segunda-feira, 30 de novembro de 2015

FRELIMO USA FDS PARA FINS E INTERESSE PARTIDÁRIO

Estas foram as palavras do Deputado da Assembleia da República Carlos Manuel na plenária desta Quinta- -feira, 26 de Novembro, no decurso de mais uma sessão daquele órgão. Para melhor entendermos o pronunciamento daquele parlamentar, procedemos a transcrição integral da intervenção: “Senhores Deputados Caros convidados Excelências Agradeço a concessão da palavra e ao iniciar a minha intervenção, dirijo-me ao Senhor Ministro das Obras Públicas e Habitação e pretendo saber que pecado fora cometido pelas populações dos distritos de Mogovolas, Moma, Larde, Angoche, Liupo e Mogincual, porquê não melhorar as vias de acesso naqueles distritos? Sabe que logo após as primeiras chuvas estes ficarão sem estradas? Se for a dizer algo que está sendo feito para minimizar o problema, estaria faltar a verdade ao povo, pois a verdade no terreno é que não há nada sendo feito naqueles distritos. Nacala está sem água porque as condutas da barragem para a cidade não foram reabilitadas incluindo a estação de tratamento deste precioso líquido. Senhor Ministro de Recursos Minerais e Energia, para quando o fim deste martírio de sucessivas crises de energia eléctrica na província de Nampula? As populações que têm a sorte de possuir este bem, têm sofrido cortes constantes, destruindo os seus electrodomésticos e sem nenhuma restituição por parte da empresa e mais, quando a EDM é solicitada para repor a avaria, os técnicos nunca aparecem e quando aparecem pedem valores pela reparação. Excelências Ultimamente, nesta casa somente fala-se de desarmamento das ditas forças residuais da RENAMO. Gostaria de citar aqui e agora o que vosso chefe Guebuza ao celebrar a fraudulenta vitória disse: “foi uma vitória arrancada para garantir a sobrevivência da Frelimo”. Estas palavras são da RENAMO? Não, Guebuza não é da RENAMO. São palavras do dirigente da Frelimo que na altura era presidente do partido, pois a vossa vitória só foi possível porque a Frelimo tem sob sua alçada as FDS, que em vez de servirem ao povo, são usadas para fins e interesse partidário. Os apelos que fazemos é que devem deixar de usar estas forças como vosso braço armado. Desarmem-se primeiro, que os outros seguirão o vosso exemplo, já que dizem ser um partido maduro. Como se não bastasse, vêm ao público dizer que ganharam eleições. É assim como se ganham eleições? Roubando votos, alterando editais, sujando votos dos outros candidatos e fazendo enchimento de urnas? Alguns de vós até armaram seus filhos, andaram agredindo população no bairro do Zimpeto. No passado não distante a vila Olímpica andou aos tiros, guarda da casa do chefe foi violentamente agredido pelo melhor filho daquele (a) membro da Comissão Política, que vergonha! Que governo é esse que usa forças armadas para fazer emboscadas, queima casas e celeiros das populações, não é terrorismo de Estado? Acham que é dessa forma que vão desarmar a RENAMO? Enquanto continuarem com este tipo de comportamento, partidarizando tudo que é do Estado, jamais a RENAMO aceitará partilhar esses desmandos. Dizer a senhora Presidente da Assembleia da República que tem dívida com o povo moçambicano, pois no dia 25 de Setembro a senhora era a Presidente da República em exercício. Daí que o povo está a espera de um pronunciamento seu relativo ao ataque, mortes de cidadãos, suas causas, objectivos, motivações que levaram àquela atitude macabra pela FDS num país que se diz civilizado, que até anda a apregoar reconciliação em outros países tais como Lesotho, Madagascar, Burundi, Uganda entre outros. Que moral tem vosso chefe de dirigir a troika da Paz e Segurança da SADC quando ele mesmo manda matar o líder da oposição do seu país? Que escola tem ele superior a Chissano e Guebuza que governaram 12 e 10 anos respectivamente, coabitando com a RENAMO sob protecção dos seus homens ao abrigo do AGP e não fizeram a vergonha como dos dias 12, 25 de Setembro e 9 de Outubro em Manica e Sofala? Porquê não cumprir com os acordos de Roma e de 5 de Setembro para resolver o problema duma vez por todas e deixar de fazer-se de Rambo? Porque “o homem maligno não terá galardão, e a lâmpada dos ímpios se apagará. “Provérbios 24:21. Porque o tempo é padrasto, termino convicto que Deus saberá fazer justiça aos ímpios que teimam em se manter no poder por via de “vitórias arrancadas”. Mais não disse. Fim de citação.

