O chefe de um dos grupos rebeldes mais importantes na Síria morreu num ataque aéreo, levado a cabo por aviões sírios ou russos
A cúpula militar do Exército do Islão, um dos grupos rebeldes mais importantes na Síria, anunciou hoje ter nomeado o xeque Abu Hamam Essam Albuidani como novo comandante geral, após a morte, sexta-feira, de Zahran Alush.
Num vídeo difundido na Internet, um dos membros do Exército do Islão, que não se identifica, confirmou a morte do líder, vítima de um dos ataques aéreos, desconhecendo-se, porém, se foi levado a cabo por aviões sírios ou russos.
Numa curta mensagem, o grupo rebelde afirmou que o "assassínio" de Alush, que se supõe ser um "duro golpe" para os rebeldes, vai "fortalecer ainda mais a determinação" para lutar contra o regime sírio, de forma a "erradicá-lo".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, por seu lado, também confirmou a nomeação de Albuidani e, segundo a ampla rede de ativistas que dispõe no terreno, não foi só Alush que perdeu a vida na sexta-feira, mas também cinco outros altos responsáveis do movimento.
As seis mortes ocorreram na sequência de um bombardeamento que pôs termo a uma reunião de altos responsáveis do Exército do Islão que decorria na zona de Utaya, em Guta Ocidental, a oeste de Damasco.
O Observatório salientou que Albuidani pertence a uma "destacada família" de Duma, principal feudo do Exército do Islão, conhecida pela sua tendência islamita.
A família do novo líder tem negócios no setor do comércio e é proprietária de vários estabelecimentos no mercado de Al Budani, em Duma, onde Albuidani trabalhava.
O Exército do Islão é uma das organizações armadas mais poderosas na Síria e o ex-líder, Alush (1971/2015), era um dos dirigentes rebeldes mais conhecidos no território sírio.
O grupo tem a sua base em Guta Ocidental, o mais importante bastião dos rebeldes nos arredores de Damasco, mas também opera noutras regiões do país.
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