A nova travessia sobre rio Cáster foi batizada de Ponte S. Silvestre. Fotografia: D.R. Virgínia Alves 01.03.2016 / 11:09 Universidade e empresas criam a ponte mais fina que existe em betão auto compactável reforçado com fibras. A seguir 1 Esta ponte em Portugal tem a espessura de dois dedos 2 Três marcas portuguesas mostram inovação financeira em Londres 3 Startups devem transferir inovação para indústria tradicional 4 Inovação. Efacec. Duplo ataque em I&D 5 Zaask fatura meio milhão em 2015 e quer crescer em Espanha Mais vistas ÓSCARES Óscares 2016. A cerimónia começou no Instagram - Dinheiro Vivo FOTOGALERIA 13 hotéis originais CRÉDITO À HABITAÇÃO Crédito à habitação. Devo mudar para taxa fixa? - Dinheiro Vivo INVESTIMENTO Homem mais rico da China investe 3 mil milhões em Paris - Dinheiro Vivo A Ponte São Silvestre sobre o Rio Cáster, ponte pedonal recém-inaugurada em Ovar, distrito de Aveiro, tem dado que falar na área das engenharias, isto porque pesa apenas três toneladas, tem apenas 38 milímetros de espessura, sendo a mais fina que existe em betão auto compactável reforçado com fibras. O projeto envolveu a Escola de Engenharia da Universidade do Minho, com coordenação de Joaquim Barros, o Instituto Superior Técnico e a ALTO – Perfis Pultrudidos, entre outros parceiros. A ponte de 11 metros de comprimento e dois de largura pesa só três toneladas e, segundo os responsáveis pelo seu desenvolvimento, ” é imune a fenómenos de corrosão”. A investigação contou com o apoio do QREN e da Agência de Inovação (AdI). Leia mais: 10 edifícios que provam que menos é mais “Esta obra demonstra a capacidade de se fazer inovação em Portugal, reunindo e aplicando complementaridades das competências do seu meio científico (universidades) e técnico (empresas)”, afirma Joaquim Barros. A nova travessia sobre o rio Cáster, instalada no Parque da Senhora da Graça, foi batizada de Ponte São Silvestre aquando da partida para a prova de atletismo com o mesmo nome. Joaquim Barros considera a criação inovadora porque “combina materiais, perfeitamente compatíveis, sem incluir qualquer armadura convencional, e com a particularidade de ter perfis pultrudidos em polímero reforçado com fibras de vidro”, estando ligados ao tabuleiro por um adesivo estrutural e conetores. O professor justifica que o caráter auto compactável elimina situações de vibração, enquanto as fibras e as propriedades de resistência alcançadas neste betão evitaram recorrer a armaduras de aço convencionais, o que permite a espessura e o peso reduzidos e a resistência à corrosão. Ou seja, os autores creem que, a prazo, não haverá lugar para trabalhos de manutenção, como acontece noutras estruturas do género, “a não ser pormenores pontuais, como uma pintura”, nota Joaquim Barros. Materiais preparados para as intempéries O investigador do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia adianta ainda que, “os tipos de materiais adotados na estrutura podem ser aplicados noutros sistemas construtivos, com vantagens técnicas e económicas, principalmente em zonas de elevada agressividade ambiental, como a costa marítima”. Além disso, reforça “o baixo peso da ponte tornou também o transporte e a instalação no local mais simples, rápido e menos oneroso”. A investigação teve uma forte ligação ao tecido industrial, como a ALTO, especializada no fabrico de materiais compósitos. A construção do tabuleiro esteve a cargo da CiviTest e os ensaios estruturais efetuados antes da instalação definitiva foram efetuados na Tecnipor. - Veja mais em: http://www.dinheirovivo.pt/fazedores/uma-ponte-com-a-espessura-de-dois-dedos/#sthash.mdZKKcVd.dpuf
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