Editorial 

GOVERNO DE INCOERENTES, INCONSISTENTES E MENTIROSOS A incoerência, a inconsistência, a incompetência e as mentiras, são marcas de um auto-presidente e um Governo que arrancaram o poder ao povo moçambicano, mas que agora estão em profunda crise. O país está em coma profundo. Um presidente e seu governo que em 11 meses perderam legitimidade e popularidade, se bem que alguma vez eles próprios acreditaram que tivessem alguma aceitação, não fosse na confiança pela fraude e manobras dos órgãos eleitorais e do Conselho Constitucional que lhes levou ao poder à força. Moçambique foi tomado por uma liderança incoerente, inconsistente e mentirosa que está a levar o país à beira da falência económica, política e social jamais conhecidas e vividas. A mesma crise que ameaça a existência deles como Governo e o seu futuro como políticos. Referimo-nos a liderança de Filipe Nyusi que a frente de um Governo há 11 meses apenas soube investir nas mentiras, na incitação ao ódio e na cópia de modelos do tipo angolano ou zimbabweano, em detrimento da busca de soluções para inúmeros problemas que o país tem. Com a declaração de uma guerra que está em curso visando decapitar a RENAMO e o seu Presidente, a moeda nacional a derrapar, os preços dos bens de consumo a subirem vertiginosamente, Filipe Nyusi e seu Governo encontraram na mentira a forma mais sublime de continuar a enganar e a entreter o povo moçambicano. De mentira em mentira, o auto-proclamado Governo da Frelimo vai tentando buscar a legitimidade que nunca teve. Se levarmos em conta o primeiro discurso de Filipe Nyusi, o da tomada de posse, que rapidamente foi substituído pelo nepotismo, a exclusão, o ódio e a importação de modelos de “convivência de partidos sem armas” podemos facilmente chegar a conclusão de que a mentira é o ponto forte deste Governo de Moçambique. O anúncio do Presidente da Frelimo na semana passada em Maputo de que as forças de defesa e segurança ao serviço do regime devem ponderar o famoso desarmamento compulsivo anteriormente enunciado em sede do Parlamento pelo ministro do Interior, Basílio Monteiro, se enquadra na mesma estratégia mentirosa de distrair os moçambicanos sobre a actual crise económica e financeira em que o país se encontra mergulhado. Uma crise financeira e económica que na verdade, ocorre em grande parte por causa de desvios de dinheiro pelo executivo da Frelimo para motivos estritamente políticos, que visam favorecer certo grupo com interesses específicos, em detrimento dos interesses da maioria. Na verdade, Filipe Nyusi e a Frelimo não têm nenhuma agenda para falar com a RENAMO, como insinuou no distrito da Moamba, muito menos têm soluções para a actual crise económica e financeira. O dólar está a ser transaccionado neste momento a 62 meticais, para desespero de uma economia que sobrevive basicamente de importações. Os comerciantes pararam de importar e os que ainda importam duplicaram o preço, para responder à pressão cambial. O país está numa crise económica e financeira, com a capacidade de compra dos moçambicanos a deteriorar-se. O senhor Carlos Agostinho do Rosário, foi ontem ao parlamento tentar negar uma realidade que está à vista de todos. Agostinho do Rosário quis dar chucha aos moçambicanos ao afirmar que não há motivos para desespero. Como não haver desespero para um povo ameaçado por uma guerra declarada por um governo que não elegeu? Como não estar ameaçado o povo que não tem soluções para o resgate do metical e o poder de compra? Como não ficar ameaçado quando, a dívida que o país contraiu para a empreitada da EMATUM e a compra de armas de guerra, aliado ao facto de o país importar quase tudo, com a agravante da queda do preço dos bens exportados das grandes indústrias não têm esclarecimentos? Como garantir a estabilidade e a consolidação da paz no país, aumento da produção, produtividade e atracção de investimentos direccionados particularmente ao desenvolvimento do capital humano, infraestruturas e produção de bens e serviços, na perspectiva de substituir gradualmente o peso das importações quando o país está numa guerra declarada? Será que nós como povo devemos continuar calados e a tolerar tamanha aldrabice, mentira, incompreensão, inconsistência, incoerência e guerra que nos são movidos por interesses particulares? Continuamos calados e sem acção perante o aumento de preços? Foi por que eles dizem que lhes votamos? Não!

Ministro das Obras Públicas faltou à verdade no Parlamento quando disse que faltam fundos para as estradas

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Carlos bonete1
Afinal qual é a causa para a não reabilitação dos troços danificados pelas cheias de 2015 na única estrada que conecta o Sul ao Centro e ao Norte de Moçambique? O Governo afirma que faltou tempo e também dinheiro. Porém, ao contrário do que o ministro das Obras Públicas disse no Parlamento, “(...) as obras estavam orçadas em 9,5 mil milhões de meticais, dos quais foram disponibilizados apenas 880 milhões de meticais”, a verdade é que no Orçamento de Estado aprovado em Abril estão inscritos 17,9 mil milhões de meticais. Onde estão ou como foram gastos o Executivo de Filipe Nyusi não revela.

