sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Riscos que assombram o gás do Rovuma

No país
O Fundo Monetário Internacional (FMI) denuncia enormes riscos nos projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Bacia do Rovuma, em termos de arrecadação de re­ceitas e impacto significativo na economia de Moçambique, devido à persistente que­da do preço do gás no mercado interna­cional, num contexto de fraca procura do recurso por parte dos países emergentes e de aumento da oferta do produto por parte de países como Estados Unidos de Améri­ca (EUA) e Austrália.
Espera-se que as multinacionais tomem a decisão final de investimento no gás da Bacia do Rovuma, até meados deste ano, de tal maneira que, em 2017, inicie a cons­trução das plataformas de liquefacção, na expectativa de a produção e a exportação do GNL arrancarem em 2021.
Um documento do FMI revela que os pre­ços de venda do gás poderiam flutuar e fi­car abaixo dos pressupostos tomados como referência pelos consórcios das áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma. “Uma desaceleração duradoura da economia mundial poderia desencadear novas quedas dos preços in­ternacionais do gás. Para além disso, se as primeiras decisões forem adiadas conside­ravelmente por algum motivo e, neste meio tempo, outros projectos mundiais de GNL suprirem a maior parte da procura dos consumidores por gás, os preços de ven­da poderiam ser mais baixos e as receitas orçamentais poderiam ser, especialmente, sensíveis à queda dos preços do gás, pois a maior parte das receitas está relacionada aos lucros dos projectos”, alerta o docu­mento do FMI.
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