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COMUNICADO DE IMPRENSA
Luanda - O Serviço de Investigação Criminal, vem por este meio mais uma vez desmentir categoricamente as informações veiculadas no Club-K, na sua edição do dia 26. 12. 2015, segundo as quais o co-réu Manuel Lima Bravo, um dos implicados no processo de assassinato do jovem Jorge Valério, teria confessado o crime sobre tortura, alegando que lhe foi introduzido um pau no ânus e simulações de afogamento.
Fonte: SIC
Deste modo, com vista a clarificar os factos, o Serviço de Investigação Criminal esclarece à opinião pública que a hipotética confissão imputada do referido co-réu Bravo, não passa de uma estratégia desesperada, urdida por elementos ligados ao mesmo, que com este acto teatral pretende de forma inglória inverter a verdade dos factos. Estranha o facto de pessoas que estão a veicular tais informações, estarem mais preocupadas com informações contra o Serviço de Investigação Criminal em detrimento da vida humana que pereceu por força de uma acção humana absolutamente reprovável.
O Serviço de Investigação Criminal é uma estrutura do MININT que se compagina com respeito pela dignidade humana e com a defesa integral dos seus direitos, de acordo com os ditames constitucionais.
Nota de redação: O texto publicado no dia 26 de Dezembro na qual o comunicado do SIC faz referencia é de autoria do Jornal OPAIS, e não do Club-K, que apenas reproduziu.
Toda Verdade sobre a Saída do Filemon - José Lola
Benguela - A lacônica nota de imprensa que foi publicada Domingo dia 27 de Dezembro de 2015 diz que Jose Kilamba e André Makanga irão treinar a equipa nacional de uma forma interina e não clarifica o futuro de Romeu Filemon e seus adjuntos.
Fonte: Club-k.net
Segundo informações de fontes, o técnico que deveria apresentar-se no dia 26 de Dezembro furtou-se disso, tal como fizeram os seus adjuntos Paxe e Ndombasi que contactados pela FAF, alegaram que não compareceriam por solidariedade para com Filemon por terem mais de 9 meses de salários em atraso. André Makanga e Jose Kilamba que são técnicos da FAF, foram os únicos que se apresentaram aos trabalhos e não foram solidários.
Por estar a passar as festas com a família Filemon, desligou os telefones como normalmente faz quando esta em Benguela.
Com todos os jogadores concentrados e prontos para treinarem como estava inicialmente marcado, e com a ausência do treinador, incontactavel, os dirigentes entenderam como um acto de rebeldia pelo facto de varias vezes evocar na imprensa os problemas contractuais que vivia e que estava a fazer chantagem, o que alguns próximos de Romeu desmentem. No entendimento dos dirigentes, o treinador deveria pelo menos enviar um SMS a manifestar as suas intenções, ou uma carta por escrito, ou um telefonema e não sabotar a seleção nacional de futebol, pois já a imprensa noticiava a sua ausência o que criaria embaraços.
Para os dirigentes da FAF, Zeca Amaral, Lito Vidigal, Ferrin e mesmo Cavalcante também tiveram salários em atrasos, mas mostravam sempre o seu profissionalismo e nunca tinham sabotado os treinos da seleção nacional. Os mesmos quando acabaram os seus compromissos contractuais, saíram com os salários em atrasos, mas mesmo depois foram pagos. Ha rumores que existem na FAF salários em atrasos de outros treinadores adjuntos que ha muito lá trabalharam.
Não se conseguia entender que o treinador que tinha uma postura rígida com jogadores como o Massunguna, Manucho e outros, por não terem comparecido ao treino na data e hora marcada e por manterem-se incontactaveis, a ponto de nunca mais terem sido convocados e ter ao mesmo tempo aquele comportamento de rebeldia.
A seleção nacional teria que continuar a treinar, teria que continuar a sua preparação para o CHAN, seria importante manter a condição física dos miúdos até que se conhecesse na realidade as intenções do treinador.
