Moçambique:
Afonso Dhlakama disse que, até ao fim de Março corrente, a Renamo iria instalar os seus governos autónomos nas províncias onde reclama vitória nas eleições gerais de 2014.
Actualizado em: 29.03.2016 18:28
O dia 31 de Março corrente é aguardado com expectativa em Moçambique: Termina nesse dia prazo estabelecido pela Renamo para a formação de governos provinciais.
Moçambique: Cresce expectativa com aproximação de data limite de Dhlakama 3:00
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Há cerca de um mês, Afonso Dhlakama, num tom ameaçador, disse que até ao fim de Março corrente, a Renamo iria instalar os seus governos autónomos nas províncias onde reclama vitória nas eleições gerais de 2014.
A forma como a ameaça foi feita dava a entender que desta vez nada iria falhar, mas o facto é que no terreno as coisas não acontecem.
O analista político Fernando Mbanze diz que isso é preocupante, porque não há nenhuma acçao preparatória, não só do ponto de vista militar como também administrativo.
Mbanze afirmou que se nada acontecer, a liderança de Afonso Dhlakama na Renamo vai ser posta em causa, "porque isso vai defraudar as expectativas dos apoiantes do partido".
Entretanto, no campo militar, a Renamo tem vindo a intensificar os seus ataques, sendo o mais recente o perpetrado esta segunda-feira, contra uma comitiva do governo da província central de Manica, durante o qual ficaram feridos três agentes policiais.
O ataque ocorreu na zona de Nhamatema e foi o primeiro a uma entidade governamental, desde a reedição do conflito político-militar, caracterizado por emboscadas da Renamo contra as forças de defesa e segurança.
Comentando sobre a situação, Raúl Domingo, antigo número dois da Renamo, disse que a solução passa por uma verdadeira inclusão, política, social e económica.
Domingos, afastado da Renamo por Dhlakama, foi negociador-chefe do Acordo Geral de Paz com o Governo, assinado em 1992, em Roma, Itália.
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