Fayez al-Sarraj, chefe do governo de união nacional da Líbia
Foto: Hani Amara/Reuters
30 Março 2016 às 16:47
O chefe do governo de união nacional da Líbia patrocinado pelas Nações Unidas chegou a Tripoli, acompanhado de vários membros do seu gabinete.
"Acompanhado por vários membros do conselho presidencial,Fayez al-Sarraj chegou à base naval (de Tripoli) onde teve uma reunião com os oficiais da base naval", disse à agência France Presse um responsável da marinha líbia.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu na terça-feira a instalação do Governo líbio de união nacional em Tripoli, exortando o parlamento reconhecido pela comunidade internacional "a assumir as suas responsabilidades" nesse sentido.
"Junto-me aos apelos na Líbia e na região para que o conselho presidencial se instale em Tripoli, se a segurança o permitir, e tome todas as medidas indispensáveis a uma transferência do poder pacificado e ordenado para o Governo de unidade", declarou Ban Ki-moon em Tunes, no final de uma visita à Tunísia.
"Apelo à Câmara dos Representantes [o parlamento, reconhecido internacionalmente] para que assuma as suas responsabilidades aplicando todas as disposições do acordo político" concluído em dezembro, em Marrocos, sob a égide da ONU, acrescentou.
Os cerca de 200 membros do parlamento rejeitaram até agora proceder à votação de investidura do Governo de unidade nacional saído do processo patrocinado pela ONU, por falta de quórum.
Em fevereiro, uma centena de membros do parlamento proclamaram, no entanto, num comunicado, o seu apoio ao Governo de unidade nacional.
Na ausência de votação do parlamento, foi com base neste comunicado de apoio que o conselho presidencial proclamou, a 12 de março, a entrada em funções deste novo executivo de união.
Desde então, foi rejeitado pelos dois governos rivais que disputam o poder, um com sede em Tripoli e o outro no leste do país.
O chamado governo de Tripoli, apoiado por uma coligação de milícias, nomeadamente islâmicas, opõe-se firmemente à instalação do Governo de unidade na capital.
"O povo líbio merece a paz, a segurança e a prosperidade sob um governo forte e unificado", sustentou ainda Ban Ki-moon na Tunísia, que assinalou igualmente que "a situação da segurança na Líbia tem grandes implicações regionais".
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