As cheias em Moçambique são cíclicas, afirmam as instituições oficiais, afectando habitualmente as mesmas regiões. Portanto, é do conhecimento geral que entre uma e outra época chuvosa há uma “janela” de seis a dez meses para efectuar obras, sejam de raiz ou apenas de reabilitação.
O facto é que pouco ou nada foi feito nas estradas moçambicanas desde que a época chuvosa 2014 / 2015 terminou em Março pois assim que as primeiras chuvas caíram a 3 de Novembro, ainda sem muita intensidade (foram apenas 50 milímetros), a Estrada Nacional nº 113, que conecta as vilas do Ile à cidade de Gurué, ficou intransitável na região dos rios Issipua e Mutuasse, no norte da Zambézia.
Na mesma província, já na Estrada Nacional nº1, desde o término da época chuvosa passada que o troço sobre o rio Namilate, na região de Nampevo, é feito por uma caminho alternativo devido a destruição e não reposição da “ponteca” que lá existia.
Mesmo a ponte sobre o rio Licungo, que deixou Moçambique cortado pelo centro de Mocuba entre 12 de Janeiro e 17 de Fevereiro do corrente ano, só recebeu obras de reabilitação de emergência contrariando de certa forma o Plano Económico e Social do Executivo de Filipe Nyusi que no seu ponto 4.1.6, número 74, indica que contribuirão para o volume de produção do sector de Construção várias obras em pontes incluindo a referida sobre o rio Licungo.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete, não falou a verdade quando afirmou nesta quarta-feira (25), no Parlamento, que no “(...) Orçamento de 2015, haviam sido previstos apenas 281 milhões de meticais, não suficientes para fazer face aos danos ocorridos na rede rodoviária nacional”.
Na página 5 do mapa H do Orçamento de Estado para o ano de 2015 está inscrito como “Despesas de Investimentos” para o Fundo de Estradas o valor de 17.965.188.400 meticais dos quais 9.251.708.350 meticais iriam ser realizados com fundos internos e 8.713.480.050 meticais seriam disponibilizados por parceiros.
A 31 de Março o Banco Mundial anunciou a disponibilização de e 73,6 milhões de dólares norte-americanos depois de a União Europeia ter garantido dez milhões de euros. Portanto fundos existem, ou existiram e foram gastos. A questão que o Governo não responde é onde estão ou como estão a ser gastos.
Com esta falácia o Executivo liderado por Carlos Agostinho do Rosário já empurrou para 2016 a construção definitiva das pontes sobre os rios Ligonha, Mutuasse, Namilate, Nivo, Serrena e Mudora, na Estrada Nacional nº1.
Importa referir que o Instituto Nacional de Meteorologia prevê a ocorrência de “chuvas normais com tendência para acima do normal em toda a extensão das províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, e norte da província da Zambézia”.
Esperemos que o Chefe de Estado, quando for ao Parlamento apresentar o Estado da Nação, explique o que tem feito para que Moçambique esteja “sulcado de vias de acesso transitáveis que assegurem, em todas as épocas do ano, a circulação de pessoas e bens”, como prometeu na sua investidura.
@VERDADE – 25.11.2015

RIQUEZA 

A palavra riqueza significa qualidade do que é rico; abundância de bens. No planeta em que vivemos há muitos ricos. Ficar rico não é proibido. Aliás deví- amos todos ter abundância de bens. Assim, era diminuta a dependência de seres humanos em relação aos outros. Mas, o que é necessário para ser rico? A resposta para esta pergunta depende da forma como se consegue a abundância de bens. Esta pode ser conseguida de forma lícita ou ilícita. É lícita a abundância de bens que provém do trabalho. Existem pessoas ricas porque herdaram dos seus antecedentes fortuna acumulada ao longo dos anos. Outros porque têm a capacidade de domínio tecnológico. Casos de Bill Gates da microsoft e Steve Jobs da Apple, paz a sua alma. Alguns trabalham no ramo da imobiliária, outros ainda porque possuem grandes extensões de terras e nelas praticam diversas actividades. Em Moçambique estes pressupostos não contam para que alguns concidadãos nossos sejam hoje considerados ricos. Várias são as artimanhas usadas para se chegar à ostentação do luxo. O saque da coisa pública faz parte do meio para chegar à riqueza. O tráfico de drogas e de seres humanos são outros meios para atingir a opulência. Chegar ao poder político a todo o custo é outra forma de conseguir riqueza. A corrupção tornou-se moda nos meandros da ostentação. E como compreender que mesmo sem nunca ter trabalhado na vida se pode conseguir acumular riquezas? Não é novidade para ninguém que temos no nosso país, cidadãos que de dia para noite ficaram ricos. A este tipo de riqueza chamamos a atenção para as consequências futuras nas relações entre os filhos deste país. Alguns dos nossos netos quererão saber como é que uma certa família ficou rica e outras muito pobres dentro da mesma geração e mesmo espaço. Que uma certa região tenha beneficiado de muito luxo e outras não. São estes comportamentos que provocam conflitos étnicos e regionais. Seria bom que adultos de hoje fossem os organizadores do bem-estar social futuro e não promotores de guerras.A situação de descriminação que assistimos hoje é sinal de perigo para as futuras gerações. Vamos ainda a tempo de corrigir a nossa forma de actuar para garantirmos a harmonia na vida dos nossos netos e bisnetos. Vocês que batem palmas para os vossos chefes que roubam e empobrecem o país, parem de fazer isso. Não apoiem a vossa desgraça e a desgraça dos vosso futuro. Estamos avisados!

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