Na reunião com a direção, a Romeu Filemon e pares, terá sido dito que deveriam por escrito explicar os motivos da não comparência e do porque terem se mantido incontactaveis e sabotarem os trabalhos da seleção, e que essa justificação deveria ser apresentada ate terça feira dia 30 de Dezembro, um dia antes da partida da seleção para a África do Sul. Ate aquela data, quem iria conduzir os trabalhos da seleção seria o Kilamba e o André Makanga e Filemon entendeu aquilo como uma atitude de despedimento. Nem sequer lhe foi dada a hipótese de explicar-se. Para espanto dos dirigentes, Romeu Filemon no mesmo dia terá feito declarações a imprensa prometendo inclusive que meteria a boca no trombone e que convocaria uma conferencia de imprensa na sexta-feira a seguir.
Romeu Filemon que ganha $25,000/mês não recebe salários ha mais de 9 meses o que se entende o comportamento. Mas tem sido também motivo de discórdia no seio da direção da FAF por não apresentar resultados palpáveis que justificam tamanho salario para uma federação que tem graves problemas financeiros. A derrota diante da África do Sul em Benguela no jogo de apuramento para o Mundial de Futebol não terá agradado a muitos membros de direção e aos adeptos em geral. O facto de injustificadamente ter alterado a equipa na segunda mão, demonstrou que o treinador não tem ideias fixas relativamente a equipa apesar do tempo de trabalho que tem na seleção. Para muitos, ha jogadores na seleção que são autênticos “Hiaces” pois não apresentam rendimento nenhum e não se entende porque são sempre convocados e titularizados. Filemon gaba-se de ter eliminado a África do Sul para o CHAN, mas esquece que a África do Sul já ha muito tinha abdicado do CHAN, colocando em campo a sua terceira equipa. Ha rumores de que não tem uma boa gestão da equipa com jogadores chaves da equipa que dizem não ter um bom método de treinamento e ser extremamente fraco como técnico. Os dirigentes do Primeiro de Agosto o terão demitido pelos mesmo motivos, pois parece não ter muito punho sobre as equipas que dirige. O dialogo permanente que se exige a um técnico com os seus jogadores nos clubes, parece não existir. Ha inclusive jogadores que dizem não aceitar jogar mais para a seleção de Angola enquanto ele for o treinador, pois tem dado tratamento diferenciado a alguns que ele considera como filhos e outros como enteados. Não se entende que convoca jogadores da diáspora pra depois nem sequer os colocar entre os 18 convocados. Ha também rumores de que alguns jogadores são ainda convocados porque a direção acha que tem margem de progressão, porque senão Romeu nunca mais os convocaria. Tem a fama de querer sempre viajar para a diáspora exigindo ajudas de custo e bilhetes de classe executiva para ir pesquisar jogadores, o que irrita os dirigentes pois a caixa forte da FAF não comporta isso tudo.
O treinador tem razão em exigir que lhe paguem os soldos, tem família, tem compromissos financeiros e terá pensado que estava numa posição de força e certamente não esperava por esse posicionamento da FAF. Alguns amigos próximos de Filemon, reconhecem alguma arrogância nele e não entendem porque o treinador que alegadamente beneficiou dum Lexus LX570 cedido por Pedro Neto, casa paga para viver em Luanda e alguns salários pagos, não teve uma postura mais humilde e paciente.
Romeu Filemon, entretanto parece não ter uma relação católica com o vice presidente para as seleções nacionais Raul Chipenda que não colabora muito em algumas pretensões do treinador, por isso tenta varias vezes falar directamente com o presidente Pedro Neto pois sente que algumas das suas preocupações são barradas por Chipenda. Aparentemente não tem uma relação próxima com Jose Kilamba e André Makanga, pois nunca os considerou seus homens e alegadamente nunca os consulta para pedir conselhos.
A onda de salários atrasados na FAF e endêmica, pois alguns funcionários, revelaram-nos que passaram as festas em branco, por terem mais de 9 meses atrasados, mas mesmo assim continuam a trabalhar.
Analises aprofundadas indicam que os problemas financeiros no seio da FAF irão continuar e que mesmo que se baixe os salários dos treinadores devido ao quadro financeiro actual, poucas melhorias haverá, pois as fontes de financiamento vão minguando devido a actual crise financeira que leva potenciais patrocinadores a fazerem cortes orçamentais. As mesmas analises não entendem que a claque da seleção Nacional, o Movimento Nacional Espontâneo e outras organizações de cariz partidário e mesmo clubes de futebol, sejam unidades orçamentadas e recebam dinheiros públicos de uma forma directa e a própria FAF que dirige o futebol e a seleção, não seja uma unidade orçamentada.
José Lola
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