sábado, 27 de fevereiro de 2016

Vamos impedir tomada de poder à força

O MEMBRO da Comissão Política e chefe da brigada central da Frelimo para a província de Inhambane, Eneas Comiche, exortou ontem os membros, militantes e simpatizantes do seu partido para o reforço de acções que visem impedir qualquer tentativa de tomar o poder à força pela Renamo.
A exortação foi lançada no decurso dos trabalhos da VIII Sessão Ordinária do Comité Provincial da Frelimo, que se reúne para avaliar a implementação do desempenho dos órgãos políticos bem como do Plano Quinquenal do Governo nas diversas áreas, com destaque para acções de mitigação dos efeitos da seca e da situação político-militar.
Eneas Comiche sublinhou que os membros da Frelimo têm a tarefa de explicar aos moçambicanos que a intenção daqueles que querem governar algumas províncias do país baseando-se nos resultados das últimas eleições gerais é uma reivindicação falaciosa e inconstitucional, pois as eleições gerais foram sempre nacionais e em nenhum momento se destinaram à constituição de governos locais.
“A organização das eleições em ciclos eleitorais é um processo administrativo de gestão eleitoral, pois o Presidente da República a eleger é apenas um. Neste caso foi eleito o camarada Presidente Nyusi, da Frelimo, como um e único Presidente da República de Moçambique, não havendo, por isso, espaço para essa reivindicação”, indicou.
Disse que as incursões armadas e saques protagonizados por homens da Renamo têm como objectivo intimidar e semear terror nas pessoas empenhadas no processo produtivo para o seu sustento e elevação da sua renda familiar.
“Estas acções são uma clara tentativa de impedir a normal circulação de pessoas e bens ao longo da EN-1, o grande vector da unidade nacional e de garantia de trocas comerciais entre a produção do norte, centro e sul do país, assegurando que as populações vejam as condições da sua vida melhoradas e o esforço da sua produção compensado”, afirmou Comiche.
Para evitar a propagação das acções de desinformação política desenvolvidas pela Renamo e seus apoiantes, segundo o dirigente do partido no poder, é necessário rebuscar sempre os ensinamentos do Presidente Filipe Nyusi, segundo os quais a paz inclui a ausência de todo tipo de violência, a justiça social, a igualdade de oportunidades, o respeito pelas diferenças e legitimidade dos dirigentes democraticamente eleitos.
 “Na verdade, quem tem procurado uma paz genuína é a Frelimo. O camarada Presidente Nyusi tem sido incansável nos apelos ao líder da Renamo para sentar à mesa de diálogo, oferecendo-se para um encontro frente-a- frente para desbloquear todos obstáculos à paz. Mas Dhlakama não é receptivo, coloca sempre exigências descabidas”, disse.
Eneas Comiche disse que embora se multipliquem as acções que visam intimidar a população e inibi-la de participar nas acções de desenvolvimento do país, a Frelimo em toda a extensão do terreno vai reforçar a unidade nacional, a determinação de todo povo na defesa das conquistas da independência nacional e no prosseguimento das acções de implementação do seu manifesto eleitoral.
O chefe da brigada central da Frelimo para a província de Inhambane manifestou preocupação em relação ao fenómeno da insegurança alimentar, que fustiga pouco mais de 77 mil pessoas como consequência de estiagem e seca severa.
Comiche procedeu, na ocasião, à entrega de um montante no valor de 144.700,00 meticais, dinheiro que servirá para o apoio às iniciativas locais como complemento dos esforços do Governo na mitigação e superação dos efeitos desta calamidade natural.

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