filimão Suaze está a fazer negócio consigo próprio, ou seja, está a tirar dinheiro do povo dos cofres do município para pagar a publicidade que mete no seu próprio jornal. Isto é corrupção. Para ser mais preciso, isto é ladroagem. É clientelismo e nepotismo. É abuso de poder. É para isso que servem “jornalistas” como o Joel Chambale, não se percebendo facilmente a fronteira que lhe separa do jornalismo para o funcionalismo público. Como “jornalista”, o Chambale devia escrever sobre o Suaze que anda a fazer negócio consigo mesmo, tirando o dinheiro dos cofres do município para pagar a publicidade no seu próprio jornal, mas, sendo também funcionário do município, tal não poderá fazer, dado que esse mesmo “ladrão” que ele devia denunciar é seu chefe, a quem teme enquanto chefe. Aliás, seria mesmo que perguntar: onde vocês realizam as reuniões da redacção? No jornal ou no conselho municipal? Penso que o GABINFO e o Conselho Superior da Comunicação Social têm aqui algum trabalho a fazer, dado que não podemos continuar a permitir que funcionários seniores do Estado ou do município ou entidade similar sejam ao mesmo tempo gestores editoriais de órgãos de comunicação social, isso não somente fere a ética e deontologia profissional dos jornalistas, atentando contra a liberdade de imprensa e de expressão, como também viola os princípios básicos da probidade pública. Precisamos de zelar pela ética e pela integridade pública. Fariam alguma coisa o GABINGO e o CSCS se não fossem o que são: o prolongamento do G40. Passemos em frente. Fico deveras estarrecido quando vejo o mesmo artigo de Joel Chambale, que assina Arsénio Chambale, nas páginas desportivas do jornal “EDIFICAR” publicado no jornal “Desafio”, mas já assinado em nome de Joca Estêvão. Quando perguntei ao Joel Chambale o que se estava a passar, ele apenas manifestou-se alarmado, dizendo-me que o Joca Estêvão fez plágio ao seu texto e que está a pensar em processá-lo. Foste plagiado? Sim. Pelo Joca? Sim. O Estêvão? Sim. Meu Deus, não acredito. O Joca não é disso. Num mercado cada vez mais prostituído, onde líderes religiosos acendem velas tanto para Deus quanto para o diabo, onde jornalistas são ao mesmo tempo funcionários do Estado ou do município, onde os gestores editoriais são ao mesmo tempo altos funcionários do Estado ou do município, onde a inserção de publicidade do Estado ou do município nos jornais é decidida pelos mesmos juízes em causa própria, quais jogadores que jogam o apito na boca, na tentativa de questionar como foi possível que um texto seu fosse assinado por um outro jornalista num outro jornal pode iniciar um processo de questionamento através do qual você mesmo acabará por ir parar às barras dos tribunais por ter deixado de questionar quem eram os seus patrões e qual era a conduta deles antes mesmo de decidir trabalhar com eles. Não basta trabalhar pelo dinheiro apenas, isso não é próprio de jornalistas, correm por ai armadilhas através das quais qualquer dia vais te ver a trabalhar num jornal pertencente ao crime organizado, o que não é muito distante do gquarentismo. Se queres saber quem autorizou o Joca Estêvão a usar o teu texto como se fosse dele, caso isso tenha acontecido, pergunta aos teus patrões. Pergunte ao Filimão Suaze que é teu chefe ai mesmo no município, sendo também teu chefe no jornal. Pode ser uma grande investigação que te levará a descobrir os complexos desdobramentos do inglório G 40. Não seja lambebotas, escovinha ou puxa-saco. A liberdade de imprensa serve justamente para isso. Não tenhas medo. Questione. E a Luta Continua!
PS: Aqui no bairro da Munhuana, onde a gente vive, continua sem esclarecimento o destino dado aos votos dos munícipes no Orçamento Participativo do ano passado, onde eles votaram na reabilitação da Escola Primária da Munhuana, mas o apuramento final apresentado pelos funcionários do município destacados para gerir o processo eleitoral dava vitória à Escola Primária Amílcar Cabral. Tendo havido fraude neste exercício, os munícipes já andam desanimados e já sentem o cheiro das boladas pelo meio, que somente servem para encher as panças dos mesmos comilões de sempre. Aliás, já que é bom ser “jornalista” e funcionário do município ao mesmo tempo, pedimos que aproveite esse acesso privilegiado à documentação interna do conselho municipal para escrever sobre os contornos do dossier Munhuana, estará o meu amigo Joel Chambale a prestar um belíssimo serviço público para os nossos munícipes, amigos e vizinhos. Espero que nestas circunstâncias prefiras ser jornalista e não assessor de imprensa do município...

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